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domingo, 30 de agosto de 2020

Canon 100-400 mm IS II + Extender Canon 2.0 III

 

Uma constante na fotografia de aves é a preocupação em “alcançar” aqueles alvos mais distantes! Os fotógrafos de aves sempre querem alcançar aquela ave que está mais longe, muitas vezes fora do alcance das lentes convencionais. Uma lente supertelefoto poderia resolver nosso problema! Mas a que custo? Tanto em dinheiro ($) quanto no peso, essas lentes são quase inacessíveis para nós fotógrafos amadores de aves! A lente Canon 100-400mm. É uma das mais usadas na fotografia de aves, e sua DF é muito boa, mas muito menor que outras super-teles, com 600mm e 800mm.

E o peso dessas lentes? Um 600 MM F/4, modelo atual da Canon pesa mais de 3 kilos e ao custo de uns USD 13.000 !!! A 800 mm F/5.6 pesa 4,5 kilos e custa também cerca de USD 13.000.

Então, para atender a nós, fotógrafos amadores, desprovidos de dinheiro, mas com alma de “sniper-fotograficos”, rs, os Extenders existem para nos proporcionar essas distâncias focais maiores. Mas, também impõe alguns custos em termos de qualidade de fotografia. A mais conhecida, é que por melhor e mais preciso que seja, todo TC ou extender, reduz a nitidez e qualidade da imagem resultante. Isso por que adiciona mais vidro por onde terá que passar essa imagem, além de diversos outros fatores que podem influenciar na qualidade como diferenças de construção e qualidade dos materiais tanto da lente quanto do extender. E mais ainda, todo extender “rouba” pontos de luz na composição da imagem. Por exemplo, uma lente como a Canon 100-400 mm., cuja abertura máxima é de 5.6, com o TC. 2.0, passará a ter uma abertura máxima de 11.2 !. A consequência primeira desse detalhe, é que você perderá o precioso foco automático da lente quando o Extender estiver acoplado. Já que as Canons, só funcionam com foco automático, quando a abertura máxima da lente for até. 8.0.

Então, como é na prática, usar o Extender Canon 2.0 III com a lente 100-400mm ? Para entender essa questão, fiz hoje um pequeno teste para ver as repercussões do uso do extender.


O ponto branco no meio da foto é uma Garça branca grande, Ardea alba. Essa foto, sem crop, foi feita com a lente 100-400mm  e essa é a imagem original vista no LCD da camera Canon 5D Mark IV.
Sem crop a imagem da ave praticamente desaparece do visor da câmera.

Importante informar, que a foto foi feita de minha janela a uns 300 metros de distância.









Com o crop já é possível ver a ave. A distância focal desse fotografia foi os 400 mm da lente. Como disse, para aumentar a imagem, já cortei a imagem original.











Com o uso do Extender 2.0, e abertura de f/11.
Foto sem o crop para aproximar a imagem.












Com o crop a imagem mostra a garça bem próxima e com alguma nitidez. Lembrando que com a abertura de f/11, essas fotos foram feitas com o uso da focagem manual.
Na lente 100-400mm da Canon, ao se posicionar, a alça do tripé levemente para a esquerda, fica menos desconfortável se usar a alavanca do foco manual, ficando fácil girar a manivela em busca do ajuste do foco o mais perfeito possível. Essa é uma constatação pessoal deste usuário.

Foto a seguir, mostrando a mesma nitidez e qualidade mesmo após a aplicação do corte na imagem para proporcionar a visão da garça "de perto"!

Se não se usar um tripé, é necessária a concentração do fotógrafo para a imagem ficar o mínimo tremida.













A conclusão? Mesmo considerando a sútil queda na qualidade da imagem, o uso do Extender 2.0 da Canon, na ultima versão, pode ser muito útil em situações especiais, particularmente quando a ave a ser fotografada estiver pousada a uma grande distância!  Extenders são equipamentos para serem utilizados nessas situações especiais. De forma nenhuma substituem o uso normal e diario da lente principal. Quando a ave estiver pousada, longe, e precisamos aproximar, aí será o caso de se lembrar do extender guardado no fundo da mochila. Em distâncias menores e quando a ave estiver voando, o uso do extender ficará menos indicado. Lembrando que deveremos usar o foco manual quando o extender estiver acoplado entre a câmera e a lente.

