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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Procurando a LATERALLUS EXILIS

Saracuras e sanãs são uma "categoria" de aves especiais! Essas aves, da família Rallidae, são numerosas e entretanto, na maioria das vezes são desconhecidas. Esse desconhecimento advém de seus hábitos, geralmente desconfiadas e tímidas. Poucas espécies são conhecidas do grande público, como a Saracura dos três potes,Aramides cajaneus, mais conhecida por seu canto do que por visualização.
Para o birder, o importante é conhecer cada uma das espécies,para poder aprecia-las muito bem. E para isso terá de entrar nos pântanos e vegetação dos brejos onde a maioria das espécies mais difíceis  vive e se escondem muito bem também! . Essa "dificuldade" de se ver a ave, muitas vezes funciona como um poderoso chamariz, atiçando ainda mais nossa curiosidade!


Dessa forma, uma das espécies que nos tem motivado bastante aqui em Vitória, é a Sanã-do-capim Laterallus exilis. Até hoje temos apenas três fotografias publicadas na plataforma WikiAves dessa ave, feitas aqui no Estado e mesmo assim, pode-se ver, são fotos com a ave bem escondida no meio da vegetação.

Então, conhecedores de que essa espécie habita nossos pântanos e alagados, e mesmo sendo muitíssima desconfiada, fomos tentar fotografa-la na região dos Alagados do Contorno de Vitória, no município de Serra.































Essa ave magnifica aí encima, é o Maguari, Ciconia maguari, nossa maior cegonha, medindo 1,4 m. de altura, envergadura de mais de 2 metros e pesando 4,5 kilos! Não é fácil de ser avistada pois prefere brejos com vegetação alta. Mas esse aí, com seu porte elegante e aristocrático, ficou um bom tempo nos observando!



Mas procurando as sanãs, logo ouvimos a ave vocalizando, e gravei  seu canto: (desculpas pela qualidade não muito boa da gravação!)

http://www.wikiaves.com.br/2795269&p=1&tm=s&t=c&c=3205002&s=10280

Apesar do esforço, quem apareceu não foi Exilis e sim a Porzana flaviventer, a Sanã-amarela.


























Apesar de ser menos desconfiada que a L.exilis, essa sanã não fica muito atrás. Desloca-se nos alagados com extremo cuidado e discrição!















Correndo para local abrigado!

Bem protegida dentro das taboas T.domingensis, a sanã observa curiosa!
Essa espécie também não é rara, mas, se o observador ficar muito à vista da ave, será difícil conseguir fotografa-la.

Já a Sanã do capim, não compareceu mesmo! Respondia ao canto do gravador mas não se aproximou.
Mas, senhora Sanã-do-capim, mais dia, menos dia, publicaremos sua foto para o mundo!


Então, restou nos contentar com a Sanã amarela e  apreciar  numerosas aves do lugar!


A onipresente Coruja buraqueira, Athene cunicularia nos observava desconfiada!
Talvez pensasse: "Aí tem coisa!"











O belissimo Gavião do Banhado, Circus buffoni nos brindou com seu voo gracioso e sinuoso procurando presas lá de cima, olhando fixamente para os alagados!

Apreciam pequenas cobras, sapos e pequenos anfíbios.








Linda revoada das marrecas-toicinho Anas bahamensis.










O Caminheiro zumbidor Anthus lutescens é ave comum e que tem esse nome devido a seu hábito de percorrer o terreno sempre andando no solo. Se precisar ele voa bem. E nessas ocasiões emite seu canto e dá um "pulo" no ar, voando e entoando seu canto em forma de um zumbido alto. É uma ave cheia de personalidade!








Garibáldis Crhysomus ruficapillus são comuns nos pântanos e áreas brejosas ocupadas pelas taboas. É um icterídeo, e, como tal, bastante gregário. Esse individuo aí é um macho sub adulto. Sua plumagem ainda não está completamente colorida!








