A Harpia é uma das maiores águias do mundo! E muito emblemática do Brasil!, são poderosas e estão presentes, ainda hoje no Século XXI, em boa parte das grandes matas!. Como não admirar nosso Gavião-Real? Nesta postagem, procuro passar a vocês a emoção que é conhecer essa águia na natureza, pela primeira vez!
A Harpia que apareceu nas montanhas de Marechal Floriano e que tem chamado muita atenção dos passarinheiros desde então!. OBSERVAR AS GARRAS! Maiores que do Urso pardo americano!
A Harpia harpyja tem um comprimento médio entre 90 e 105 cm. com um peso médio entre os indivíduos do sexo feminino( maiores e mais pesadas que os machos) de 7,6 a 9 kilos! Suas garras são maiores que as do urso pardo americano e é considerada como a águia mais poderosa do planeta.(www.wikiaves.com.br)
Uma ave dessa imponência e sendo um predador do topo da cadeia alimentar, não admira que esteja com algum grau de ameaça! Assim, segundo a IUCN, está categorizada com o nível de NT que significa "nova ameaçada". Porém, esse grau de abundancia não é uniforme em toda sua área de distribuição. Ave florestal, antigamente habitava todo o Brasil, mas, hoje, seus registros fora da região Amazônica são raros!
Distribuição dos registros de Harpia segundo a plataforma Wikiaves: www.wikiaves.com.br
Pode ser observada concentração dos registros na região da floresta Amazônica.
Apesar disso, o Estado do Espirito Santo, por conter ainda alguns remanescentes florestais intactos, conta com bom numero de registros, tanto na baixada litorânea do norte do Rio Doce (Linhares e Sooretama) quanto na região serrana (Santa Teresa e agora, Mal. Floriano)
Então, uma Harpia têm aparecido próximo à capital do Espirito Santo, causando até um certo alvoroço.O local onde essa Harpia tem aparecido são as montanhas florestadas de Marechal Floriano, nas proximidades do Zoo Park. Interessante que esse Zoo conta em suas dependências com um casal de Harpias e aparentemente, esse individuo que apareceu talvez tenha relação com a proximidade desses dois indivíduos cativos, que, inclusive, vocalizam bastante e com isso devem atrair o individuo errante.
A Harpia, descansando.
Algumas impressões podem ser tiradas desse encontro com a Harpia. A ave, ao que parece, tem um comportamento bem diferente de outras rapinantes brasileiras. Apesar de seu tamanho avantajado, não é ave planadora como p.ex. a Águia serrana (Geranoaetus melanoleucus) ou o Gavião pega-macaco (Spizaetus tyrannus), ou mesmo o Gavião-Pato (Spizaetus melanoleucus). Seu comportamento está mais parecido ao do Gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus). É uma grande águia florestal, e pelo visto capaz de ficar um bom tempo escondida no interior da floresta, de onde raramente sai. Essas saídas da mata, segundo alguns biólogos, seria para se dirigir de uma encosta a outra da mata nas montanhas. Já havíamos deduzido esse fato. Os voos da Harpia, são bem mais discretos do que dessas outras rapinantes. Tende a voar rente às copas da mata, escondendo-se bastante. Uma das razões de ser pouquíssimo registrada. Outra característica que vislumbramos é que a caçada da Harpia não é uma caçada de velocidade e emboscada como vimos nos Spizaetus! Parece que o Gavião real pratica uma caçada bem mais devagar e baseada na força. Indica para isso uma índole um pouco preguiçosa. A característica da Águia de não ser ave planadora acaba por resultar em mais dificuldade de ser registrada e por essa razão, talvez e sendo otimista, ela seja sub-registrada! Ou seja, evidentemente, é uma ave rara, muito rara, mas com certeza n~]ao tão rara a ponto de ser considerada como extinta em muitos locais. Entre as espécies brasileiras, podemos inferir que a Águia cinzenta (Urubitinga coronata) é considerada mais ameaçada que a Harpia. Mas, lembramos que a Urubitinga é uma águia campestre e a Harpia é estritamente florestal e mais, de grandes e extensas florestas. No caso das encostas de Marechal Floriano, podemos dizer que as encostas dos morros são todas florestadas pela mata atlântica!
Vocalizando!
No alto da encosta, sem crop e com lente de 400mm.
Finalmente se afastando do local!
voando, observamos a grande envergadura das aves da Harpia.
O registro dessa Harpia no lugar foi devido graças à boa vontade do pessoal do Zoo Park que comunicou ao Projeto Harpia, encarregado do estudo e preservação dessa ave majestosa. Com a parceira do COA/ES e AMOAVES, foi aberta a possibilidade a nós passarinheiros, visitar, conhecer e admirar essa ave. Portanto, nossos agradecimentos ao ZOO PARK, ao PROJETO HARPIA e ao COA/ES e AMOAVES, por essa magnifica experiência!
Para essa visita e reportagem, o JORNAL DAS AVES, contou com a valiosa colaboração dos colegas ADEMIR CARLETTI, ROBERTO O. SILVA, MARIO CANDEIAS e EVANDRO LIMONGE. Aos quais, agradecemos muito pelos valiosos ensinamentos!
Muito obrigado às pessoas que nos honram com suas visitas!