Translate

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

O Gavião Urubu, na zona urbana em Vitória.

 O Gavião urubu, Buteo albonotatus, já foi algumas vezes mencionado nessas páginas! Vide: "O Gavião que se disfarça de urubu" no dia 30.4.2014, ou, "Buteo albonotatus, uma sessão de fotos na cidade", no dia 27.6.2021, e, também, "O Gavião urubu, Buteo albonotatus, em Coqueiral de Aracruz" do dia 15.03.2020.

 Passamos então, para, mais uma vez, referimo-nos a esse gavião, que tem demonstrado ser até comum aqui pelo Estado do Espirito Santo. Ontem, 15.2.2023, vimo-lo novamente planando por cima do canal do Rio Santa Maria aqui em Vitória.
Frequentemente nas  proximidades do Campus da UFES, universidade federal, esse rapinante tem sido observado.
Já foi mencionado, que uma de suas táticas para se aproximar de possíveis presas, é se "disfarçar" de urubu, principalmente o Urubu de cabeça vermelha, Cathartes aura.


O Buteo albonotatus, sobrevoando o canal de mangue adjancente ao bairro de Jardim da Penha, aqui em Vitória.ES.


Fotos com a Canon 70D e a Lente Canon 100-400 IS II.

Agradecemos às pessoas que nos prestigiam com suas visitas.

Grato, pessoal!


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Ressuscitando o DODÔ : Deu na VEJA!

 




Sempre achei muito interessante a história do Dodô, Raphus cucullatus, tornado o mais emblemático exemplo de extinção de um animal dos tempos recentes. Era uma ave da família dos Pombos, os Columbidae, extraordinariamente grande e invulgar em seus hábitos e dimensões. Endêmico da Ilha Mauricio no Oceano Indico, o Dodô tinha cerca de 1 metro de altura e pesava mais de 20 Kg.! Não pode ser comparado ao avestruz, ou mesmo às emas, aves mais pesadas e mais altas, mas, ainda assim, o aspecto atarracado do Dodô, com seu grande e esquisito bico, conferem à ave um aspecto meio bizarro! Além disso, era uma ave que não voava! Vivia tranquilo e isolado nessa ilha, onde quase não tinha predadores e com facilidade de obter alimentos. Até ser descoberto por marinheiros europeus, cujas primeiras descrições são de 1598, essa ave não recebia ameaças. Porém, menos de 100 anos depois estava extinta, com pouquíssimas descrições sobre sua aparência e ou hábitos.

Até hoje, o aspecto físico e detalhes de seu comportamento são estudados e sem se chegar, ainda, a um consenso. Consenso esse, muito difícil tendo em vista o tempo decorrido desde sua extinção e a raridade de informações sobre essa ave. Muitas suposições e informações antigas sem confirmação, ou, simplesmente boatos, trazem ainda mais mistério a essa ave! Muitos cientistas dos séculos XVIII e XIX, inclusive, simplesmente duvidavam que os Dodôs tivessem até mesmo existido, tal seu aspecto estranho! As causas da extinção também são ainda hoje estudadas, e uma delas, o suposto extermínio derivado da caça feita por marinheiros, é atualmente considerado como pouco provável. Sua raridade e aspectos ecológicos são os mais prováveis, entre os quais, o povoamento da ilha por animais levados pelo homem.

De     qualquer forma, trata-se de um assunto bem interessante para os admiradores e observadores de aves. Isso, porque temos hoje em dia, um grande número de espécies ameaçadas de extinção precisando de cuidados, e o medo da repetição da história do Dodô é bem presente!


Uma figura do Dodô, retratada na extensa e bem fundamentada matéria sobre o Dodô, na Wikipédia:

Dodô – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)


Dá para perceber, somente olhando essa gravura, tratar-se de uma ave, no mínimo, enigmática!

Recomendamos aos interessados, a leitura do texto acima, na Wikipédia!

Agradecemos às pessoas que nos visitam!!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Registro do Pernilongo Himantopus melanurus na praia em Vitória, ES.

 O Pernilongo de costas brancas, Himantopus melanurus, não é uma ave rara. Temos muitos registros aqui no Estado do Espirito Santo. E também do pernilongo de costas pretas, Himantopus mexicanus.

Na manhã do ultimo dia 20 de janeiro, por volta das 5,30 horas, surpreendemos dois indivíduos do Pernilongo forrageando na areia da praia de Camburi, a principal praia da cidade, e localizada em área altamente urbanizada e muito movimentada.


As aves forrageavam na zona da maré onde muitos pequenos animalejos podem ser capturados.










A tentativa de se aproximar terminou por espantar as aves, e as fotos não ficaram melhores porque foram feitas com telefone celular.

A preocupação foi com o registro dessas aves.