Muito obrigado, amigas e amigos! Na próxima postagem contaremos uma história de outra saracura, a Saracura matraca Rallus longirostris.Um curioso caso de leucismo encontrado no manguezal.
💜










































sexta-feira, 24 de novembro de 2017

NYCTIBIUS AETHEREUS A Mãe-da-lua Parda. Long tailed Potoo


A  Mãe-da-lua Parda Nycitibius aethereus é a segunda espécie, em tamanho, de Mães da lua ou Urutaus, habitantes do Brasil. Seu comprimento pode chegar a 58 cm. pesando até 447 gramas (www.wikiaves.com.br). Seu diferencial é sua cor mais parda que as outras, e, também, um detalhe de sua plumagem que é o comprimento da cauda, proporcionalmente maior que nas outras espécies. Aparentemente, essa espécie é mais dependente da floresta que as outras duas espécies já citadas ( griseus e grandis). Todos os registros que fizemos dessa espécie, foram dentro da mata densa. É insetivora como as demais e já foi observado que tem preferencia por insetos grandes  como mariposas.

























Nyctibius aethereus fotografada em seu poleiro diurno. Interior da floresta atlântica, na Res. Biológica de Duas Bocas, Cariacica, ES. em  14.12.2013.

Sua vocalização também é assustadora, no mesmo padrão das outras duas espécies  já estudadas aqui. Nunca consegui gravar essa ave, e portanto, apresentarei aqui abaixo, a gravação do colega observador de aves Gabriel Melo e postado no Wiki Aves:


Na Reserva de Duas Bocas, já registramos essa ave enigmática, em dois locais diferentes, mas ainda não localizamos seu ninho.

Sua ocorrência no Brasil, está limitada às áreas de florestas densas tropicais: na Amazônia e na Floresta Atlântica do Leste do país. É pouco registrada, talvez, por ser mais rara que as anteriores. Mas não é considerada como ameaçada.


Foto registrada em Dez. 2013, onde pode ser notada uma das peculiaridades dessa ave enigmática: o comprimento da cauda, ultrapassando bastante o comprimento das asas! Talvez isso seja um sinal de uma maior adaptação da ave ao ambiente florestal, visto que essa aerodinâmica favorece as manobras dentro da mata fechada.




A mesma foto anterior, apenas  com zoom na cabeça da ave. A plumagem tem essa cor parda e a ave nesse momento está com os olhos abertos.











           
     Nosso último encontro  com aethereus: foi no dia 8.10.2016, também na Res. Duas Bocas, mas em área longe dos registros anteriores, cerca de 4 km. de distância.












Termino esse relato, ressaltando a importância dessa ave para nós birders! Mesmo não sendo uma ave bonita, seus hábitos, seu canto e todas as lendas criados em torno desses bichos, fazem deles personagens muito curiosos de nossas matas e campos. Encontra-los e estuda-los, é uma paixão!  No caso desse aqui, aethereus, ainda não tive a felicidade de encontra-la à noite, vocalizando e caçando! Mas, isso é questão de tempo e um pouco de sorte!

Quanto aos demais membros dessa família, aqui em nosso estado do ES, apenas ainda não fotografei  o Mãe da lua ou Urutau de asa branca, o Nyctibius leucopterus. Mesmo assim. consegui  já registra-lo por meio de gravação. Quando conseguir fotografa-lo farei a  postagem focalizando essa ave  super, hiper, interessante!



Pessoal, muito grato a vocês, amigas e amigos, pelas visitas frequentes que nos fazem!
💜




quarta-feira, 22 de novembro de 2017

NYCTIBIUS GRANDIS, Mãe-da-lua Gigante, Great Potoo


O  Mãe da Lua Gigante, Nyctibius grandis, também conhecido pelo nome inglês de Great Potoo, é a maior mãe da lua do Brasil! Com um tamanho de quase 60 cm de comprimento, e um peso de até 620 gramas (http://www.wikiaves.com.br/mae-da-lua-gigante). Sua ocorrência é em todo o território nacional até o Sudeste. Os registros mais ao sul de sua área foram feitos no Estado de São Paulo na divisa com o Paraná, portanto, quase na região sul. Porém, até o momento, não foi oficialmente registrado na região sul.


Nyctibius grandis fotografada no município de Linhares,ES.

Se Nyctibius griseus, o Mãe da lua comum, tem uma vocalização fantasmagórica, no caso da Mãe-da-lua gigante, a grandis, podemos dizer que sua vocalização é simplesmente ATERRADORA!

