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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

SURUCUÁS, Trogons, do Estado do Espirito Santo.

Os Trogonídeos, conhecidos no Brasil pelo nome popular de Surucuás, são aves belíssimas, de plumagem muito policrômicas e famosas por seus hábitos e beleza. No Estado do Esp. Santo ocorrem 4 espécies, habitantes exclusivamente das matas. Alimentam-se de insetos, grandes lagartas e até mesmo frutos maduros.


































Trogon viridis, o Surucuá grande de barriga amarela, é a maior espécie no ES, medindo cerca de 30 cm.d e comprimento.
O Surucuá grande de barriga amarela possui distribuição muito ampla no Brasil. Ocorre na Amazônia e também na Mata Atlântica até Santa Catarina. Trata-se de espécie comum, bastante registrada aqui no ES, mas notamos que é mais comum nas matas da baixada.


A fêmea de T.  viridis, apresenta coloração cinzenta no manto.


















Esse é o Surucuá mais comum nas matas do Esp. Santo! Trata-se do Surucuá variado Trogon surrucura. A curiosidade é que a sub-espécie que ocorre no ES, é a aurantius, ou seja, seu nome completo é Trogon surrucura aurantius.

Essa sub-espécie possui a barriga cor alaranjada enquanto a sub-espécie tipica, tem a barriga de cor vermelha e ocorre nos estados do Sul,Mato Grosso do Sul, Goiás,Paraguai, Uruguai e nordeste da Argentina. É um pouco menor, medindo 28 cm. e possui os mesmos hábitos alimentares da espécie.




O Surucuá de coleira, Trogon collaris é um dos mais bonitos. É o único que possui a barriga vermelha aqui no ES.

Particularidade interessante é que habita apenas as matas de baixada conhecidas como "matas de tabuleiros", podendo ser considerada como uma das espécies que ligam a mata atlântica do Leste do Brasil com a floresta amazônica, já que sua maior área de distribuição é justamente a Amazônia. Aqui do ES não é das mais comuns.


Por último, o Surucuá de barriga amarela Trogon rufus, mede entre 23 a 26 cm. de comprimento. Apresenta o manto com cor esverdeada e pode ser considerada como a terceira espécie em termos de abundância aqui no Estado do Esp. Santo.





A fêmea do T. rufus tem a bonita cor parda chocolate no manto.











Surucuás não são aves raras em nossas florestas! Mas, algumas espécies em alguns lugares já se extinguiram devido ao comportamento dessa ave, que por ser mansa, muitas vezes são capturadas pelo caçador ou então caçadas até mesmo com uma chibatada como relatou Sick em seu clássico livro Ornitologia brasileira. Sua incrível policromia não os protege, antes mesmo ressalta a ave no meio da floresta.

De qualquer forma, se não forem caçados e as florestas atuais preservadas, essas aves magnificas continuarão a ser vistas em nossas florestas. Em nossas andanças nas matas do ES, verificamos que T. viridis e  T. surrucura, são comuns, podendo ser registrados até mesmo nas bordas da mata. T. collaris, talvez seja quem mais cuidados inspira pois sua distribuição aqui no ES está restrita às matas de tabuleiro, as reservas da Vale, Sooretama.

Muito obrigado pessoas que nos visitam!!

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