Muito obrigado pessoas que nos visitam!!



 


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Polytmus guainumbi, O Beija-flor-de bico-curvo.

 

Trata-se de um beija-flor, aparentemente sem grandes encantos ou detalhes marcantes. O principal, é o que lhe vale o apelido: Bico curvo!.

Pode-se ver que esse Beija-flor apresenta o longo bico um pouco encurvado. Normalmente sua plumagem é até, um pouco apagada, com poucos detalhes de cores iridescentes!

Porém, esse exemplar fotografado em um momento de descanso e relaxamento, mostrou muitas cores que normalmente passam despercebidas!. É o que se pode ver com penas até vermelhas próximas à rabadilha.


Trata-se de um beija flor com ampla distribuição aqui no Brasil, ocorrendo desde a Amazônia até o sul do país, conf. mapa de distribuição do WikiAves (www.wikiaves.com.br):


No Estado do Espírito Santo esse beija flor é comumente visto nas capoeiras ralas e restingas da baixada litorânea. Mas sua estadia predileta parece ser mesmo o interior dessas matas ralas e baixas.
Essa ave tem um comprimento médio de 10 cm., e, como todos os beija flores, se alimenta  principalmente de nectar, de plantas de jardim, rubiaceae, leguminosas, etc. juntando alguma matéria de origem animal, insetos e até mesmo pequenas aranhas.

Não é raro, mas também não chega a ser abundante.

Nos ambientes da baixada litorânea, pode ser avistado até com certa frequência. Aparentemente trata-se de espécie sedentária.






Essas fotos foram tiradas de dentro  capoeira, vegetação secundária sombreada, de cerca de uns 5 metros de altura.

















Essas fotos, de Polytmus guainumbi, foram feitas na quinta-feira, dia 27 de agosto de 2020, no Local conhecido como Alagados do contorno de Vitória, onde normalmente fazemos excursões rápidas.















Os integrantes da excursão aos alagados do contorno da capital do Estado do Esp. Santo. Todos do COA/ES.




O "Blog-passarinheiro"  em ação com sua inseparável Canon.

























Agradecemos aos amigos que nos prestigiam com suas visitas: muito obrigado!



domingo, 23 de agosto de 2020

E continua a visita das Aves à canela Nectandra!

 Publicamos recentemente que na localidade de Sertão Velho, municipio de Cariacica, neste estado do Espirito Santo, encontramos uma árvore de Canela branca, que supomos tratar-se de Nectandra membranacea, cujos frutos estão amadurecendo, atraindo assim muitas aves. Estivemos no local novamente, em 20 de agosto recente, para observar o movimento. No intervalo de duas horas registramos muitas aves conforme abaixo ( algumas!):


O Sabiá-Una, Turdus flavipes compareceu com vários machos e fêmeas ao banquete da canela, que aqui pode ser vista com seus grandes cachos de bolotas.

Trata-se de ave pequena migratória, que passa o inverno no Espírito Santo e Bahia, fugindo do frio da Serra do Mar e do Sul do Brasil.



O Surucuá-variado Trogon surrucura aurantius já tinha aparecido desde nossa última viagem ao local. Continuam fregueses assíduos dessa fruteira. Aqui a fêmea. O macho também compareceu conforme foto a seguir.










O macho da espécie Trogon surrucura aurantius. Observar que a canela produz uma grande quantidade de frutos em todos seus galhos.








Ao lado a fêmea do Araçari-poca, Selenidera maculirostris. Foi a primeira vez que vimos a fêmea nessa fruteira!

Na ultima vez, fotografamos o macho e mencionamos que ele vocalizava chamando a fêmea.







