Observar aves é um esporte saudável e maravilhoso. Porém, muitas vezes, ficamos seduzidos pela ansia de colecionar novas espécies, os famosos lifers! Isso algumas vezes termina por nos transformar em compulsivos caçadores de lifers. Conhecer uma ave "nova" é uma alegria se for feita com a completude que isso significa. Em outras palavras, conhecer realmente uma "ave nova", implica estudar seus dados biológicos, seu comportamento, seu habitat e seus hábitos! Isso nos levará realmente a conhecer e amar essa espécie que para nós é uma "nova". Para alguns, entretanto, um lifer é apenas um número de sua galeria. Ás vezes, ouço: "Nossa, fulano tem 1.000 lifers". Então, essa busca algumas vezes se transforma em uma disputa de vaidades onde o que importa é o número de espécies e não o prazer de conhecer uma ave!
Uma das alternativas a essa busca, seria o ou a birder procurar fotografar aves, mesmo que não lifer, reproduzindo nas fotos a beleza ou graça das aves. E é isso, que nos leva a produzir essa presente postagem. Sabemos que precisaremos de muito tempo para fotografar com perfeição, mas não temos pressa. O caminho é longo e muito prazeiroso! Então, com vocês, algumas aves registradas recentemente na Ilha do Boi, dentro do município de Vitória, ES.
Garça azul, Egretta caerulea. Nas partes mais baixas, ela apanhava pequenos alevinos.
Essa graciosa Garcinha branca, Egretta thula, aproveitava a maré baixa para capturar os pequeninos alevinos. Trata-se de uma ave muito elegante, observar a delicadeza de seus passos.
Um barco atravessando o canal.
Uma fêmea do Tesourão, Fregata magnificens, apareceu sobrevoando o canal entre a Ilha do Boi e Vila Velha,
No alto dos prédios, dois periquitos-rei, Aratinga aurea, observam curiosos o movimento abaixo, onde se encontram várias aves.
Um Beija flor tesoura, Eupetomena macroura, feliz da vida, coloca-se no meio da flolhagem saudando a manhã muito bonita!
é um dos maiores e mais bonitos beija flores do Brasil!
Existe uma colônia de Piru-pirus, Haematopus palliatus, habitando as pedras ricas em musgos e pequenos invertebrados marinhos como caranguejos e outros seres.
O Vira pedras, Arenaria interpres é comum nas cercanias do mar aqui na região de Vitória. Frequentemente podem ser vistos na Ilha do Boi. Esse da foto procurava se refrescar nas águas formadas nas rochas.
Em diversas ocasiões, vimos aves migratórias nessas pedras da Ilha do Boi. Ali já registramos o Maçarico branco, o Maçarico de asa branca, O Maçarico de bico torto, o Maçarico rasteirinho. Mas nos últimos verões a região não tem atraído espécies mais exigentes!
Somente temos visto o Maçarico pintado, Actitis macularius. Nessas fotos, apresentamos vários flagrantes desse maçarico.
Trata-se de ave delicada e muito graciosa. Fácil de ser identificada pelo movimento de "vai-vem" que imprime em sua caminhada.
Sobre esse Maçarico, sempre dizemos que em Vitória, ele é o primeiro que chega e o ultimo a ir embora nas migrações.
É bastante ativo na procura por alimento, vasculhando todos orifícios que encontra. É carnívoro por excelência, comendo uma grande quantidade de pequenos seres como caranguejinhos, alevinos de peixes, sapinhos, e quaisquer pequenos invertebrados que encontrar. É um migrante do Hemisfério norte, reproduzindo-se no Canadá e migrando para o sul no inverno austral. Suas longas migrações são feitas solitárias ou em pequenos grupos e podem ser tanto durante o dia quanto à noite. Também são capazes de nadar e mergulhar.
Agradecemos aos visitantes que tanto nos prestigiam, olhando nossas postagens: OBRIGADO!!
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