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domingo, 18 de março de 2018

Procurando Touit melanonotus



O  Apuim de costas pretas, Touit melanonotus não é ave desconhecida para este observador! Já o conheço há muitos anos, mesmo da época em que não fotografava, apenas via com o binóculo!

A fruta madura da Clusia que  os Touit procuram viajando longe para isso! Talvez a espécie seja a Clusia lanceolata.





























A fruta da Clusia, madura e aberta! OS bichos se alimentam dessas partes vermelhas avidamente. Ficamos curiosos quanto ao sabor! Mas acreditem: nada tem de interessante, sendo muito acida! 




Foto do Apuim de costas pretas, feita em março de 2015 no Parque Estadual PCV em Guarapari.


A ave é assídua frequentadora das árvores da Clusia, muito abundantes nas matas baixas da restinga e que nessa época do ano, março/abril, entregam suas frutas abundantes e maduras. Não apenas os Touit apreciam esse banquete. Outras aves também.!




A vegetação de restinga é um cordão arenoso rente ao mar. E as maiores árvores, dentro da mata, chegam a uns 20 m. de altura, mas as árvores da Clusia são menores, alcançam, creio uns 15 metros e são muito abundantes na restinga de Guarapari.



E estão pejadas  dos frutos, essas bolotas verdes que pode-se ver aí na foto ao lado. Mas, cadê os Apuins?


Procuramos os danadinhos, para provar definitivamente que seus movimentos seguem a frutificação dessas árvores. E eles até chegaram perto. Ouvimos seu canto "tilintado" nas proximidades mas não chegaram perto onde estávamos!




Então, sem fotografar os Apuins. prestamos atenção em outras aves. Algumas frugivoras e até nectarívoras!


Tangara brasiliensis é outras das saíras beldades das nossas matas. Destaque que prefere as matas da baixada litorânea sendo muito comum na restinga.

E, com nosso verão abafado e muito bravo, temperaturas de 30-35 graus todo dia, tem chovido bastante! As famosas águas de março bem que tentam empurrar esse calor para cima mas ele teima em ficar por aqui! E então, a restinga está entregando aos bichos uma infinidade de frutas silvestres e selvagens! As saíras apreciam muito as pequenas goiabas selvagens conhecidas  como Araçá. Sei que é uma espécie do gênero Psidium, mas não sei qual espécie! Seu sabor é muito melhor que o da Clusia e é impossível comer  uma só!


Um dos muitos pés de Araçá Psidium attleyanum  carregado! Arbusto de até uns 3 metros de altura, comuníssimo na restinga e fornecendo farta comida para os frugívoros!












As goiabinhas do Araçá, muitos saborosas e atrativas para os bichos:




É azedinha, ácida, mas saborosa e por isso, saíras, sanhaçus, tiês e também mamíferos como sauins se aproveitam do festim!


















Mas tem muitas outros arbustos frutificando, que não conheço os nomes:




















Então, sem o Apuim, fotografamos  outros bichos, menos exigentes e mais exibidos!



O Sabiá da Praia Mimus gilvus é habitante conhecidíssimo do lugar! 
E também o Urubu de cabeça amarela  Cathartes burrovianus nos encanta com seu voo maravilhoso!

















E Finalizando, vimos um casal de Saíras-Beija-flor, perambulando pela restinga com dois filhotes. Não resistimos mais uma vez à beleza dessas aves:

Cyanerpes cyaneus indivíduo macho.

Cyanerpes cyaneus individuo fêmea!

















OBRIGADO PESSOAS QUE NOS VISITAM!  Não fotografamos o Apuim de costas pretas Touit melanonota, mas certificamos que eles apareceram no local. Só não vieram nas "nossas clusias"! É importante essa informação, posto que esse Touit é citado pela  IUCN na categoria de VU, vulnerável.
Em nossas andanças já o registramos em muitos lugares e talvez esse perigo  citado pela IUCN seja decorrência do pequeno conhecimento sobre sua biologia! Nunca o registramos como ave de gaiola ou de estimação e seus bandos quando passam cantando ( seu canto tilintado) às vezes são numerosos! Já vimos bandos de mais de 30 aves! E detalhe interessante: quando estão pousados em uma fruteira, muitas vezes a Clusia, e se estão silenciosos, NÃO se consegue distinguir esses papagainhos verdes na copa da árvore! Então, novas contagens das aves podem às vezes revelar mais otimismo!

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