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domingo, 24 de dezembro de 2017

AVES RARAS E OU POUCO COMUNS VISTAS EM SÃO PAULO!

A Trilha dos Tucanos fica no município de Tapiraí, SP. e dista cerca de  135 km da capital do Estado, a megalópolis São Paulo.
Recentemente estive visitando o local e fiquei impressionado com a grande cobertura vegetal da região e também a quantidade de aves consideradas como raras ou ameaçadas. Sobre esse fato, passo a fazer os comentários a seguir:

























Sanhaçu de encontro azul, Tangara cyanoptera, é considerada pela IUCN  como  NT, quase ameaçada. Ave belíssima, possuidora de dragona azul no encontro da asa. É ausente em muitos lugares e habita a região da mata atlântica, da Bahia ao Rio Grande do Sul. É uma espécie endêmica do Brasil. Alimenta-se de frutas e insetos.



Ao lado, a Sabiá-Cica, Triclaria malachitacea é considerada  como  NT, quase ameaçada. Além de ser ave que não é comum, é difícil de ser fotografada graças a seus hábitos florestais (Habita dentro da mata sombreada) e também é muito desconfiada e arisca.





 A Choquinha carijó Drymophila malura não está ameaçada, mas habita determinadas regiões localmente.















 O Anambé-branco de bochecha parda Tityra inquisitor também não está ameaçado de extinção, mas não é ave comum. Espécie florestal e de beira de mata.
A Maria leque do sudeste, Onychorhynchus swainsoni, é ave ameaçada categorizada pela IUCN na categoria VU. Nossa postagem anterior foi sobre ela.
O Bico assovelado, Ramphocaenus melanurus, também não é ameaçado, mas difícil de ser registrado porquanto é muito rápido e arisco, muito inquieto, dificulta ser fotografado. Aprecia as moitas de Taquaruçu dentro da mata. 
O Gavião bombachinha, Harpagus diodon é ave frequente na mata atlântica. Nessa foto, conseguimos flagrar a ave pousada próxima ao ninho.













Umas surpresas da visita à Trilha dos Tucanos, o Piui-Boreal, Contopus cooperi, ave considerada pela IUCN  como Vulnerável e classificada na categoria VU. Vimos apenas esse exemplar na chegada da trilha.É ave migrante: é visitante da América do Norte, chegando durante o verão à América do Sul.








A Saíra militar Tangara cyanocephala, é ave belíssima. Mesmo não sendo considerada como ameaçada, pode se dizer que em muitos lugares não é comum.














O Capitão castanho, Attila phoenicurus, não é raro. Ave migratória em alguns locais, sua distribuição estende-se do SE do Brasil até a Amazônia.













Muito obrigado aos amigos e amigas que nos visitam!

E um feliz Natal para todo mundo!!!

domingo, 17 de dezembro de 2017

A HISTÓRIA DA MARIA LEQUE Onychorhynchus swainsoni, Pelzeln 1858.

A Maria Leque do Sudeste Onychorhynchus swainsoni é uma de nossas aves mais bonitas e tornou-se muito procurada e admirada pelos observadores de aves birdwatchings devido sua extraordinária  beleza, e principalmente, devido a seu belíssimo e singular "leque" que ave abre vez por outra, brindando o fotografo de sorte com seu premio maravilhoso!


No recente dia 14 de dezembro de 2017, estivemos, eu e o amigo Joselito Macedo, birder aqui de São Paulo, na Trilha dos Tucanos, Tapiraí, SP. Há muito tempo eu ambicionava encontrar essa ave, porém, nunca havia chegado perto. Sua ocorrência vai de Minas Gerais e Espirito Santo até Santa Catarina, sempre na floresta atlântica,em áreas até os 800 metros de altitude. Seu habitat preferido é o interior penumbroso da floresta, nas beiras de córregos florestais, onde costuma fica aos casais. Nesses locais, pendura seus ninhos acima das águas. Esse ninho é uma bola de musgos, ramos e materiais colhidos no local.


O ninho da Maria leque do Sudeste, encontrado sobre as águas de córrego na floresta. Ficamos muito tempo esperando a ave sair do ninho mas nessa ocasião não obtivemos sucesso. Seus filhotes crescem ouvindo o murmurio calmo das águas no interior penumbroso da mata.