Outro Araçari, dessa vez o Araçari de bico branco, Pteroglossus aracari, enchia o papo com as frutinhas da canela.

Espécie florestal que também visita matas secundárias, esse araçari ainda pode ser encontrado com relativa facilidade em nossas matas.






Depois de se fartar o Araçari empoleirou e de lá começou a vocalizar chamando os companheiros, que, infelizmente, não vieram.







Terminamos aqui nosso pequeno relato das aves que observamos visitando a canela cheia de frutos em Sertão Velho. Depois, encontramos outra dessas árvores, com poucos frutos, mas sem a procura das aves.

No lugar, ouvimos muito o canto da Araponga, Procnias nudicollis, outra grande frugivora,  mas infelizmente elas não procuraram ainda essa canela.

Muito obrigado pessoas que nos visitam!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Molothrus bonariensis: bandido e bonito!

 Ele é conhecido por seus maus hábitos! Sua fêmea bota seus ovos nos ninhos de outras aves, muitas vezes, pássaros bem menores em tamanho. A cena é conhecida: avezinha alimentando um suposto filhote muito maior!


A plumagem do macho de Molothrus bonariensis possui esse aspecto iridescente, com tons de azul e violeta, principalmente com a incidência da luz solar.

Esse indivíduo foi fotografado em Coqueiral, mun. Aracruz,ES.






O Chupim é um pássaro da família Icteridae, que congrega mais de 40 espécies. Algumas poucas espécies são parasitas como a ave agora referida, mas a maioria constrói seus próprios ninhos. Entre os Icterídeos constam algumas dos maiores passeriformes brasileiros, como os japus, alguns machos do Japuaçu, por exemplo, chegam a atingir 50 cm. de comprimento.

Os hábitos de nidificação dessa família são curiosos. Japus, Guaxes e Xexeus constroem ninhos em formato de bolsas que ficam agrupadas em colônias.

Portanto, em uma família com tantas curiosidades e extravagâncias, não é de se estranhar muito os hábitos do Chupim que se negam a cuidar de seus filhotes, preferindo delegar essas tarefas a outras aves, tão diligentes quanto bondosas.E o Chupim, chega a exagerar na esperteza! Já foram encontrados, p.ex., 35 ovos da espécie nos ninhos do Sabiá do campo Mimus saturninus! A adaptação natural da espécie ao parasitismo produz curiosidades dificeis de se explicar. A ave consegue por seus ovos em ninhos minúsculos e fechados de aves bem menores como o Tororó Poecilotriccus plumbeiceps que mede 9 cm, metade do tamanho do parasita! A ave consegue, ainda, regular a data de sua postura de forma a não haver desconfiança por parte do hospedeiro, e os ovos, seguem o padrão de coloração dos ovos do hospedeiro! e por fim, seus ovos eclodem com apenas 11 dias de nidificação, o que dá a seus filhotes uma vantagem competitiva com seus "irmãos" no ninho. Algumas aves, como o Tiê-sangue, Ramphocelus bresilius, em algumas regiões, chegam a escassear, tamanha a perseguição promovida pelas fêmeas do Chupim!

Mas, observando-se as fotos, somos obrigados a reconhecer: trata-se de um bandido bonito!

Muito obrigado às pessoas que nos visitam!

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Myrmotherula axillaris: Choquinha de flancos brancos

 A familia Thamnophilidae engloba um grande número  de espécies de aves insetivoras ( cerca de 195) habitantes das matas de baixada ou de encostas baixas. São aves que procuram alimento desde o sub-bosque até a copa das árvores e algumas espécies são conhecidas como seguidoras das formigas de correição, as famosas formigas predadoras das matas tropicais. Nessa postagem, fazemos alguns comentários sobre uma dessas espécies de aves, tão interessantes quanto características de nossas florestas da baixada litorânea: a Choquinha de flancos brancos, a Myrmotherula axillaris:


O objetivo era conseguir fotografar essa Choquinha, no interior da mata, na penumbra, sem utilizar o flash e também sem o uso de ISOS muito alto que degradam a imagem. Disto isso, a opção restante seria reduzir a velocidade do obturador de modo a permitir entrada de bastante luz no sensor, de modo a que a imagem resultante ficasse clara e com pouco ruido.


