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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

ANDORINHA AZUL: MIGRANTE DE VERÃO!

 Um macho imaturo de Progne subis, fotografado em um bando de tamanho médio, na localidade de Meaipe, município de Guarapari, neste estado do Espirito Santo.


Progne  subis, a andorinha-azul é uma andorinha migratória, que vem ao Brasil na primavera e verão oriunda da América do Norte, onde nidifica, em áreas abertas do leste e também em algumas regiões do oeste.

Recentemente observamos um bando numero dessa andorinha em Guarapari. No mesmo dia, visitando a localidade de Meaipe, também lá pudemos registrar outro bando dessa andorinha. Apenas  o bando era menor. 

Trata-se de uma andorinha de tamanho grande, cerca de 20 cm. de comprimento. Possui a cauda levemente furcada. Os machos possuem a plumagem de cor azul com muitos reflexos metálicos. As fêmeas ( vide foto ao lado) são mais pardas.
Alimentam-se de insetos que capturam no voo, sendo grandes consumidoras de insetos alados.





Na primavera e verão, muitas vezes podemos encontrar bandos numerosos dessa andorinha de passagem pelo Brasil.

Obrigado, amigas e amigos que nos visitam!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

UBARANA: o Predador prateado!

Seja caçando em águas rasas na maré baixa, dando saltos espetaculares para se soltar do anzol, ou perseguindo presas na superfície da água, a Ubarana é magnifica!


















Exemplar de Ubarana, Elops saurus, jovem, capturado na praia de Camburi em Vitória,ES,Brasil.

A Ubarana é um peixe da família Elopidae a mesma família do Bonefish e do Tarpon,que também ocorrem no Brasil, mas são mais raros que a nossa Ubarana, pelo menos aqui no Sudeste. É um peixe habitante do Oceano Atlântico tropical e sub tropical, ocorrendo desde os EUA( Golfo do México) até o SE do Brasil.
Possui o corpo alongado, com um maravilhoso colorido prateado e com tons azulados no dorso. Os grandes adultos chegam a pesar 8 kg. e a medir 1 metro de comprimento. O Tamanho padrão, entretanto, é menor., cerca de 60 cm. e 6 kg. Um detalhe muito importante do corpo da Ubarana é sua cauda, fortemente furcada, que possibilita ao peixe uma grande velocidade de cruzeiro. Quando fisgada, a Ubarana luta muito e "toma"  muita linha do pescador. É comum, mesmo exemplares pequenos, na corrida para se soltarem do anzol, avançarem 30, 50 metros nos primeiros instantes da fisgada.
A Pesca da Ubarana é mais realizada por pescadores esportivos. São peixes comuns, que gostam de águas rasas de estuários, praias, mangues. O Peixe é um dos mais esportivos da costa brasileira. Ataca com ferocidade iscas artificiais e quando em cardume, vários disputam as iscas. Sua carne, não é apreciada devido a grande quantidade de espinhos finos. Aqui no Estado do Espirito Santo, muitas pessoas costumam aproveitar a carne da Ubarana na culinária preparando bolinhos da mesma forma como são feitos  os "bolinhos de bacalhau". Para ser aproveitada dessa forma, a carne desse peixe deve ser separada dos espinhos com uma colher, posteriormente sendo adicionados os temperos para se fazer o preparo dos bolinhos.


A Elops saurus alimenta-se de peixes menores, crustáceos e quando jovens, também de insetos.
É um peixe comum na baía de Vitória, ES.





















Mesmo exemplares  pequenos brigam muito quando são fisgados! Sua pesca  é muito emocionante mas o risco de se perder o peixe é razoável, pois além da enorme agilidade para tentar se soltar ( o que efetivamente acontece muitas vezes!), a Ubarana costuma ficar muito machucada nessa briga, o que dificulta o "pesque-e-solte".







Agradecemos às pessoas que nos visitam: MUITO OBRIGADO!



domingo, 10 de fevereiro de 2019

BIRDING NA PRAIA!

10 de Fevereiro, domingo  de um verão escaldante! Eu e meu amigo Evandro Limonge, dirigimos-nos à praia de camburi aqui nesta cidade de Vitória, capital do Espirito Santo, para uma excursão de birding. O tempo quente não foi empecilho e vimos muitas aves marinhas, algumas, inclusive muito próximas, pescando na praia, quase na arrebentação!































O  Atobá-Pardo, Sula leucogaster aproximou-se bastante da praia, e deu um verdadeiro show de acrobacias na captura de peixes. Observem bem   a envergadura de suas asas!

O dia estava muito claro, nem uma nuvem no céu e  então, pudemos registrar o espetáculo dessa ave magnifica. Sula leucogaster é uma ave de grande porte, alcançando alguns exemplares cerca de 85 cm. de comprimento, e tendo uma envergadura de asas de até 155 cm.! Segundo o Wiki Aves, é um pescador admirável, que despenca de grandes alturas quando vislumbra sua presa lá embaixo!
O Atobá é um habitante dos mares tropicais e subtropicais do mundo inteiro, e hoje, pelo menos uns oito indivíduos pairavam sobre a praia de Camburi no setor norte.



