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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

ESPÉCIES IMPORTANTES VISTAS RECENTEMENTE EM DUAS BOCAS.

A Reserva de Duas Bocas é uma importantíssima área de mata atlântica protegida localizada muio próxima à capital do Estado do ES. Está distante cerca de  36 km. de Vitória. Em diversas ocasiões já efetuamos postagens abordando a fauna dessa reserva ou suas matas. Recentemente estivemos novamente nessa área protegida, à procura da Choquinha-chumbo, a Dysithamnus plumbeus. Nessa ocasião, não conseguimos visualizar e fotografar essa choquinha. Apenas conseguimos gravar seu canto e depositar na coleção de sons do Wiki Aves:

http://www.wikiaves.com.br/3554814

essa choquinha é uma ave endêmica do Brasil e encontra-se ameaçada de extinção.

Aproveitamos a viagem para registrar outras aves florestais que aparecerem no lugar.

O Vira-folhas, Sclerurus scansor é um passeriforme da família Furnaridae. Uma das famílias de aves mais comuns e abundantes no Brasil, mas esse Vira folhas não é ccomum ou facilmente encontradiço! É uma dessas aves que vivem escondidas no interior penumbroso e sombrio da mata. Onde se alimenta de insetos e larvas. Gosta muito de  descer ao solo ou pousar em troncos caídos ( omo na foto) e, a partir daí, começar a caçar insetos. 







O Pica-pau-de-banda branca Dryocopus lineatus, é, dos grandes pia-paus, um dos mais comuns. Trata-se de ave belíssima, que habita tanto a mata quanto as capoeiras próximas da matas.













 O Chocão carijó, Hypoedaleus guttatus, é ave da família Thamnophilidae, um dos maiores dessa família, alcançando 20 cm. de comprimento. Prefere as copas da mata para procurar alimento e perambular pela mata. Esse nicho ecológico, procurar alimento nas copas é bastante diferenciado em relação ao resgante da família, formada mais por aves com hábitos alimentares próximos ao solo.
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Agradecemos às pessoas que no visitam!

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

GUARÁS VOLTAM A FLORIPA!

  DEU NA IMPRENSA:








Imagem: @Karol Moreira:  "Guarás Delta do Parnaiba/PI. In: Flicker  https://flic.kr/p/puuk1d

Guarás são aves sensíveis e desconfiadas. Ao perceber seu ambiente perturbado, elas fogem à procura de outros lugares para viver e se alimentar. Hoje, na impresa, tivemos uma ótima noticia: Guarás voltando a viver em uma capital do país!

Segundo a reportagem abaixo, transcrita da Folha de São Paulo, um bando dessas aves  voltou a aparecer em Florianópolis:


