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sexta-feira, 2 de abril de 2021

O Gavião mais comum do Brasil!

 

Rupornis magnirostris é um gavião de porte médio, cerca de 40 cm. de comprimento, exímio predador  tanto de aves como pequenos mamíferos como roedores, e répteis como pequenas cobras, lagartos, etc. Ave excessivamente espalhada, não há lugares onde não apareça! Campos, cidades, capoeiras e até nas bordas de florestas altas é possível encontra-lo!

Rupornis magnirostris, o Gavião carijó, fotografado ontem no bairro Jardim da Penha, em Vitória, ES, Brasil.

Trata-se de Gavião muito adaptável, com populações bem estabelecidas em todo seu território. Sua área de ocorrência abrange toda a região neotropical, do México à Argentina, sendo comum em todo o Brasil. 

Sua ampla distribuição geográfica também se reflete nos seus hábitos alimentares generalistas, pois consome desde insetos até aves e lagartos. Procura os abrigos diurnos de morcegos para atacá-los enquanto dormem. Ataca ninhos de outras aves e por isso é ferozmente perseguido por bem-te-vis, siriris e tesourinhas(Wiki-Aves). É muito fácil de ser identificado. Além de seus hábitos predatórios que chamam muito a atenção de outras aves que aprontam verdadeiras algazarras quando o localizam em atitude de caça, costuma nas horas mais quentes das manhãs, vocalizar bastante enquanto empreende seus voos circulares e planados sobre a região. Muitas vezes, faz esses concertos aos casais. A  fêmea é maior que o macho como ocorre com os gaviões predadores. Em média a fêmea é 20% maior que os machos.

O olhar atento e penetrante, típico do predador!








Com as quarentenas e lockdowns necessários dessa pandemia, nossa atividade de birding consiste em ficar atento a essas oportunidades de nossa varanda.  

Certamente o Rupornis localizou alguma presa, mas, infelizmente, fora de nosso alcance.



Em conversas amigáveis com nossos colegas do COA/ES, Clube de Observadores de Aves do Espirito Santo, costumamos dividir Gaviões em dois grupos:

1) Gaviões bravos, autênticos e legítimos predadores, que capturam presas vivas e ágeis, seja no solo, no ar ou nas arvores. Como exemplo desse grupo temos o Falcão Cauré, o Falcão peregrino, o Gavião asa de telha e as grandes águias florestais de penacho como o Gavião Pega Macaco, o Gavião Pato, a Hárpia, Águia serrana, etc.

2) Gaviões dóceis, predadores mais "light", que apanham presas mais "fáceis" como grilos, gafanhotos, caranguejos, cobras pequenas, lagartos, enfim presas que possuem menor capacidade de fuga. Exemplos: Gavião Sovi, Carrapateiro, Carcará, Gavião Peneira, etc.

O nosso personagem desse post, com certeza faz parte do grupo 1. Mas, como oportunista e generalista que é, não vai dispensar uma cobrinha se a situação ficar difícil e a fome apertar.

Essas fotos são de um individuo adulto, o imaturo apresenta plumagem diferente, como é comum em gaviões, sendo pardo estriada.

Agradecemos às pessoas que nos visitam!!






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