Parabuteo unicinctus, O Gavião asa de telha, foi por nós registrado recentemente, agora no inicio de abril, com um desses gaviões planando e caçando sobre o bairro de Jardim da Penha, em Vitória, ES.
José Silvério Lemos, observador de aves. Foto: campos de altitude,com Chusquea pinifolia, Serra do Caparaó, ES/MG.
Translate
sábado, 17 de abril de 2021
Gavião Asa de Telha em Vitoria.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
O Gavião mais comum do Brasil!
Rupornis magnirostris é um gavião de porte médio, cerca de 40 cm. de comprimento, exímio predador tanto de aves como pequenos mamíferos como roedores, e répteis como pequenas cobras, lagartos, etc. Ave excessivamente espalhada, não há lugares onde não apareça! Campos, cidades, capoeiras e até nas bordas de florestas altas é possível encontra-lo!
Rupornis magnirostris, o Gavião carijó, fotografado ontem no bairro Jardim da Penha, em Vitória, ES, Brasil.
Trata-se de Gavião muito adaptável, com populações bem
estabelecidas em todo seu território. Sua área de ocorrência abrange toda a
região neotropical, do México à Argentina, sendo comum em todo o Brasil.
Sua ampla distribuição geográfica também se
reflete nos seus hábitos alimentares generalistas, pois consome desde insetos até aves
e lagartos. Procura os abrigos diurnos de morcegos para atacá-los enquanto
dormem. Ataca ninhos de outras aves e por isso é ferozmente perseguido
por bem-te-vis, siriris e tesourinhas(Wiki-Aves). É muito fácil de ser
identificado. Além de seus hábitos predatórios que chamam muito a atenção de
outras aves que aprontam verdadeiras algazarras quando o localizam em atitude
de caça, costuma nas horas mais quentes das manhãs, vocalizar bastante enquanto
empreende seus voos circulares e planados sobre a região. Muitas vezes, faz
esses concertos aos casais. A fêmea é maior que o macho como ocorre com
os gaviões predadores. Em média a fêmea é 20% maior que os machos.
O olhar atento e penetrante, típico
do predador!
Com as quarentenas e lockdowns necessários dessa pandemia, nossa atividade de birding consiste em ficar atento a essas oportunidades de nossa varanda.
Certamente o Rupornis localizou alguma presa, mas, infelizmente, fora de nosso alcance.
Em
conversas amigáveis com nossos colegas do COA/ES, Clube de Observadores de Aves
do Espirito Santo, costumamos dividir Gaviões em dois grupos:
1) Gaviões
bravos, autênticos e legítimos predadores, que capturam presas vivas e ágeis,
seja no solo, no ar ou nas arvores. Como exemplo desse grupo temos o Falcão
Cauré, o Falcão peregrino, o Gavião asa de telha e as grandes águias florestais
de penacho como o Gavião Pega Macaco, o Gavião Pato, a Hárpia, Águia serrana,
etc.
2) Gaviões
dóceis, predadores mais "light", que apanham presas mais
"fáceis" como grilos, gafanhotos, caranguejos, cobras pequenas,
lagartos, enfim presas que possuem menor capacidade de fuga. Exemplos: Gavião Sovi, Carrapateiro, Carcará, Gavião Peneira, etc.
O nosso personagem desse post, com certeza faz parte do grupo 1. Mas, como oportunista e generalista que é, não vai dispensar uma cobrinha se a situação ficar difícil e a fome apertar.
Essas fotos são de um individuo adulto, o imaturo apresenta plumagem diferente, como é comum em gaviões, sendo pardo estriada.
Agradecemos às pessoas que nos visitam!!