FLORIANÓPOLIS, SC (FOLHAPRESS) - O vermelho escarlate que tinge o céu a cada voo chama atenção do observador mais desavisado, que logo os associa aos flamingos. Com sua exuberante plumagem, o guará (Eudocimus ruber) está de volta à Florianópolis.
A revoada das aves não era apreciada havia mais de 200 anos, segundo pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). O fenômeno mobilizou observadores da fauna na cidade. Entre os possíveis motivos da volta dos guarás, dizem estudiosos, estaria a recuperação de mangues na ilha, onde essas aves podem se alimentar.
A coloração dos guarás vem do pigmento dos crustáceos (carotenoides), característicos de ecossistemas como o manguezal, estuários e rios, dos quais ele se alimenta. À medida que envelhecem, a cor se torna cada vez mais brilhante e intensa. As semelhanças entre eles os flamingos, porém, ficam por aí. 
O guará é um tipo de ave mais próxima da garça, com características físicas semelhantes de pernas, pescoço e bico compridos (pelecaniformes), e estatura entre 50 a 120 cm. O flamingo, por sua vez, é vem da ordem phoenicopteriformes, de longas pernas e bico encurvado, e um pouco maiores que os guarás (os flamingos medem de 90 a 150 cm de comprimento).
O bando com cerca de mil animais chegou à capital catarinense no começo desta semana e alvoroçou ambientalistas de norte a sul da ilha. Fernando Farias, biólogo e guia de observação de pássaros, foi um dos primeiros a registrar as aves, que possivelmente vieram da baía da Babitonga, no norte do estado, a 200 km da capital. 
Apesar disso, é cedo para afirma a origem exata dos animais, uma vez que há registro da espécie em todo litoral brasileiro, além de Argentina, Colômbia, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Bolívia e Trinidad e Tobago.
Farias teve a oportunidade de ver os guarás no manguezal do Itacorubi, na região central de Florianópolis, na segunda-feira (18). "O retorno deles significa que estamos fazendo alguma coisa em relação a conservação. É reflexo das áreas de mangue preservadas na ilha, e também mostra que a população de guarás da qual eles vieram está bem grande." 
As aves não estão ameaçadas e não integram a chamada lista vermelha da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais). 
No entanto, não havia registros dos animais na capital catarinense desde o século 18, segundo pesquisadores da UFSC. Amédée François Frézier, em 1712, foi um dos poucos a descrever a ave em Florianópolis. Em carta à corte francesa, o botânico militar observou a mudança desde os primeiros anos de vida até atingirem a fase adulta.
"Os guarás são encontrados à vezes na ilha de Santa Catarina. As primeiras plumas que o cobrem, logo que nascem, são negras. Esta cor dissipa-se insensivelmente tomando-se acinzentada. Quando começa a voar, todas as plumas tomam-se brancas: tomam finalmente a cor de rosa; tomando-se dia a dia mais vermelhas, até adquirirem uma cor escarlate viva e permanente", escreveu em relato compilado no livro "Ilha de Santa Catarina: relatos de viajantes estrangeiros nos séculos 18 e 19", editado em 1979 pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. 
O sumiço desses animais por anos pode ter diversas explicações, segundo Fabrício Basílio, do uso das penas em ornamentos até a poluição dos oceanos. A degradação do manguezal, porém, é apontada pelo pesquisador do Observatório de Áreas Protegidas e do Laboratório de Gestão Costeira Integrada da UFSC como o principal fator de ter afugentado os guarás da ilha.
Muitos dos mangues no país, diz Basílio, foram ocupados e aterrados. "Pensava-se que estes ecossistemas não produziam nada, tinham mau cheiro e eram um atraso ao desenvolvimento das cidades".
A atenção em relação a estes ecossistemas surgiu somente em 1987, quando a primeira unidade de conservação foi criada com este fim em Carijós. "São [espaços] extremamente importantes como berçários da vida marinha, além de servirem de proteção para as cidades que se localizam na zona costeira, porque atenuam a força da maré em eventos climáticos extremos."
O retorno da ave é comemorado também por poder aquecer o turismo da região, como ocorreu com um novo passeio para observar aves no arquipélago de Alcatrazes, próximo a Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. A expectativa agora para o visitante pródigo, diz o biólogo Farias, é se ele vai conseguir se reproduzir na ilha.
Folha de São Paulo, 21.11.2019

sábado, 2 de novembro de 2019

UMA COLÔNIA DE JAPUS e o Parasita!

Japus são aves muito gregárias! Imponentes passarões de longa cauda amarela e respeitável bico, também de cor amarela, essas aves podem ser facilmente notados onde se estabelecem!





























Nesta Sexta-feira dia 31.10.19, observamos uma colônia de Psarocolius decumanus, na estrada que liga a cidade de Cariacica até a localidade de Sertão Velho, neste Estado do Espirito Santo.

A COLÔNIA:


Não é uma colônia grande, contamos 26 ninhos de ambos os lados da árvore, um Aderno de uns 25 m. de altura! Japus parecem apreciar a vegetação dos Capoeirões onde ficam bem à o vontade!
Mas o movimento dos Japus, entrando e saindo dos ninhos era grande e mostrava uma agitação e um nervosismo, talvez por terem me notado e sendo observados.
























Japu entrando no ninho! Muito provavelmente estão com filhotes pequenos. Não ouvimos o chiado característico dos filhotes e por isso, deduzo que devem ser bem novinhos.

















