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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Passarinhada de carnaval na Ilha do Boi

Observar aves é um esporte saudável e maravilhoso. Porém, muitas vezes, ficamos seduzidos pela ansia de colecionar novas espécies, os famosos lifers! Isso algumas vezes termina por nos transformar em compulsivos caçadores de lifers. Conhecer uma ave "nova" é uma alegria se for feita com a completude que isso significa. Em outras palavras, conhecer realmente uma "ave nova", implica estudar seus dados biológicos, seu comportamento, seu habitat e seus hábitos! Isso nos levará realmente a conhecer e amar essa espécie que para nós é uma "nova". Para alguns, entretanto, um lifer é apenas um número de sua galeria. Ás vezes, ouço: "Nossa, fulano tem 1.000 lifers". Então, essa busca algumas vezes se transforma em uma disputa de vaidades onde o que importa é o número de espécies e não o prazer de conhecer uma ave!

Uma das alternativas a essa busca, seria o ou a birder procurar fotografar aves, mesmo que não lifer, reproduzindo nas fotos a beleza ou graça das aves. E é isso, que nos leva a produzir essa presente postagem. Sabemos que precisaremos de muito tempo para fotografar com perfeição, mas não temos pressa. O caminho é longo e muito prazeiroso! Então, com vocês, algumas aves registradas recentemente na Ilha do Boi, dentro do município de Vitória, ES.























Garça azul, Egretta caerulea. Nas partes mais baixas, ela apanhava pequenos alevinos.


Essa graciosa Garcinha branca, Egretta thula, aproveitava a maré baixa para capturar os pequeninos alevinos. Trata-se de uma ave muito elegante, observar a delicadeza de seus passos.









Um barco atravessando o canal.















Uma fêmea do Tesourão, Fregata magnificens, apareceu sobrevoando o canal entre a Ilha do Boi e Vila Velha,


















No alto dos prédios, dois periquitos-rei, Aratinga aurea, observam curiosos o movimento abaixo, onde se encontram várias aves.













Um Beija flor tesoura, Eupetomena macroura, feliz da vida, coloca-se no meio da flolhagem saudando a manhã muito bonita!

é um dos maiores e mais bonitos beija flores do Brasil!













Existe uma colônia de Piru-pirus, Haematopus palliatus, habitando as pedras ricas em musgos e pequenos invertebrados marinhos como caranguejos e outros seres.








O Vira pedras, Arenaria interpres é comum nas cercanias do mar aqui na região de Vitória. Frequentemente podem ser vistos na Ilha do Boi. Esse da foto procurava se refrescar nas águas formadas nas rochas.











 Em diversas ocasiões, vimos aves migratórias nessas pedras da Ilha do Boi. Ali já registramos o Maçarico branco, o Maçarico de asa branca, O Maçarico de bico torto, o Maçarico rasteirinho. Mas nos últimos verões a região não tem atraído espécies mais exigentes!

Somente temos visto o Maçarico pintado, Actitis macularius. Nessas fotos, apresentamos vários flagrantes desse maçarico.
 Trata-se de ave delicada e muito graciosa. Fácil de ser identificada pelo movimento de "vai-vem" que imprime em sua caminhada.
 Sobre esse Maçarico, sempre dizemos que em Vitória, ele é o primeiro que chega e o ultimo a ir embora nas migrações.




É bastante ativo na procura por alimento, vasculhando todos orifícios que encontra. É carnívoro por excelência, comendo uma grande quantidade de pequenos seres como caranguejinhos, alevinos de peixes, sapinhos, e quaisquer pequenos invertebrados que encontrar. É um migrante do Hemisfério norte, reproduzindo-se no Canadá e migrando  para o sul no inverno austral. Suas longas migrações são feitas solitárias ou em pequenos grupos e podem ser tanto durante o dia quanto à noite. Também são capazes de nadar e mergulhar. 




Agradecemos aos visitantes que tanto nos prestigiam, olhando nossas postagens: OBRIGADO!!

domingo, 9 de fevereiro de 2020

A qual coruja pertence essa pena?


Recentemente, de manhã após assistir a celebração de uma missa numa capela próximo de minha casa, peguei no chão debaixo do arvoredo, uma pena, provavelmente uma rêmige que suponho ser de uma coruja de tamanho médio a grande:







































Nosso esporte de birding é, principalmente, um esporte de curiosos! Conheço algumas corujas que poderiam reivindicar o direito sobre essa pena. Mas resolvi voltar ao local à noite para descobrir qual seria essa coruja!

Então, munido de lanternas e máquina fotográfica com flashes, dirigi-me-me ao local à noite. Trata-se de um local urbano, componente do Centro de Treinamento Dom João Batista, circundado por um grande arvoredo e localizado próximo a local habitado por muitas presas das corujas, principalmente morcegos e ratos. Para ter acesso ao local, obtivemos autorização do Sr. Elton, administrador do Centro, a quem muito agradecemos pela possibilidade de visualizar essa coruja de tão perto.


Cheguei às 19 hs. ao lugar!












07 de fevereiro de 2020, noite de lua cheia!













Então, uma coruja vocalizou! Gravei o som que está no link  logo aqui abaixo, no Wiki Aves:


Entretanto, somente consegui vislumbrar muito mal o vulto dessa coruja quando ela voou para uma árvore seca próxima:





A foto ficou fora de foco, mas continuei insistindo na gravação e a coruja parece ter se espantado e não mais apareceu!


Porém, tendo em vista a coloração da pena e já conhecedor da coruja orelhuda, a Asio clamator, resolvi reproduzir seu som.




Não demorou e a Clamator apareceu. Suponho ser dela a pena encontrada, devido à coloração das penas coincidindo com essa coruja.











Creio que é mesmo a Asio clamator a "dona" da pena extraviada!

Mas, tendo em vista a possibilidade de outra coruja habitar o local, deveremos retornar para uma pesquisa mais aprofundada.












Muito obrigado as pessoas que nos honram com suas visitas!!