Depois  ela saiu!
A crista da ave normalmente é deixado calmo na horizontal, mas às vezes, raramente, a ave eriça sua crista, que se transforma em um leque maravilhoso e colorido. Daí a fama de seu maravilhoso ornamento ser procurada por muitos birdwatchings.









Apesar de toda essa importância, essa ave belíssima e original, corre risco de extinção. Está categorizada como VU (vulnerável) pela IUCN devido principalmente à derrubada da mata atlântica. Creio que nunca foi ave comum, mas no passado, segundo já apurei, seus famosos leques eram retirados para servir de adornos.!!

Agora a ave está protegida, mas, o perigo continua. Talvez devido não ser ave abundante. Em nossa recente excursão, ao local conhecido como "Trilha dos Tucanos" no município de Tapiraí, estado de São Paulo, local com abundância de matas secundárias, pudemos localizar apenas dois casais no interior da floresta em um dia inteiro de caminhada pelas trilhas da mata. Trata-se de uma espécie endêmica do SE do Brasil. Considerada como substituta geográfica da Maria-Leque da Amazônia, Onychorhynchus coronatus, espécie um pouco maior e ainda não ameaçada, pois ocorre em uma vasta região que vai da Amazônia brasileira até os países vizinhos.



O ambiente preferido da Maria leque: córregos bem sombreados no interior da mata.














O interior penumbroso da mata.

riacho no interior da mata atlântica na Trilha dos Tucanos, próximo onde a Maria Leque pendurou seu ninho.



Uma vizinha da Maria leque: a choquinha de garganta pintada, Rhopias gularis
(Spix, 1825).

Apareceu muito perto do ninha da Leque. Aprecia o mesmo ambiente, apenas difere  por ficar mais próximo ao solo, percorrendo os arbustos e substrato a procura de comida.


E esperamos a ave abrir seu leque para o "clique" mas não tivemos tanta sorte!














Mesmo assim, sem a crista aberta, ficamos muitíssimos felizes  com o espetáculo da Maria Leque!















E, com essa imagem, nos despedimos agradecendo a nossos visitantes e também a Deus e a natureza por nos proporcionarem cenas tão lindas como essas que vimos com a Maria leque do sudeste!! E orando pela sua preservação permanente!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Brasil descobre 6 novas espécies de Tamanduás-Anões!

Não são AVES, mas tem a ver com a natureza da Amazônia, e,portanto,  é noticia importante!




























@Espécimes de tamanduá-anão; até agora o animal era classificado como uma única espécie, Cyclopes didactylus, mas o novo estudo feito por cientistas brasileiros revelou que há outras seis. Foto: Flávia Miranda / Projeto Tamanduá


Fábio de Castro, O Estado de S.Paulo
11 Dezembro 2017 | 13h00
Uma equipe de cientistas brasileiros descobriu seis novas espécies do tamanduá-anão, um mamífero que vive nas florestas tropicais da região amazônica e da América Central. O pequeno animal, também conhecido como tamanduaí, ou tamanduá-seda, era classificado originalmente em uma única espécie (Cyclopes didactylus). Mas as análises genéticas e anatômicas revelaram que o gênero Cyclopes se divide em pelo menos sete espécies distintas.

O estudo, publicado hoje na revista científica Zoological Journal of the Linnean Society, foi liderado pela zoóloga Flávia Miranda, coordenadora da ONG Projeto Tamanduá. A equipe de cientistas analisou 33 amostras de DNA e examinou mais de 280 espécimes do raro mamífero em coleções de museus de diversos países.

Tamanduá anão
Espécimes de tamanduá-anão; até agora o animal era classificado como uma única espécie, Cyclopes didactylus, mas o novo estudo feito por cientistas brasileiros revelou que há outras seis. Foto: Flávia Miranda / Projeto Tamanduá
Os cienstistas descobriram que o gênero Cyclopes não se resume à espécie C. didactylus, mas geneticamente bem mais diversa, compreendendo pelo menos sete espécies. Além do C. didactylus, eles revalidaram três espécies já sugeridas em estudos anteriores: o Cyclopes ida, ao norte do rio Amazonas e na margem esquerda do rio Negro, o Cyclopes dorsalis, na América Central e na costa sul-americana do Oceano Pacífico, e o Cyclopes catellus, na Bolívia. 