Mesmo o ninho sendo grande, ás vezes superam 1 metro de comprimento, a ave tem de se esgueirar para chegar la dentro! Lembrando que o Japu é uma ave de 48 centimetros de comprimento, o macho, e a fêmea alcança  38 cm.!











O PARASITA!


Mas o perigo ronda a maternidade japuense! Vislumbramos, paradas na árvore, como quem não quer nada, algumas fêmeas de outro grande Icterídeo! Trata-se da Iraúna grande, Molothrus oryzivorus! 

Como estamos em plena primavera, temporada de reprodução dos bichos, os recantos da mata fervilham de vida e amor!





Os ninhos pendentes dos Icterídeos podem ser predados tanto por mamíferos, como aves e cobras! Mas além desses perigos, ainda devem ficar atentos contra os notórios parasitas conhecidos. São também Icterídeos como eles, Chupins e as Iraúnas.

 É impressionante como os Japus não percebem o perigo!

Nessa foto da esquerda, uma fêmea de iraúna chega a inspecionar um dos ninhos enquanto outra fica de guarda na porta de entrada de um dos ninhos.


Nessa foto podem ser percebidas três fêmeas da Iraúna, inspecionando e escolhendo onde botar seus ovos!















Um dos Japus volta de sua excursão para a colônia, trazendo no bico o alimento para os ninhegos.

Parece que alguns desses ninhegos, ao crescer, não terão as longas retrizes amarelas que caracterizam essa espécie!










Acho que foi Goeldi quem disse: Em uma de suas excursões, deparou com um ninho de japu caído ao solo. Dentro havia um filhote que foi alimentado por seu pessoal, e, ao final, desenvolveu-se uma perfeita Iraúna.

Portanto, esse parasitismo da Iraúna sobre o Japu já é bastante antigo!

OBRIGADO PESSOAS GENTIS QUE NOS VISITAM!!

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

BOA NOVA: MUITAS AVES, CULTURA E NATUREZA.

PASSARINHANDO EM  BOA  NOVA, Bahia, Brasil.

Neste mês de outubro estivemos ocupados com outra viagem de passarinhada por esse Brasil afora. Nosso destino dessa vez  foi o Estado da Bahia, mais precisamente no município de Boa Nova. Pretendemos fazer um relato abrangente de nossa viagem, com informações sobre a cultura do lugar, sua gente e também sobre sua natureza, vegetação e finalizando com as aves que vimos por lá. Fomos gentilmente guiados pelo Josafá Almeida, profundo conhecedor da região e suas aves. A viagem foi longa e tranquila, desembarcamos no aeroporto de Vitória da Conquista, que fica a cerca de 100 km de Boa Nova. Nossa viagem foi longa pois começando em Vitória tivemos de ir até São Paulo e de lá pegamos o voo direto até Vitória da Conquista em um voo de mais de 1.500 quilômetros!



Beija flor vermelho, Chrysolampis mosquitos, fotografado em Boa Nova.



Segundo a Wikipédia, Boa Nova é um município localizado na região centro-sul da Bahia (14º 22` 05`` S e 40º 12` 24`` W), possuindo na zona urbana uma temperatura média de 21°C. Possui uma população de 15.409 habitantes, espalhados por uma área de 856 km², onde predominam a agricultura e a pecuária. É conhecida internacionalmente por sua elevada biodiversidade especialmente para o grupo das aves, onde ocorrem mais da metade das espécies de todo o estado da Bahia.  Boa Nova tem um inventario de 427 espécies de aves, conforme a informação do WikiAves. Ainda segundo a Wikipédia, município fica situado a 480 km de Salvador e 110 km de Vitória da Conquista. Possui um território de 868 km2 cortado por uma cadeia “montanhosa” (que atinge até 1.120 metros acima do nível do mar), conhecida localmente como Serra da Ouricana. Tal elevação de relevo funciona como barreira natural para a umidade vinda do Oceano Atlântico, ocorrendo uma “alta” precipitação pluviométrica no seu contraforte leste. Já a oeste dessa montanha, uma faixa de cerca de 8 km de largura ainda é influenciada por essa umidade, recebendo precipitações residuais em forma de neblina; no entanto 42% do município (a oeste) tem seu período chuvoso relacionado exclusivamente à massa de ar equatorial continental, originada na Amazônia. Essa situação cria três cenários bem distintos em termos de clima e vegetação, ocorrendo no território duas zonas especificas, uma de Caatinga e outra de Mata Atlântica. A transição entre esses dois biomas é conhecida localmente como Mata-de-Cipó. O trecho leste é rico em rios e cachoeiras e uma biodiversidade nacionalmente reconhecida, especialmente para o grupo das aves. O gravatazeiro, uma ave endêmica da Mata de Cipó e ameaçada de extinção é encontrada nas matas da região, e se tornou o símbolo dos esforços de conservação das florestas de Boa Nova. Essas condições geográficas fazem de Boa Nova um interessante estudo de caso sobre distribuição das aves. Ocorrendo diferentes tipos de vegetação, que vão desde a caatinga semiárida até o de mata atlântica nas serras úmidas.