O individuo macho de axillaris possui coloração negra opaca. São muito ageis e inquietos, não parando na ramagem senão por brevissimos momentos. Ao ouvir seu canto do gravador, a ave ficou agitada e procurava inistentemente o "intruso" que teria adentrado seu território sem permissão. Para conseguirmos essas fotos, usamos uma configuração com velocidade 1/50; F/8 e ISO 1250, na camera Canon 5D Mark IV e uma lente Canon 100-400 mm IS II. Para reduzir o risco da imagem ficar "tremida" com essa velocidade tão baixa, de 1/50, utilizamos um monopé para maior equilibrio. Apesar do resultado não ter sido perfeito, ficamos contentes com o resultado, permitindo uma visualização dos detalhes da plumagem  sem muitos ruidos, apesar de um levissimo tremor.

Essa choquinha não é rara aqui no ES, estando presente em todas as matas que visitamos até a uma altitude de quase 400m. São comuns nas matas sombreadas das restingas, nas florestas dos tabuleiros e nas encostas baixas. Seu canto é um dos mais caracteristicos dos bandos mistos que percorrem a floresta.


Um dos momentos mais bonitos de se ver essa choquinha, é seu display, quando a pequena ave ( mede 10,5 cm. e pesa 8 gramas!) se posiciona para emitir seu canto ( ao lado) e faz um movimento gracioso abrindo as asas e realizando um movimento de movimentar as asas no poleiro.

Mas a rapidez do movimento fica dificil de se captar que não em um video.


Myrmotherula axillaris é uma espécie abundante e amplamente distribuida no Brasil. Ocorrendo na floresta amazônica e também na floresta atlantica.


MAPA DE REGISTROS DE M.axillaris no site Wiki Aves (www.wikiaves.com.br). Os pontos vermelhos são os locais dos registros. Notar a densidade dos registros na região da mata atlantica!


















Essas choquinhas participam dos bandos mistos que atravessam a mata à procura de alimento e movimentam-se com enorme agilidade entre a folhagem, tanto proximo das copas quanto até o sub bosque e solo. Sua estadia predileta é a meia altura, no sub-bosque da mata sombreada, onde vocalizam constantemente quando estão procurando alimento.
Seu nome cientifico, Myrmotherula, vem do grego e significa "pequeno caçador de formigas com axilas". Alusão talvez aos hábitos dessas espécies, de seguir, como já foi dito, as formigas de correição e também às manchas brancas que salpicam os ombros e axilas de seus exemplares.
É exclusivamente uma ave insetivora, apanhando seu alimento, pequenos insetos, lagartas, nas folhas e galhos das árvores. A Fêmea dessa avezinha possui coloração marrom parda. A denominação "de flancos brancos" é uma descrição para poder separar essa espécie das demais. Em algumas regiões, podem ser encontradas 10 ou mais espécies de Myrmotherula em uma única mata! o flanco branco portanto é uma caracteristica dessa espécie.

Obrigado, a todos amigos e amigas que nos visitam!

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ALGUMAS AVES VISITANDO UMA CANELA COM FRUTOS.

 LOCALIDADE: Sertão Velho, municipio de Cariacica, ES , Brasil.

Recentemente temos visitado bastante a localidade de Sertão Velho, antes, referida por nós como "Estrada marginal à Reserva de Duas Bocas" município de Cariacica, região metropolitana de Vitória, capital do Estado do Espirito Santo, Brasil.

Trata-se de região há muito tempo conhecida por este observador e onde já efetuamos muitos registros importantes de aves. Na região, temos a ocorrência do Macuco, Tinamus solitarius, da Araponga, Procnias nudicollis, do Sabiá-pimenta ou Coxó, Carpornis melanocephalus, do Gavião pombo pequeno Amandonastur lacernulatus, do Gavião pega macaco Spizaetus tyrannus, do Urubu rei, Sarcoramphus papa, entre muitas outras aves importantes e interessantes. Ressaltamos que essa região florestal fica a cerca de 40 km. da capital.