LINK DA NOTICIA:

http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,cientistas-brasileiros-descobrem-seis-novas-especies-de-tamanduas-anoes,70002115814

PRIMAVERA: PROCURA-SE APARTAMENTO.

Estamos na primavera e aqui no leste do Brasil é a época em que as chuvas voltam a cair com intensidade e os campos ficam cobertos de verde, árvores caducifólias renascem e exibem suas folhas novinhas, muitas flores desabrocham! Sapucaias mostram suas folhas e flores cor de rosa intenso; Flamboyants transformam-se em flamulas vermelhas! No cimo dos Jequitibás as folhas novinhas adquirem um suave tom verde claro e os Guapuruvus cobrem-de flores amarelas belíssimas!

E é também o tempo dos bichos criarem seus filhotes e as aves aproveitam a boa nova do ar, mais leve, lavado pelas chuvas para o acasalamento e a procriação. E o relógio biológico dispara!  A grande maioria constrói seus ninhos e algumas espécies, mais práticas, preferem alugar uma moradia  para instalar a família. É o que fazia essa fêmea de Tuim, Forpus xanthopterygius  que vimos recentemente em Sobreiro, município de Laranja da Terra, ES. Inspecionava um ninho abandonado de João de Barro Furnarius rufus, com o intuito de instalar a família!


























O João de Barro é um pássaro construtor e muito generoso. Por essas razões, frequentemente cede seus apartamentos para novos inquilinos, ou então é obrigado a ceder atendendo a argumentos nem sempre muito amistosos! Mas o fato é que suas construções, além de muito solidas, são muito apreciadas pelas aves e bichos.

Obrigado pessoal!

sábado, 9 de dezembro de 2017

Alguns PEIXES de Vitória, ES, Brasil.

Está certo  que o assunto principal de nosso site é AVES, mas, desde o inicio, quisemos incluir também  PEIXES entre nossos assuntos.

E, com a chegada do Verão (inicia-se no hemisfério sul a partir de 21 de dezembro) as águas do mar normalmente ficam mais quentes,e aumenta bem a quantidade e as espécies de peixes na costa e proximidades. Nos locais onde praticamos a pesca esportiva, os pieres de Camburi e da estátua de Iemanjá, já estão sempre cheios de pescadores devido a uma maior quantidade de peixes. Então, para fazer justiça ao nome de nosso site, JORNAL DAS AVES e peixes, mostramos abaixo fotos de alguns peixes pescados no PIER DA IEMANJÁ. nessa capital do Estado do Espirito Santo observados nesse mês de Dezembro:



O Carapicu Eucinostomus  gula é um peixe pequeno, medindo comumente cerca de 13 cm. de comprimento e pesando até 80 gramas. É abundante nas proximidades do pier, em local pedregoso. Muito pescado com anzóis pequenos e pedacinhos de camarão. É apreciado frito com fubá quando realmente fica muito saboroso! É peixe abundante mas, parece ser mais comum nos meses quentes. Sua pesca também tem lá suas artimanhas, pois o peixinho, dotado de uma boca retrátil, costuma ser um exímio "ladrão de iscas", e muitas vezes enganando os pescadores. Algumas pessoas referem-se ao Carapicu como se fosse  um "lambari do mar".


O  Pampo Trachinotus carolinus é um peixe muito apreciado em Vitória. Além de ser de bom tamanho, comumente alcançando 40 cm. e pesando mais de 1 kg. de peso, ele chega a ser muito frequente no meses quentes. Além de tudo isso, sua pesca é emocionante, com o peixe muito brigador tomando linha e exigindo da pericia do pescador. E para completar, sua carne é saborosa e pode ser preparada de muitas maneiras.


Esse peixinho aí do lado é conhecido pelo apelido de "vento-leste", talvez uma tentativa de se descobrir seus hábitos em conformidade com o clima e suas variações. Também as vezes chamado de "palombeta, Chloroscombrus chrysurus é um peixe pequeno, mas algumas vezes exemplares maiores de 25 cm. são capturados. De qualquer forma, não é visado pelos pescadores mas pode ser utilizado como isca para peixes maiores.