 O portal de  entrada na cidade, apresenta no alto da construção, duas imagem do casal do Gravatazeiro, Rhofornis ardesiacus. Uma prova da grande importância que a população dá a essas espécies de aves, que se tornaram até mesmo em um símbolo do município e da região.

A cidade é muito bonita e apresenta a arquitetura típica das pequenas cidades do interior do Brasil. Destaque especial deve ser dado a seu povo, simples, muito hospitaleiro e agradável no trato com os forasteiros. Mesmo não sendo um município rico, a população preserva sua cultura do interior baseada na simplicidade e com um bom nível de vida e muita dignidade.

Algumas imagens de Boa Nova em sua área urbana:










Apresentamos a seguir algumas fotos da vegetação da região, posteriormente, faremos outra postagem complementar com mais fotos de aves e de parte da vegetação.


Bromélia da região.
Um jegue surgindo do meio da vegetação de caatinga,

No primeiro plano, a vegetação de caatinga. Ao fundo, nas serras, é o domínio das Matas de cipó e da Mata Atlântica.
Característica da vegetação de clima seco do continente americano, um cactos surge no meio da vegetação.




















Cereus jamacaru, o       Mandacaru, uma cactácea típica das regiões semi áridas do sertão nordestino.

Nas serras úmidas, a vegetação é verdejante, com árvores mais altas que chegam até os 30 metros de altura.


Área de vegetação mais alta, já com maior umidade, transição entre a caatinga e a mata atlântica. É denominada de Mata de cipó.


















O Gravatazeiro, Rhopornis ardesiacus é ave símbolo do lugar e não é difícil de ser encontrado, apesar de endêmico e ameaçado de extinção., Habita as regiões das Matas de cipó.

















O Arapaçu-grande, Dendrocolaptes platyrostris é ave da Mata Atlântica.

O Asa-de-telha pálido, Agelaioides fringillarius habita regiões abertas.

O Balança-rabo-de-chapéu-preto, Poliptila plumbea é ave da mata de cipó.














A Choca-barrada-do nordeste, Thamnophilus capistratus. É ave de paisagens meio abertas como a caatinga e matas baixas, ralas e secas.
A Choca-do-nordeste, Sakesphorus cristatus é ave que habita matas baixas e secas, como na Mata de Cipós.  A esquerda a fêmea.













 Aqui o macho da Choca do Nordeste.
 A Fêmea da espécie Chororó-cinzento, Cercomacra brasiliana. Ave da mata atlântica, que ao sul de sua distribuição é rara e ameaçada de extinção.
O macho de Cercomacra brasiliana.

O Chorozinho-da-caatinga,  Herpsilochmus sellowi. Da mata de cipós.

Ave difícil de fotografar, típica das vegetações arbustiva, o Formigueiro de barriga preta, Formicivora melanogaster.

Uma das aves mais festejadas da excursão, o Formigueiro do nordeste, Formicivora iheringi.

É ave habitante das matas de Cipó, e é considerada pela IUCN como quase ameaçada, na categoria NT.