Em nossa última excursão, no dia 13 de agosto pp. Tivemos a oportunidade de observar uma grande quantidade de aves se alimentando em uma fruteira nativa da mata. Chegando perto, pudemos constatar tratar-se de uma canela, que, mesmo com os frutos ainda verdes, era muito procurada pelas aves,  que competiam entre si pelas bolotas ou frutos da arvore. Já há muito tempo temos conhecimento da importância dessas arvores para nossa fauna nativa. A Família Lauraceae, à qual pertencem as canelas, são prodigas em produção de frutos comestíveis para nossa fauna e por essa razão, muito procuradas. Na literatura sobre o assunto, DESCOURTLZ em sua magnifica obra História Natural das Aves do Brasil, datado dos idos de 1854, faz muitas referências a esse grupo da arvores, tão bondosas para com nossa avifauna, sempre lembrando suas particularidades e épocas de frutificação, seus frutos, etc.

Pois bem, lembrando dessa obra magistral do naturalista, pusemos-nos embaixo da canela, para observar seus visitantes, alguns deles, citados pelo referido autor, tivemos a sorte de ver nesse dia mesmo, à procura dos frutos da canela! Aos fatos, ou melhor às fotos:


As infrutescencias, ainda verdes, da canela branca, Nectandra membranaceae, são muito procuradas por nossas aves! Nesse relato, pude comprovar tal fato.

O fruto é essa baga globoide que quando maduro fica na cor preta.





As frutas, vistas de mais longe.









a  árvore vista a certa distância. Ficamos embaixo para acompanhar as aves, que não se intimidaram com nossa presença!.
















O citado livro do Descourtilz.















E agora, as aves:


Aqui, o Araçari-poca, Selenidera maculirostris.

Tucanos e araçaris são avidos comedores de nossas frutas, adicionando a seu cardapio também alimentos com proteina como ovos e filhotes de outras aves!.

O individuo ai do lado é um macho e já estava procurando se acasalar, tanto vocalizado muito à procura da femea. 






A estampa do Araçari-poca no livro do Descourtilz.








O Surucuá-variado, Trogon surrucura, é outro apreciador de frutas, essa espécie é comum nas nossas matas e apresenta sua luxuosa policromia em contraste com o verde.

Descourtilz também imortalizou esse surucuá em seu livro, em uma prancha, referindo-o como Trogonurus aurantius. Na verdade trata-se do atual Trogon surrucura aurantius, que vem a ser nossa sub-espécie citada ao lado.

Na região de Sertão Velho, além desse Surucuá, temos mais duas espécies: Trogon viridis e Trogon rufus.






A estampa do aurantius segundo JT Descourtilz. Um pouco diferente, mas parecido com o Trogon viridis.









Uma fêmea do Sabiá-una, Turdus flavipes.

Familia também muito apreciadora de frutos silvestres.

Essa ave é migratória, aparecendo nas montanhas do Espirito Santo nos meses mais frios, a partir de maio e ficando até setembro mais ou menos.





várias outras aves apareceram no lugar, mas, infelizmente não conseguimos fotos boas. Como voltaremos varias vezes, para companhar o desenvolvimento desse comporgtamento, teremos novos posts sobre esse assunto.

Apenas para citar, estiveram na canela nos momentos que observamos: o Furriel, Caryothraustes canadensis; o Saí-andorinha, Tersina viridis; a Pomba-amargosa, Patagioenas plumbea; A Saíra sete cores, Tangara seledon;  Saíra-douradinha, Tangara cyanoventris.

Muito obrigado, amigas e amigos que nos visitam!!







domingo, 9 de agosto de 2020

Aves vistas na Estrada Marginal da Res. Duas Bocas, ES.