Nos meses de verão, grandes cardumes de sardinhas Sardinella brasiliensis flutuam nas proximidades do Pier. São confusos e ainda não explicados os movimentos desse peixe numeroso e abundante. Parece que esses grandes cardumes são formados de peixes ainda imaturos que ficam próximos á costa. Aparentemente crescem em locais de águas salobras e depois de adultos migram para o mar. Essas sardinhas fotografadas, são pequenas, talvez  uns 14-15 cm. de comprimento e possuem o dorso azulado. Em virtude de seu numero elevado, quando estão em águas rasas próximas ao pier, a superfície da água fica com um aspecto "enrugado". Nas proximidades do pier são pescadas quase exclusivamente nas redes do pescadores.


O Pier de Iemanjá em Vitória,ES, Brasil.

Foto: Danilo R. Meirelles/Arquivo/ A Gazeta.







Agradecemos aos nossos visitantes!! Á MEDIDA QUE FORMOS REGISTRANDO OUTRAS ESPÉCIES DE PEIXES, POSTAREMOS SUAS FOTOS AQUI,.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

SURUCUÁS, Trogons, do Estado do Espirito Santo.

Os Trogonídeos, conhecidos no Brasil pelo nome popular de Surucuás, são aves belíssimas, de plumagem muito policrômicas e famosas por seus hábitos e beleza. No Estado do Esp. Santo ocorrem 4 espécies, habitantes exclusivamente das matas. Alimentam-se de insetos, grandes lagartas e até mesmo frutos maduros.


































Trogon viridis, o Surucuá grande de barriga amarela, é a maior espécie no ES, medindo cerca de 30 cm.d e comprimento.
O Surucuá grande de barriga amarela possui distribuição muito ampla no Brasil. Ocorre na Amazônia e também na Mata Atlântica até Santa Catarina. Trata-se de espécie comum, bastante registrada aqui no ES, mas notamos que é mais comum nas matas da baixada.


A fêmea de T.  viridis, apresenta coloração cinzenta no manto.


















Esse é o Surucuá mais comum nas matas do Esp. Santo! Trata-se do Surucuá variado Trogon surrucura. A curiosidade é que a sub-espécie que ocorre no ES, é a aurantius, ou seja, seu nome completo é Trogon surrucura aurantius.

Essa sub-espécie possui a barriga cor alaranjada enquanto a sub-espécie tipica, tem a barriga de cor vermelha e ocorre nos estados do Sul,Mato Grosso do Sul, Goiás,Paraguai, Uruguai e nordeste da Argentina. É um pouco menor, medindo 28 cm. e possui os mesmos hábitos alimentares da espécie.




O Surucuá de coleira, Trogon collaris é um dos mais bonitos. É o único que possui a barriga vermelha aqui no ES.

Particularidade interessante é que habita apenas as matas de baixada conhecidas como "matas de tabuleiros", podendo ser considerada como uma das espécies que ligam a mata atlântica do Leste do Brasil com a floresta amazônica, já que sua maior área de distribuição é justamente a Amazônia. Aqui do ES não é das mais comuns.


Por último, o Surucuá de barriga amarela Trogon rufus, mede entre 23 a 26 cm. de comprimento. Apresenta o manto com cor esverdeada e pode ser considerada como a terceira espécie em termos de abundância aqui no Estado do Esp. Santo.





A fêmea do T. rufus tem a bonita cor parda chocolate no manto.











Surucuás não são aves raras em nossas florestas! Mas, algumas espécies em alguns lugares já se extinguiram devido ao comportamento dessa ave, que por ser mansa, muitas vezes são capturadas pelo caçador ou então caçadas até mesmo com uma chibatada como relatou Sick em seu clássico livro Ornitologia brasileira. Sua incrível policromia não os protege, antes mesmo ressalta a ave no meio da floresta.

De qualquer forma, se não forem caçados e as florestas atuais preservadas, essas aves magnificas continuarão a ser vistas em nossas florestas. Em nossas andanças nas matas do ES, verificamos que T. viridis e  T. surrucura, são comuns, podendo ser registrados até mesmo nas bordas da mata. T. collaris, talvez seja quem mais cuidados inspira pois sua distribuição aqui no ES está restrita às matas de tabuleiro, as reservas da Vale, Sooretama.