Entretanto, mesmo com toda sua habilidade, algumas vezes o Atobá não tem sucesso em sua pescaria! Vimos ele se precipitar na água e não capturar o peixe! Ficando com esse olhar desolado que pudemos ver de longe!










E para nossa alegria, quem apareceu? Nada mais, nada menos esse figurão aí do lado, o Trinta-réis boreal, Sterna hirundo. É um visitante que vem do hemisfério norte. Esse é o quinto registro que fazemos desse Trinta-réis aqui em Vitória. Parece que ele gosta dessa rota que passa pelo Espirito Santo. É mais uma ave marinha que se alimenta de peixes e pequenos animais  marinhos. Sua identificação nem sempre é tranquila, pois outros Trinta-réis, em diversas fases da vida, são parecidos.








Mas figurão fácil mesmo, em nosso verão, vindo todos os anos, é a Águia pescadora, Pandion haliaetus, que também pescava nas proximidades da praia e dos pieres ao longo da praia.  As que chegam até o Brasil são migrantes da América do Norte. Trata-se de uma ave de grande porte, que alcança 58 cm. de comprimento, com uma envergadura de asas de 1,75 metros. No verão chega a ser comum aqui em nossa região, habitando todas as coleções d'água. Seja no mar, seja em lagoas nas proximidades.





Pandion é uma águia conhecida pelos pescadores do pier do final da praia. E, pelo visto, os pescadores queixosos de que os peixes não querem comer suas iscas, podem continuar a reclamar, pois as aves marinhas não voltaram para casa sem peixes. Todas mergulhavam no mar à procura de suas presas, e ao longe pudemos ver a Pandion se afastar com um peixe nas garras.











Alguns outros Trinta réis estavam presentes, sobrevoando a praia e a região do porto de Tubarão, mas não conseguimos boas fotos para postar.

Agradecemos às pessoas que no honram com suas visitas!





sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

GUAIVIRA: Oligoplites saliens

























Guavira, Oligoplites saliens, muito comuns no verão aqui em Vix.


A Guaivira é um peixe da família Carangidae, a mesma família dos Pampos, dos Carapaus, Xaréus e Xixarros. São bastante comuns desde o mangue, habitat predileto dos jovens, a estuários, baias, ao redor de ilhas e praias. Preferem águas túrbidas e quentes. Suportam grandes variações de salinidade e acredita-se que sua reprodução ocorre nas águas dos manguezais. Isto pela presença constante de jovens da espécie nesses locais. Alfredo Carvalho Filho em sua obra magnifica Peixes da costa brasileira, relata um comportamento curioso dos jovens das Guaiviras nos mangues:  são vistos( os jovens de guaivira) flutuando na superfície com a cabeça para baixo, imitando folhas de mangue, num disfarce evidente a fim de se evitar os numerosos predadores no local!
Sua distribuição geográfica é o Oceano Atlântico ocidental,  desde a América Central( Honduras) até a América do Sul (Uruguai). Na costa brasileira parece ser comum.
A Guaivira é um peixe que não possui uma boa carne  para se comer, entretanto, muitos pescadores, mesmo assim, consomem o peixe. Possui o corpo prateado como é comum nos peixes marinhos. Seu corpo é guarnecido por alguns espinhos e o pescador desavisado pode se machucar ao manusear o peixe sem uma proteção nas mãos. Na pesca esportiva é um peixe de valor, pois quando se encontra um cardume é sinal de divertimento garantido. São piscívoros, alimentando-se principalmente de peixes menores, mas gostam muito também de camarões e tatuís. Atacam iscas artificiais, os plugues,  com força e quando fisgada briga bastante e dá saltos espetaculares. Os exemplares maiores chegam a medir 50 cm. de comprimento, mas em nossas pescarias, os peixes comumente alcançam de 25 a 40 cm. de comprimento. Nesse verão de 2018/19, é o peixe mais comum que tem aparecido na região de Vitória. Como frequentamos os locais de pesca há uns 20 anos, notamos que os estoques desse peixe não diminuíram nesse período. A partir do mês de Abril, torna-se raro em nossa região, talvez migrando para outras regiões ou indo para o mar aberto.


















Nos meses de nosso verão, Dezembro a Março, reduzo as idas ao campo à procura de aves, e, por essa razão, naturalmente, diminuem minhas postagens sobre as aves! Porém, esse período é o melhor para os esportes no mar, entre eles as pescarias. E como um aficionado por esse esporte, passo a postar fotos de alguns peixes pescados ou vistos nas pescarias aqui em Vitória, ES, Brasil. Em minhas pescarias, esses e outros peixes, mesmo que pescados com iscas artificiais, são sempre devolvidos à água. E para não perder o hábito de conhecer nossos bichos, vamos pesquisar e ler sobre nossas espécies. Como passaremos a comentar a partir de hoje.

MUITO OBRIGADO, AMIGAS E AMIGOS  QUE NOS VISITAM!.