Com a pandemia do Novo Coronavirus, fomos obrigados a nos confinar, diminuindo muito nossas atividades de observadores de aves. Porém, em um dos lugares próximos aqui de casa ( são 40 km de distância entre nossa casa no bairro de Jardim da Penha até o inicio da reserva florestal!), podemos continuar com nossas atividades de passarinheiros. Com a obediência estrita dos protocolos de segurança e de distanciamento social, podemos ir até essa Estrada Marginal à reserva e fazermos nossas observações. Várias espécies do lugar, apesar de conhecidas por nós, até hoje não conseguimos fotografar, como a Choquinha chumbo, Dysithamnuus plumbeus, o Patinho-gigante Platyrinchus leucoryphus, o Saí-de-pernas-pretas Dacnis nigripes e o Tuju, Laurocalis semitorquatus, além de outros que sabidamente habitam essa região.

Continuamos a visitar essa reserva uma vez  por semana e publicamos a seguir algumas fotos de aves vistas nas ultimas vezes  que lá estivemos.

Gavião-pega-macaco, Spizaetus tyrannus. Ave de rapina poderosa e uma das maiores predadoras do Brasil. Ainda encontrado com certa frequência em regiões de matas maiores e bem preservadas. Caça mais mamiferos que aves, tanto dentro da mata como nas suas bordas.

Belíssimo piprideo habitante de florestas fechadas, preferindo matas de baixada ou de baixa altitude. Pipra rubrocapilla também pode ser encontrado em florestas bem preservadas.

Choquinha de peito pintado, Dysithamnus stictothorax é bastante encontradiça nas matas secundárias e primárias da mata atlantica de nossa região.

Penelope obscura, o Jacu-açu, já foi muito caçada para alimentação mas hoje suas populações estão se recuperando. Ave florestal de bom porte que se alimenta principalmente de frutinhas no interior da mata.
A pomba-amargosa, Columba plumbea, também é ave florestal, preferindo as copas da mata.
Fêmea do Surucuá grande de barriga amarela Trogon viridis, ave facilmente encontrada nas matas da encosta da mata atlantica.
Macho do Surucuá variado, Trogon surrucura, uma das espécies de surucuás mais comuns na mata atlantica.
Pyriglena leucoptera, a Papa-taoca-do sul, é uma ave que se alimenta de insetos, principalmente os insetos espantados pelas colunas de formigas de correição. Habita o interior da floresta densa, não existindo em pedaços menores de mata.
O Tiê-de bando, ou Tiê-do-mato grosso, Habia rubica, também é uma ave do interior da mata sombria. Aprecia muito seguir os bandos mistos de aves que percorrem a mata e daí o nome tiê-de-bando.
O sabiá-pimenta, ou Coxó, Carpornis melanocephala, é um dos três cotingas que vivem nessa área da Reserva de Duas Bocas. Ave frugivora, rara, encontrada vez por outra na borda da reserva. Está ameaçada de extinção devido à destruição da floresta.
Cabeçudo, Leptopogon amaurocephalus, habitante dos barrancos ( onde faz ninho) do interior da floresta. Insetivoro da familia Rhynchocyclidae.

Habitante das matas litoraneas, a Saíra cambada de chaves, Tangara  brasiliensis, é, como todas as sairas, uma ave de plumagem muito bonita e brilhante. Não é ave rara, viajando pela floresta em pequenos bandos.

O Sabiá-una, Turdus flavipes é uma ave migratória, que aparece nas matas da região serrana do Espirito Santo nos meses mais frios.

Trichothraupis melanops, o Tiê-de-topete, é uma  das aves seguidoras das formigas de correição, sendo frequente no sub-bosque de nossas matas.


A alma-de-gato, Piaya cayana é uma ave bastante frequente nas florestas, insetivoro, é um cuculideo  muito bonito.

Encerramos nossa observação, ressaltando a importancia de registros como o Gavião pega macaco, e o Sabiá-pimenta, que são aves florestais mais exigentes.

Agradecemos as pessoas que nos honram com suas visitas.!