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sábado, 23 de abril de 2011

OBSERVANDO AVES EM CHAVES = SANTA LEOPOLDINA

A localidade de Chaves situa-se no municipio de Santa Leopoldina, 9 km após a cidade e subindo a serra. É o primeiro "degrau!" da serra rumo ao planalto e está a cerca de 500 metros de altitude. Conheço o lugar desde 1987 e hoje, graças ao espirito empreendedor de um empresário local têm-se alí uma ótima estação de ecoturismo conhecida como !"cachoeira Parque Véu da Noiva". O local é belíssimo, todo circundado por uma mata secundária alta (mata secundária é uma mata que já foi cortada e renasceu) no terço superior dos morros. Nas enconstas mais baixas cultiva-se banana. O nome de Chaves dado a essa região  é devido a uma igrejinha existente nas proximidades. Para a ornitologia a região é importante desde os anos 1940  quando os ornitólogos e coletores do Museu Paulista, hoje Museu de zoologia da Universidade de São Paulo estiveram muito tempo na região estudando as aves.

Até hoje, a região é coberta de matas mesmo não tendo uma única reserva pública. Tudo é propriedade particular preservada. Contribui para isso o relevo acidentado. Fotos das matas:





Saí de casa às 6hs. e cheguei  ao local às 7,30hs. em uma viagem tranquila. A estrada depois de Santa Leopoldina é de terra e devido às últimas fortes chuvas, certos trechos não estavam  bons. Mas  nada que desanime  aventureiros  como  nós. A região é privilegiada por enorme beleza:



Iniciei  então  o birding - esse esporte superior de encontrar aves interessantes - debaixo de um céu azul  limpido, de inicio de outono:


Uma verdade: preciso  melhorar  muito como fotografo de aves! Mesmo assim, alguns registros inportantes  sairam, vejamos: Esse aí é a saíra galega, Hemithraupis flavicollis ave da mata que ocorre desde a Amazônia  pelo litoral até o Rio de Janeiro. Estava comendo frutinhos de uma árvore da familia das melastomáceas(quaresmeiras) em companhia de um bando misto de outras aves.:



Outra ave: O  joão bobo dorminhoco Malacoptila striata. Mansinho, ele deixa o fotografo escolher o ângulo:



O Tangará, Chiroxiphia caudata, famoso como exímio dançarino da mata, uma das vozes dominantes naquelas matas:


Grimpando os troncos à procura de insetos, o pica pau bufador, Piculus flavigula:


A  viuvinha, Colonia colonus, insetivoro da borda da mata:


Outro insetivoro da borda, a maria cavaleira Myiarchus swainsoni:



A ariramba da mata virgem também é um  insetivoro:


Tentei tirar  uma foto melhor do trinca ferro Saltator similis,mas o que deu foi isso aí embaixo:


Todas essas aves são da mata e como tal, dificultam a aproximação. Mas a campeã  do dia, sem dúvida nenhuma  foi essa aqui embaixo:


Trata-se nada mais nada menos  que o Gavião pega macaco, o Spizaetus tyrannus, um dos nossos maiores gaviões. É uma águia que vive dentro da floresta, seu tamanho é maior que um urubú, e sai ao aberto, voando a grande altura descrevendo circulos e assoviando enquando espreita as presas embaixo, na mata. Seus pratos prediletos são aves, sauins ou micos, morcegos, esquilos caxinguelês e outros pequenos mamiferos.,

Mas a razão  principal do ecoturismo nesse lugar é a grande cachoeira do véu de noiva, e essa foto abaixo é uma palida idéia de sua beleza:



Pois  é pessoal, ví e ouví  outras aves importantissimas  como a araponga, o Tiê tinga comendo bananas no pomar, os periquitinhos surdos, mas não foi posível obter fotos  deles. Fica para uma próxima viagem até lá. Um abraço a todos.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

AS ENCHOVINHAS DO PIER DA IEMANJÁ!

Hoje  sexta feira acordei  cedo - 5hs;.- e fui  pescar  no ´pier da iemanjá, extremidade da praia de camburi  em Vitória. Vista da praia, da altura do  pier:

Ao  fundo  o monte do Mestre Álvaro, que com seus 850 m. domina a paisagem de Vix.
O Pier  com  sua  famosa estátua:


Mas voltando à pescaria, foi  um daqueles dias em que o pescador está na hora certa e no lugar certo. No mar isso é  fundamental, pois devido seu tamanho, a maior dificuldade do  fisherman é localizar onde estão os peixes.

O  lugar, a ponta do pier é o desaguadouro do canal do rio da passagem  que comunica o mar com os vastos manguezais de Vitória, onde deságua o rio santa maria. Daí que o local, o manguezal, é um berçário de peixes, camarões, caranguejos,etc.

Vista de onde estava pescando:

Os arremessos para dar certo tinha de ser na direção das pedras, numa distância mais ou menos de 30metros. Nesse  local, na maré vazante, muitos peixinhos como manjubinhas e sardinhotas são levados pela correnteza da maré descendo e vão cair no mar, no encontro das águas. É precisamente nesse  lugar  que os peixes predadores  ficam à espera desse banquete. E vem não só alevinos como também camarões e caranguejinhos. Aparecem aí, ubaranas, robalos, espadas, galos, xixarros, xareus,etc; O peixe que estava à espera, hoje, com um cardume grande era a enchova. Daí que de posse de meu conjunto de  bait  tivemos várias ações desse peixe.Mas de pequeno porte, de 25-30 cms.

ENCHOVA: O PREDADOR PRATEADO!

Mesmo  os pequenos são muito vorazes e predadores. Ao se retira-lo da água  ele continua mordendo, dificultando o  manuseio. Esse peixe chega a pesar  10 a 15 kg. os maiores e por essa razão  os exemplares pequenos devem ser soltos para garantir a espécie. Mas mesmo soltando-os a diversão  foi garantida:

Usando iscas artificiais de superficie, as batidas do peixe eram sensacionais na flor dágua, deixando a  "platéia" cheia de adrenalina;. E foram  muitos, uns 15!!







Infelizmente alguns dos  maiores acabaram "encharutando" a isca e isso levou-os ao sacrificio  pois é impossível solta-los com as guelras feridas:

Ao final  da  pescaria, ainda teve tempo  para  mais  uma  pose de pescador de enchovinhas:


A   enchova é um dos peixes de água salgada  mais esportivos e bonitos. Também tem carne  boa mas é na pesca esportiva  é que é mais famosa. Esses  aí são  pequenos, que sobem até o mangue e chegam na água salobra. Por essa razão, acredita-se que crescem no mangue. Os grandes exemplares, de mais de 2 kg. são capturados aqui em Vix na áltura do porto de tubarão e próximos ao farol de santa luzia  na entrada da baia. Dizem  que a ferocidade dos cardumes é tão grande  que  os  outros  peixes, apavorados, chegam mesmo s pular para as pedras  tentando  fugir  em seus ataques.
um abraço a todos e todas.
ze.