Espantadas, as aves voaram na direção do porto de tubarão. 
Talvez estejam habitando nas lagoas existentes no Parque Botânico da Vale, hipótese a ser futuramente confirmada. Também já foram registradas nas cercanias do aeroporto, em lugares alagados.








Consultando o WA, podemos ver que os registros anteriores desse Pernilongo em Vitória, foram no ano de 2014, nas proximidades do Aeroporto, em áreas alagadas.

Agradecemos às pessoas que nos honram com suas visitas!!





sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Passarinhada urbana em dias de chuva !

 Tem chovido bastante aqui em Vitória, ES, desde o mês de Dezembro. Estamos tendo um verão atipico: muita chuva, pouco sol e fazendo frio, coisa rara nessa época do ano. Então, chega de esperar dias melhores e bora sair para ver aves apesar da chuva.

Meu périplo começou no píer da estatua de Iemanjá, na praia de Camburi.

Egretta thula 

 E logo na chegada pude ver essa beleza que é a Garça branca pequena,  Egretta  thula, espécie muito graciosa e também, muito frequente onde quer que haja pequenos peixes.













Pertinho dali, tinha outro espécime muito conhecido por nós, trata-se do Pirupiru, Haematopus palliatus, fazendo até pose para o fotografo.








Fomos surpreendidos por esse bando de Biguás, sobrevoando a área do píer em direção ao final da praia de Camburi.














Esse Atobá pardo, Sula leucogaster, estava de saída e não esperou o fotografo para uma foto melhor.











Um Chupim, Molothrus bonariensis, atento procurando uma oportunidade para por ovos em ninho alheio.














Mais adiante, em local da vaza das marés, encontramos essa Garça azul, Egretta caerulea, mariscando. Trata-se de um jovem com plumagem de imaturo.











Fomos então, para a Ilha do Boi, onde visualizamos mais algumas aves típicas da beira mar  como a batuíra de bando, Charadrius semipalmatus, aves que sempre vemos mariscando nas pedras limosas da Ilha do Boi:

A batuíra de bando, na Ilha do Boi.




















O Sabiá-da-praia, Mimus gilvus, é ave muito frequente na Ilha do Boi e em outras localidades aqui de Vitória.












Vira pedras, Arenaria interpres, também muito frequente na Ilha do Boi.















Um espetáculo visto nessa manhã: um bando de Fregatas, Fregata magnificens, sobrevoando as imediações.














O bando possuía pelo menos 20 indivíduos, mas, somente consegui juntas essas três aves!












Finalmente resolvi ir até o fim da praia de Camburi, nas proximidades do píer do hotel.

O Tempo continuava nublado e chuvoso.











Ali, na beirada da praia, pudemos ver esse casal de João de Barro, Furnarius rufus.

















Esse Suiriri cavaleiro, Machetornis rixosa foi a ultima ave que vimos nessa manhã chuvosa e de birding na capital do Espirito Santo.

Registramos algumas outras aves, que não conseguimos fotografar hoje como o Gaivotão Larus dominicanus, o Periquito rei Aratinga aurea, nem como um bando de periquito Rico, Brotogeris tirica.





Um muito obrigado às pessoas que nos visitam!






















quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Uma foto maravilhosa do TOQUIN!

 Toquin foi o nome escolhido em votação pelos membros do COA/ES, Clube de Observadores de Aves do Espírito Santo, para um filhote de Urutau, ou Mãe-da-lua, Nyctibius griseus. A ave, escolheu o local do ninho em uma árvore no campus da UFES-Universidade Federal do Espírito Santo.

Foi uma eleição disputada, inclusive para decidir se seria TOQUIN  ou TOQUIM! Venceu o Toquin, e, entre as muitas fotos que foram feitas para admirar o filhote, destacamos a foto abaixo, do colega Luiz Claudio Effgen:








































A belíssima foto do Toquin com sua mamãe, feita pelo Luiz Claudio Effgen,  ganha um toque especial no colorido PB, realçando com  um toque sublime, o milagre da criação e da maternidade! Luiz, Parabéns pela sensibilidade!

O nome Urutau vem da língua Tupi, e significa ave fantasma, uma referência, talvez, ao canto melancólico dessa ave, que, não raras vezes, chega assustar quem a ouve, quebrando o silêncio de nossas noites! Outras pessoas, atribuem a denominação Mãe-da-lua a uma suposta predileção dessa ave para entoar seu canto fantasmagórico em noites de lua cheia. Essa última crença, acreditamos não ser verdadeira, pois já a ouvimos em noites sem lua cheia!
A família dos urutaus ou mães da lua é denominada de Nyctibiidae, e, no Brasil temos cinco espécies de urutaus, dos quais, quatro ocorrem aqui no estado do Espírito Santo. O Nyctibius griseus, aqui mostrado, é o mais comum, sendo muito registrado em campos, capoeiras, borda de matas e até dentro de cidades. Sua camuflagem é perfeita, imitando a continuação de um toco de árvore, e por essa razão, passa quase sempre despercebido.

