Translate

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

A surpreendente riqueza da restinga urbana em Vitória.

 Vitória está situada na região sudeste do Brasil, latitude de 20 graus, com alguns remanescentes de vegetação de restinga. Esses pouco remanescentes, não constituem aquelas matas de restingas mais altas, caracterizam-se mais por restingas arbustivas próximas ao mar. No caso, referimo-nos às restingas localizadas na praia de Camburi, lotes estreitos existentes entre a Avenida Dante Michelini e o Oceano Atlântico


. São áreas pequenas, totalmente dentro da zona urbana movimentada, muito povoada e perturbadas.

A vegetação rasteira de gramíneas, é também povoada de muitos arbustos. Alguns, nesta época do ano, primavera e com chuvas, muitos arbustos ficam floridos.


Segundo pesquisa que fiz na Internet, encontrei o site do Museu Nacional, Horto Botanico, https://www.museunacional.ufrj.br/hortobotanico/arvoresearbustos/lantanacamara.html

Popularmente aqui, essa planta é chamada de Camará, e pelo que vi no site acima, trata-se realmente de Latana camara, arbusto das Américas Central e do Sul, de 1 a 3 metros de altura, e que produz um fruto carnoso de cor escura quando maduros.

Essa planta é a principal fonte de alimentos de várias espécies de Beija Flores. A principal razão para visitarmos essa restinga, foi o aparecimento do beija flor vermelho, Chrysolampis mosquitus.

Fizemos três visitas ao lugar e não conseguimos registrar o vermelho, mas vimos outros beija flores! e também várias outras aves.


O Beija flor Estrelinha ametista, Calliphlox amethystina. Uma pequena e verdadeira joia da natureza. Esse individuo ao lado é o macho adulto, mas vimos vários exemplares, tanto jovens quanto as fêmeas. 











Aqui outro individuo macho, esse um jovem ainda imaturo mas já apresentando a garganta começando a aparecer a cor ametista.

















Uma particularidade da plumagem da fêmea, é que ela não tem a cauda bifurcada como o macho.

Essa espécie é muitíssimo graciosa. O movimento que ela faz quando adeja junto às flores é curioso e bonito, movendo a cauda para a frente e para atrás.












A Graciosidade em voo.


















É impossível tirar poucas fotos desse pequeno beija flor, o macho mede 8,5 cm e a fêmea 7,5 cm.
É uma espécie comum, habitando o Brasil inteiro.













Outros Beija flores apareceram. A seguir, o Beija flor de orelha violeta, ou, também chamado de Colibri. Colibri serrirostris.


Esse Beija flor habita todo o Brasil, com exceção do norte e do nordeste. É espécie comum e é uma espécie de tamanho grande, cerca de 15 cm., sendo um dos maiores.
A característica marcante é a existência de uma pequena mancha, a orelha, de cor violeta brilhante, abaixo da garganta. 







Aqui, se alimentando do néctar da camará.














O brilho e a iridescência das cores dos beija flores faz com que essas aves sejam muito admiradas pelas pessoas em geral. 













Finalmente, o ultimo beija flor que registramos no local foi o conhecidíssimo Beija flor tesoura,  Eupetomena macroura. Trata-se de um beija flor de tamanho grande, 15 a 18 cm., pode-se dizer que é o beija flor mais comum, o mais fácil de ser visto aqui em Vitória. Também ressaltamos sua agressividade. Muitas vezes  ele ataca os outros beija flores que estão no lugar, expulsando-os das proximidades.






















Além dos beija flores, também registramos nesse lugar, várias outras aves, que passamos a relacionar.


Individuo jovem do policia inglesa do sul, Leistes superciliaris.

É comum nas proximidades das zonas urbanas, em baixadas, mas esse aí apareceu dentro da cidade.












O Sabiá da praia, Mimus gilvus é muito comum em toda orla litorânea de Vitória.



















Anu preto, Crotophaga ani é espécie muito comum e insetívora.

















Outra ave graciosa e muito comum: a Corruíra, Troglodytes musculus.