Convido-os  a ouvir o canto principal da Nyctibius grandis, gravado pelo observador de aves Rafael Bessa e publicado no WikiAves:

http://www.wikiaves.com.br/43027&p=1&tm=s&t=s&s=10536

O Primeiro registro que fiz dessa ave tão bizarra, foi no municipio de Laranja da Terra, no Estado do Esp. Santo. Um sobrinho me avisou que ficou estudando até altas horas da noite e foi assustado pelo som aterrador que passou a ouvir na mata que fica nos fundos de sua casa! Ao ouvir isso, reproduzi o canto da ave no gravador e ele me confirmou que era esse som mesmo! Á noite, por volta das 23 hs., fui até lá tentar atrair a ave e acabei conseguindo.
Meus registros não ficaram muito bons, mas servem de ilustração para conhecer essa ave no campo. O canto que consegui gravar foi do chamado da ave, incomodada com outra da espécie  por perto, não ficou bom mas comprova a ave com seu chamado. Esse som também foi depositado na plataforma WikiAves:

http://www.wikiaves.com.br/1042455&p=1&tm=s&t=u&u=2183&s=10536


A primeira  foto que fiz dessa ave: 



Em algumas áreas rurais,  o canto dessa ave é fonte de lendas e temores por parte da população! 

Todos os Mães da lua são aves insetivoras e utilizam-se de sua boca descomunal para capturar nuvens de insetos noturnos nas matas. Esse Mãe-da-Lua não é considerada como Ameaçada de extinção e é regularmente registrada. Não são muito exigentes quanto á mata! Já o vimos tanto em matas primárias quanto em capoeiras próximas a habitações.

Como os outros Mães da lua, fica horas imóvel em seu poleiro, acreditando piamente no sucesso de sua camuflagem!Não são aves perseguidas e na verdade, localizar uma dessas aves na mata é tarefa dificílima. Somente com muita sorte o observador de aves consegue visualiza-la em seu poleiro.




Nycitibius grandis.

fotografada em seu poleiro diurno, município de Linhares,ES.













Um filhote, já quase adulto, fotografado em seu poleiro diurno fotografado no município de Cachoeiro de Itapemirim, ES.









Muito obrigado amigas e amigos, que nos prestigiam com suas visitas!!

domingo, 19 de novembro de 2017

SOBRE MÃES DA LUA Nyctibius!

A família Nyctibiidae pode ser descrita como a "Família Adams  das Aves"!  Isso devido ás características bizarras e diferentes de suas espécies. Desde muito cedo essa família sempre me fascinou e me enchia de curiosidade! Afinal, o canto melancólico e fantasmagórico da ave ouvido sempre à  noite, assustava, mas eu não há conhecia pessoalmente e ao vivo! Somente por desenhos e fotos em livros. 

Tem uma ave aqui? Tem, não é um pau seco, é o Mãe da Lua, N. griseus!











Posteriormente, em 1994, conseguimos pela primeira vez ter contato com essa ave incrível. Mas na época, praticava a observação apenas com binóculos, não tirava fotos. De tal sorte, que até meu filho, então, com 7 anos de idade, fez um desenho da ave para guardar como recordação.




O desenho que meu filho Marcelo, então com 7 anos, fez do Mãe-da-Lua  Nyctibius griseus em 1994.

Nessa ocasião do aparecimento desse Nyctibius griseus, em 1994, na zona rural de Itarana neste estado do Espirito Santo, uma verdadeira romaria de curiosos se formava todos os dias para conhecer a ave empoleirada no galho.

No Estado do Espirito Santo, temos a ocorrência de 4 espécies dessas aves, da família Nyctibiidae: Nyctibius griseus, Nyctibius grandis, Nyctibius  aethereus e o Nyctibius leucopterus. No Brasil todo são cinco espécies, todas essas quatro relacionadas e mais o Urutau-ferrugem, o Nyctibius bracteatus. Um dos hábitos mais curiosos dessas aves, é sua eficiente e inacreditável capacidade de se mimetizar no ambiente! São capazes de ficar horas, imóveis, na ponta de um toco de árvore simulando ser apenas a continuação do tronco! Trata-se de uma das mais eficientes formas de camuflagem utilizadas por aves desse continente!


São aves insetivoras, noturnas, dotadas de boca de abertura muito grande ( dizem que essas aves ficam de boca aberta, pousadas, esperando os insetos.) Pode-se dizer que não são aves comuns, mas creio não estarem ameaçadas de extinção visto que são registradas periodicamente. Segundo o WikiAves, "Nyctibiidae é a família de urutaus. Os urutaus são aves noturnas restritas às regiões mais quentes do continente Americano. São aves exclusivamente noturnas, dotadas de cabeça larga e achatada, bico e pernas pequenos e enormes olhos. As asas e cauda são consideravelmente longas e o corpo robusto e musculoso."