OBRIGADO às pessoas que nos visitam!!

domingo, 20 de novembro de 2022

A passagem do MAÇARICO DE ASA BRANCA, por Vitória!

 Todos os anos, quando se aproxima o inverno no hemisfério norte, muitos maçaricos migratórios dirigem-se para o sul fugindo do frio. Nessa longa rota migratória, de mais de 10.000 km., algumas vezes temos a sorte de encontrar algum desses viajantes transcontinentais!

Esse fato, já documentado por nós algumas vezes aqui nesse espaço, teve mais um episódio hoje, dia 20 de novembro. Estivemos na Ilha do Boi, bairro aqui de Vix circundado pelo oceano atlântico, e, encontramos esse maçarico, já nosso conhecido de verões passados!  Ele escolheu para forragear, o local das pedras próximo à praia do Nenel, de onde se divisa ao longe o porto de Tubarão. Com vocês, Tringa semipalmata, também conhecido como Maçarico-de-asa-branca, para os amigos!


Esse belíssimo maçarico pode ser considerado grande se comparado a outros visitantes que já vimos por aqui como o maçarico pintado, o maçarico rasteirinho ou o maçarico de sobre branco. Essa ave tem um comprimento médio variando entre os 33 a 41 cm. e pesa entre 173 e 375 gramas segundo o Wiki Aves.



Nas pedras da beira mar, onde inúmeros seres marinhos se alojam, incluído aí algas marinhas, sururus, ostras, caranguejos, etc. Esses maçaricos gostam de ficar explorando esses locais à cata de alimento.






Vasculhando o fundo procurando comida!








 Próximo a um "amigo" vira pedras e em um momento de descontração e descanso!








Simpático e confiável!




















Algumas vezes, porém, essa simpatia termina por causar ciúmes em colegas presentes no lugar!












No site Wiki Aves, que é considerado como a Enciclopédia on-line das aves brasileiras, e, talvez, nosso "museu virtual" mais conhecido, encontramos até hoje, 20.11.2022, um total de 53 fotos dessa ave aqui no Espírito Santo, sendo 45 somente na ilha do boi! Portanto, não se pode dizer que encontra- lo por aqui seja muito comum, mas, superior aos registros mais austrais como do Rio Grande do Sul (20 registros) Santa Catarina (51 registros) São Paulo (12). Mas no Rio de Janeiro são 186 fotos, inclusive fotos de bandos maiores.

A plumagem desse individuo fotografado hoje, é a plumagem de descanso reprodutivo, mas existem registros no Wiki Aves, com fotos feitas no mês de março, em que as aves ja aparecem com sua plumagem reprodutiva!

Terminamos o relato dessa visita agradável de hoje, agradecendo todas as pessoas que nos honram com suas visitas!

Muito Obrigado!




sábado, 19 de novembro de 2022

O Anambezinho, Iodopleura pipra, faz mais de uma postura por ano?

 Em setembro p.p., fizemos uma postagem aqui nesse blog informando sobre a Nidificação do anambezinho, vide: mensagem intitulada "A nidificação do Anambezinho, Iodopleura pipra" fizemos algumas observações sobre o casal de Anambezinho que localizamos nidificando na estrada marginal à Reserva de Duas Bocas, aqui neste estado do Espírito Santo. Essa ave, tempos atrás era tida como rara e até mesmo ameaçada!

A informação corrente, de que a espécie choca apenas um ovo, nascendo um único filhote em cada postura já foi por diversas vezes verificada e confirmada.

Porém, ainda não sabíamos que essa pequena avezinha (9,5 cm) pode fazer mais de uma postura por período reprodutivo, e, mais que isso, pode se aproveitar do mesmo ninho usado na postura anterior!

Foi o que observamos ontem, dia 18 de novembro de 2022, no mesmo local, na estrada marginal a Duas Bocas em Cariacica.

A ave ao lado do filhote. Observar que a árvore hospedeira, que em setembro estava despida de folhas, agora, com as chuvas da primavera, encontra-se verdejante.















o local do ninho, na curva do galho, onde o filhote já está instalado e bem visível.










 A mãe, cuidadosa próxima ao filhote.






















cuidados parentais,


















Alimentando o "júnior"!












































A ave, ao pousar em galho próximo ao ninho!



















Acreditamos que a observação de aves pode ajudar como auxiliar na compreensão e esclarecimento de muitas coisas a respeito de nossas aves! Essa postagem, tem essa finalidade, contribuir mesmo que de forma humilde, para se conhecer algo mais sobre o comportamento e nidificação do anambezinho!

Agradecemos a todas as pessoas que nos honram com suas visitas!!