Uma garça branca grande, Ardea alba.














Mas chama muito a atenção nesses lotes urbanos de restinga, a riqueza e abundancia dos insetos.
Tirei algumas fotos, mas não conheço que espécies são essas, apenas para ressaltar sua ocorrência nos arbustos:


Uma das muitas e graciosas borboletas que habitam essa restinga!















Mamangavas são muito numerosas, principalmente nas flores dos camarás.
















Esse aí creio ser um marimbondo.



















Finalizando assim esse pequeno texto sobre a riqueza da vida em um pequeno trecho de restinga urbana, paralela à praia, no bairro de Jardim Camburi em Vitória- ES.

Muito obrigado, amigas e amigos que nos visitam!!!























































































quarta-feira, 1 de novembro de 2023

NOTICIA MARAVILHOSA: Ararinhas azuis retornando.

A Ararinha azul já foi dada como extinta na natureza. Agora, graças a um trabalho de preservação e reintrodução, o Brasil e o mundo podem contemplar o nascimento dos primeiros filhotes em vida livre. Acompanhemos a matéria na fonte original:

MATÉRIA retirada do link: https://conexaoplaneta.com.br/blog/apos-quase-40-anos-nascem-primeiros-filhotes-de-ararinha-azul-em-vida-livre-na-caatinga/#fechar:~:text=Ap%C3%B3s%20quase%2040%20anos,nossa%20Pol%C3%ADtica%20de%20Privacidade



Após quase 40 anos, nascem primeiros filhotes de ararinha-azul em vida livre na Caatinga

Após quase 40 anos, nascem primeiros filhotes de ararinha-azul em vida livre na Caatinga

Há 37 anos foi a última vez que se teve conhecimento do nascimento de um filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) na natureza. Era de 1986 o registro de uma ninhada da espécie, declarada oficialmente extinta no Brasil anos depois.

Agora, quase 40 anos depois, graças a um programa de reintrodução das araras-azuis na Caatinga, seu habitat originário, acabam de nascer dois filhotinhos.

A notícia foi compartilhada pela Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), um criadouro de aves da Alemanha, parceiro do governo brasileiro no projeto de reprodução em cativeiro e soltura, no Refúgio de Vida Silvestre, em Curaçá, na Bahia

“Numa notável reviravolta nos acontecimentos, a ararinha-azul, uma espécie outrora considerada extinta na natureza, atingiu um marco significativo ao reproduzir-se com sucesso no seu habitat natural… Esta conquista marca um momento crucial nos esforços de conservação em curso para reviver esta espécie criticamente ameaçada. O resultado da nidificação selvagem das araras-azuis representa o objetivo final do projeto – o estabelecimento de uma população “reprodutora” de araras-azuis na natureza”, diz o texto divulgado nas redes sociais da ACTP.

Ainda segundo a nota, um macho solto em junho e uma fêmea da soltura de dezembro de 2022, chocaram dois filhotes em um dos ninhos artificiais amarrados no alto de uma árvore caraibeira. Entretanto, os ovos dessa primeira ninhada não vingaram.”Mas a determinação do casal prevaleceu e a segunda ninhada continha dois ovos férteis, levando à eclosão de dois filhotes saudáveis. Estes são jovens pais de primeira viagem, e o fato de terem incubado e chocado os filhotes na primeira tentativa foi uma ótima notícia. Então o instinto de alimentar os filhotes entrou em ação e esse foi mais um marco que eles superaram”, diz a postagem.

A equipe do refúgio alerta, contudo, que este é um momento delicado para a sobrevivência dos filhotes e eles estarão sendo monitorados.

Em outubro do ano passado, escrevemos aqui no Conexão Planeta sobre o flagrante de ararinhas-azuis reintroduzidas acasalando.

A boa notícia acontece, todavia, na mesma semana que a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) fez uma denúncia sobre o envio pela ACTP de 26 ararinhas-azuis pertencentes ao criadouro em Berlim para o maior zoológico do mundo, que está em construção na Índia.

Foto de abertura: reprodução vídeo ACTP