A denominação "Mãe-da-Lua" é muito usada no interior do Brasil, mas confunde-se com o nome indígena    Urutau. Talvez essa denominação popular venha da crença de que ave lança seu canto, um lamento alto e decrescente, em noites de lua cheia e olhando para a lua! Tanto é que em certos lugares seu nome popular é "Chora lua" como se a ave chorasse olhando para a lua. Mas acreditamos tratar-se de crendices, pois seu canto, embora possa ser mais ouvido nas luas crescente e cheia, pode ser ouvido também nas demais fases da lua, mas com frequência menor! Na língua Tupi, Urutau  significa "Ave fantasma". Certamente essa designação indígena tem a ver com o canto da ave, realmente assustador e capaz de surpreender o caminhante à noite nas florestas ou campos. Mesmo esse canto sendo privativo de Nyctibius griseus, não se pode esquecer que as vocalizações das outras espécies são também bastante assustadoras, principalmente o Nyctibius grandis e o Nyctibius aethereus. Já os demais não possuem esses cantos assustadores e o canto do N.leucopterus é até um assobio melodioso!

Em nossas excursões, já registramos três espécies de Mães da lua, e fotografamos! Apenas ainda não conseguimos fotografar  foi o Urutau de asa branca, o N.leucopterus. Passaremos a partir de agora, então, algumas histórias dos encontros com essas aves tão enigmáticas quanto curiosas!!



O Campus da UFES- Universidade Federal do Esp. Santo, é habitado por uma boa população de Urutaus! Foi lá que fizemos essas fotos incríveis dessas aves, em sua costumeira posição de camuflagem! Simulação da ave na mesma cor do tronco e aparentando ser uma continuação do galho!

Nyctibius griseus.









A ave  no campus da UFES, mas fotografada à noite! Esse exemplar estava nas árvores do mangue vermelho Rhizophora mangle.











 Nessa época, conseguimos também encontrar  o "ninho" de Nyctibius griseus e pudemos acompanhar os cuidados parentais, com a ave cuidando de seu filhote durante vários dias. Mães da lua chocam apenas um ovo, que fica apoiado no poleiro escolhido pela ave.

Alimentação do filhote de N. griseus.






















Durante o dia, ainda era possível perceber que por baixo da plumagem do adulto, o filhote de N. griseus já estava crescido e breve não caberia mais debaixo da camuflagem da mamãe!














O milagre da natureza se completou e agora o filhote de N. griseus, já bem crescidinho, faltando pouco tempo para voar. Na época, fizemos uma brincadeira, batizando o filhote  de "GEORGE", em homenagem ao príncipe.

Em posição ereta, mimetizando-se com o tronco. Atitude tipica da espécie.


Alguns dias mais velho, GEORGE, flagrado numa rara cena de descanso, sem estar na posição de sentido.











AGRADECEMOS A VISITA DAS PESSOAS INTERESSADAS EM NOSSAS AVES E PROMETEMOS PARA BREVE  OUTRA RESENHA FOTOGRÁFICA SOBRE MAIS DUAS ESPÉCIES DE NYCTIBIUS: grandis e aethereus.

💚👍









sábado, 18 de novembro de 2017

FLAMBOAIÃ e Beija flores!

O Flamboaiã, Delonix regia, é uma árvore da família das leguminosas, oriunda de Madagascar na África e que por sua beleza espalhou-se pelo mundo inteiro, principalmente em regiões tropicais e subtropicais.

No Brasil, adaptou-se muito bem e é muito usada na arborização urbana. Hoje relato um Flamboaiã totalmente florido, belíssimo com suas flores vermelhas e, onde em pouco tempo, pude vislumbrar três espécies de beija flores:


Nos meses de primavera, a partir de outubro e até o verão, essa árvore floresce e suas flores, desse belíssimo vermelho, atraem muitos beija flores atrás do pólen e alguns, ficam tão entusiasmados, que chegam a se "lambuzar" nas flores:


Esse aí, o Bico reto-de banda branca Heliomáster squamosus, está com o peito todo "crescido" com os resíduos das flores e pólen.













Nessa foto, dá pra ver, o estado do Heliomaster  com o pólen.
















Mas não foi somente o Bico reto Heliomaster que se fartou nas flores!

Esse do lado aí, é o Beija flor de peito azul Amazilia lactea que também ficou marcado pelas flores vermelhas.