Muito obrigado pessoas que nos visitam!!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

URUBU REI, Sarcoramphus papa, na área Metropolitana

 O Urubu-Rei, Sarcoramphus papa, é classificado pela IUCN com estado de conservação como "pouco preocupante". Apesar disso, não é espécie fácil de ser registrada. Trata-se de ave de grande porte, possuindo cerca de 85 cm. de comprimento, envergadura de asas de quase 2 metros e peso entre 3 a 5 kilos!


Geralmente habita regiões afastadas, pouco movimentadas e procura paisagens florestais, onde se esconde muito bem. A espécie tem baixa reprodutividade, criando quase sempre apenas 1 filhote, que demora de cerca de 3 anos para atingir a maturidade sexual.




Essa dificuldade de vê-lo, e mesmo  sua pouca abundância contribui para que seus registros sejam valorizados. O Povo considera esse urubu em uma escala de graduação superior aos demais  urubus e talvez por essa razão tenha esse nome cientifico de papa.

A verdade é que possui o bico mais forte entre  os urubus, sendo capaz de dilacerar o couro resistente e por essa razão os outros urubus esperam o urubu-rei dilacerar a carcaça do animal morto, para somente então se aproximar para a alimentação.

Por essas razões, consideramos o urubu rei como um grande registro para a área metropolitana de Vitória, área essa com mais de um milhão e meio de habitantes! Os registros de urubu rei, como esse que fotografamos, são feitos a cerca de 40 km. do centro da capital, mostrando que podemos sim, ter animais de grande porte e ameaçados próximos dos grandes centros!


O voo do Urubu rei é imponente! Observar a envergadura das asas!













Apesar de ser ave reservada, muitas vezes o Urubu rei é visto próximo aos urubus comuns Coragyps atratus.









Depois de alguns minutos planando, o Urubu rei se afastou. Já foram fotografados ao mesmo tempo, cerca de 4 indivíduos na Reserva de Duas Bocas.

Lembramos que muitas vezes eles somente são registrados se entrarmos dentro da mata alta. Porém, as vezes podemos vê-lo planando sobre a mata como foi nesse dia.




Muito obrigado pessoal pelas visitas  e por ler nossas noticias!
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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Saracura Matraca com leucismo!


A Saracura matraca Rallus longirostris é uma saracura de porte médio, alcançando 30  cm. de comprimento e sendo bastante registrada em regiões de manguezais, como, p.ex., o mangue do Campus da UFES-Universidade Federal do Esp. Santo. Recebe esse apelido de matraca devido ao vozerio escandaloso  que emite quando vocaliza. E vocaliza muito e continuamente!

Ouvindo a vocalização da Matraca, no áudio de @Robson Silva e Silva:


Foto da saracura em 2013:




Mais  recentemente, o colega Mario Candeias, teve oportunidade de fazer vários registros de um casal dessa saracura, no mesmo manguezal, onde essa ave tão intensa aparece com plumagem leucistica. Vejamos:


O casal atendendo ao chamado do gravador. Foto: @Mario Candeias.












Aparentemente, o leucismo evolui com o tempo. Essa foto ao lado, do macho, é de  2013 e a ave apresentava poucas penas brancas.















Indivíduo leucistico. Foto: @Mario Candeias.

Já nessa foto, de 2017, podemos verificar que a área da plumagem da ave com leucismo, aumentou bastante. Ressaltamos que de um grupo de cinco casais acompanhados, apenas em um dos casais foi notado esse leucismo. No caso, restrito ao individuo macho.













O Leucismo, segundo o Wikiaves (www.wikiaves.com.br), é uma deficiência de fundo genético que ocasiona alterações no corpo dos indivíduos acometidos. Leucismo é caracterizado pela perda completa do pigmento melanina (dos dois tipos eumelanina e feomelanina) nas ESTRUTURAS DE COBERTURA da pele (penas, pelos ou escamas) mas sem perda de melanina cutânea (olhos, mucosas, derme), deixando-os com a coloração branca. É causada pelo bloqueio da síntese de melanina, caracterizado por alelos mutantes, discrepância na expressão de genes impedindo a pigmentação das estruturas afetadas. No leucismo, a ave afetada perde tanto a melanina quanto os pigmentos carotenoides. Já mostramos aqui nessas página, o curioso caso de leucismo com um individuo de Caracará Caracara plancus.

Agradecimentos ao colega Mario Candeias pela cessão de fotos para ilustrar esse  post, e, também aos muitos amigos e amigas que nos visitam!
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