O Casaca-de-couro, Pseudoseisura cristata é uma belíssima ave de paisagens abertas, onde canta insistentemente,













Uma das aves mais espetaculares da Mata Atlântica, também presente em Boa Nova: o Pavó, Pyroderus scutatus.

Aqui a ave se alimentando em uma árvore do palmito Euterpe edulis, na mata atlântica de altitude.

Foto feita por minha esposa @Aninha Delboni,






FAREMOS MAIS UMA POSTAGEM SOBRE ESSA EXCURSÃO A BOA NOVA. abordando a vegetação e mais algumas aves que não citamos neste post.

Muito Obrigado amigas e amigos que nos visitam!!

José Silvério Lemos. Birdwatching/COA-ES/ BRASIL.





























sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A História do Pica-Pau do Parnaíba, Celeus obrieni.

O Pica-pau do Parnaíba, Celeus obrieni pode ser considerado como a ave mais "importante" de nossa visita ao Tocantins, feita recentemente!






























Celeus obrieni fotografado por minha esposa Aninha Delboni durante nossa excursão ao Tocantins agora em setembro.

Esse Belíssimo Pica-pau foi considerado como Extinto por 80 anos! Somente em 2006 a espécie foi "redescoberta" por Advaldo Prado. Durante muitos anos, dois exemplares coletados em 1967 e 1988 ficaram anos esperando serem identificados em coleções cientificas.
No local onde foi descrito, município de Uruçuí, no Piauí, nunca mais foi visto! 
Trata-se de uma ave de tamanho grande, chegando a 27 cm. de comprimento e pesando cerca de 100 gramas.  Após a redescoberta da ave no município de Goiatins em Tocantins, essa ave passou a ser procurada em muitas localidades do bioma do cerrado.

Trata-se de ave muito ameaçada de extinção devido a seus hábitos alimentares muito especializados, e, também, à destruição do cerrado para a Agricultura! Um trabalho cientifico levado a efeito no Tocantins conseguiu mapear a alimentação do bicho e o resultado é impressionante de como uma ave se torna tão especializada em sua alimentação. Taboca é a denominação regional que se dá em Tocantins às moitas dos vegetais conhecidos no leste do Brasil  como Taquaras. São bambus nativos, cujos caules são habitados por mais de 30 espécies de formigas! O referido trabalho cientifico, do qual participou nosso guia na excursão, o André Grassi Corrêa, demonstrou que dessas 30 espécies de formigas, apenas 3 a 5 são utilizadas como alimento pelo Celeus obrieni.
Infere-se daí, que se esses bambuzais, as Tabocas, forem cortadas ou dizimadas da vegetação, o nosso Pica-pau do parnaíba estará em apuros! E é exatamente isso que acontece atualmente com essa ave, pois a vegetação do cerrado está toda sendo desmatada para ser convertida em enormes campos produtores de soja e milho.

Foi tendo em mente essa realidade, que ficamos muito felizes quando encontramos essa ave, e, ainda mais, tivemos o privilégio de ver e fotografar um jovem nascido na ultima estação de procriação!.



O jovem pode ser reconhecido pelo sinal na comissura do bico, ainda não totalmente empenada!

















Viajamos 1.200 km. pelo Tocantins e em três lugares encontramos esse raro pica-pau!


















A situação de Celeus obrieni é mesmo preocupante! Ao lado, foto tirada da página do Wiki Aves sobre seu estado de conservação!

Mostrando que seu status é ameaçado de extinção. Mais um!
















Os pontos vermelhos são os locais onde a ave já foi registrada conf. fotos no Wiki Aves!

Foram nos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso.
 Mas o estado onde ele tem melhores chances de sobreviver é no Tocantins.












Esperemos que consigamos proteger esse maravilhoso Pica-pau. Nesse sentido, o trabalho de nós, observadores de aves, é tentar registrar mais vezes e em locais novos, onde ainda não foi registrado, e informando as autoridades, diminuindo assim, a pressão sobre essa ave tão emblemática!

MUITO OBRIGADO, PESSOAS QUE NOS VISITAM!