Também o Beija flor preto Florisuga fusca no local, me surpreendendo, pois normalmente é mais comum em regiões serranas aqui no ES.














O peito azul Amazilia lactea visto de outro angulo. 














Ressaltando a beleza dos Beija flores e do Flamboaiã, um abração em todas e todos e MUUITO OBRIGADO pelas visitas!!!👍

terça-feira, 14 de novembro de 2017

EXPEDIÇÃO Á LAGOA DE JUARA

Quando era jovem, adorava ler artigos ou mesmo livros sobre expedições! Eram os livros dos naturalistas viajantes europeus que percorreram o Brasil nos séculos XVIII e XIX, como Saint Hilaire, Deuscourtilz e outros. Um dos artigos mais interessantes, lembro-me do título até hoje: "A Expedição Langsdorff ao Brasil". Relato de incrível expedição comandada pelo sábio russo Georg Von Langsdorff ao Brasil, penetrando pelo interior do país e percorrendo 16.000 km! Incríveis as histórias e as descobertas de então em um território ainda selvagem, nos idos de 1824 até 1829 . O encontro com índios no interior do Brasil, os perigos representados pelas feras como a onça pintada Phantera onca ou o Puma Puma concolor e sem falar nas serpentes perigosas como a cascavel Crotalus durissus ou a surucucu-pico-de-jaca Lachesis muta. As aves então, eram um capitulo à parte!

Por essa razão, quando vou conhecer uma área nova para mim, mesmo que já tenha estado lá próximo, lembro dos relatos dos antigos naturalistas viajantes, e me imagino em uma expedição, anotando tudo para, também, tentar efetuar relatos interessantes! Procurando passar aos leitores e leitoras, toda a emoção e curiosidades existentes nessas excursões!




A Lagoa de Juara situa-se no município de Serra, Estado do Espirito Santo, Brasil.


A lagoa e suas margens, foram com o passar do tempo, convertidas em uma ilha natural dentro da zona urbanizada. Mede cerca de 6 km. de comprimento com larguras variáveis que podem chegar a quase 1 km.

Fonte: http://wikimapia.org/7197222/pt/Lagoa-do-Juara












aspectos da lagoa.






























As margens da lagoa são ocupadas por matas secundárias em variados estágios de recuperação.































Os "expedicionários", primeiro plano Mario Candeias e ao fundo, eu José Silvério, Evandro Limonge e o Piloteiro Antônio.















As aves  que vimos durante a excursão:


 Frango d'água azul  Porphyrio martinicus.

Biguá Nannopterum brasilianus.

Sanã-parda Laterallus melanophaius.
 Savacu Nycticorax nycticorax.imaturo.
Andorinha do rio Tachycineta albiventer.


Anu-coroca Crotophaga major.

Garça-moura Ardea cocoi.

Pernilongo de costas brancas Himantopus melanurus.

Urubu de cabeça amarela Cathartes burrovianus.

Socó-boi Tigrisoma lineatum.

Guaxe Cacicus haemorrhous.




















Colônia de ninhos de Guaxe Cacicus haemorrhous, localizada no interior da  lagoa.





Pomba galega Patagioenas cayennensis.

Gavião-de-cabeça-cinza Leptodon cayanensis. 

Espécie florestal que deve habitar as matas secundárias do lugar.
Savacu Nycticorax nycticorax.

Carretão Agelasticus cyanopus. femêa.

Socozinho Butorides striata.

Garça branca grande Ardea alba.






















Marreca toicinho Anas bahamensis.














Além dessas aves, o colega Mario Candeias conseguiu fotografar um mamífero importante, e considerado como NT, " nova ameaçada". Trata-se da Lontra, mamífero que habita regiões alagadas e lagoas margeadas por vegetação alta.


Lontra longicaudis.

Toda a região da Lagoa precisa ser preservada pois se constitui em um importante reservatório de vida para a fauna. São preocupantes as noticias sobre mortandade de peixes decorrentes de poluição e também pela entrada anormal de água do mar na lagoa em virtude de abertura do canal entre os dois corpos d'água.

Os resultados da expedição foram satisfatórios, mas não completamente. Tinhamos esperança de registrar o Socoí amarelo Ixobrychus involucris, bem como algumas sanâs mais raras como a Sanã-do-capim Laterallus exilis. O que não ocorreu, ficando para próximas excursões.

Agradecemos muito as  visitas de nossos leitores!!