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quarta-feira, 30 de abril de 2014

O GAVIÃO QUE SE DISFARÇA DE URUBU !

A espécie Buteo albonotatus, conhecida vulgarmente como Gavião-de-rabo-barrado, tem hábitos peculiares. Durante o dia, aproveita muito as térmicas e adora se apresentar no meio de um bando grande de amigos mais ou menos parecidos, os urubus! Tanto da espécie de cabeça vermelha Cathartes aura como da espécie comum o Coragyps atratus. Esse interessante hábito desse gavião, obviamente lhe traz vantagens. Ao se camuflar de urubu ele ganha condições de chegar mais próximo de presas potenciais sem chamar muito atenção.


Para mostrar sua semelhança com o urubu de cabeça vermelha, o Cathartes aura, vejam a foto abaixo:



Ultimamente temos encontrado essa espécie com alguma frequência na região de Vitória. Um local onde é visto comumente é o morro do moreno em Vila Velha. Mais recentemente fotografamos a espécie sobrevoando o parque botânico da Vale e essas ultimas fotos foram feitas sobrevoando o campus da UFES.


Os hábitos dessa espécie, de aproveitar-se da companhia de urubus, principalmente os Cathartes lhe valeram o apelido de "Gavião-urubu", inclusive seu nome na língua inglesa é a tradução de gavião- urubu. Esse hábito, de se mimetizar com os urubus e a vantagem que obtém disso, podendo chegar mais próximo das presas sem causar espanto já havia sido apontado por pesquisadores como Sick(1997). Trata-se de um rapinante de médio porte, medindo comumente entre 46-53 cm de comprimento, que captura principalmente aves, pequenos mamíferos e repteis. Em estudo feito no México constatou-se que sua dieta é feita principalmente de mamíferos (43%), aves (38%) e répteis (19%). No Brasil sua ocorrência vai desde a Amazônia e para o sul até o estado de São Paulo.



Algumas vezes, o albonotatus pode ser confundido com o gavião de cauda curta, Buteo brachyurus, em sua fase de morfo-negro. Porém, a distinção entre  os dois, pelo menos durante o voo, não é difícil. Albonotatus  ao voar mantem as primárias quase sempre abertas, apontando para fora, à feição dos urubus, e, também possui a faixa sub termal negra e larga na base da cauda, onde em Brachyurus é finamente transfaciada. E outro detalhe interessante é que as asas desse último são mais largas que as de albonotatus  que se apresenta sempre muito parecido com o urubu de cabeça vermelha, Cathartes aura.



Finalizando, sugerimos aos birders que se interessarem em registrar  esse gavião, que se acostumem a observar os bandos de urubus  planadores em dias de ventos e correntes térmicas. É boa a probabilidade de um desses urubus ser  esse gavião!

Fonte de consultas:
http://www.wikiaves.com.br/gaviao-de-rabo-barrado

http://www.avesderapinabrasil.com/buteo_albonotatus.htm

MUITO  OBRIGADOS  AMIGOS QUE NOS VISITAM!



AVES COMUNS DO OESTE DO ES.

No fim de semana  passado, entre  os dias 26 e 27 de abril, fiz pequena viagem aos municipios de Laranja da Terra e Baixo Guandu, na divisa  com  MG,.:

Não registramos lifers, mas pudemos apreciar a beleza de muitas aves  que consideramos como comuns, vejamos:



O Pica pau de banda branca, Dryocopus lineatus, aqui  um casal forrageando num tronco seco de árvore próximo à estrada, um convite para  um birder.



o  Anu Preto Crothophaga  ani calmo em uma estaca de cerca, próximo à pastagem.


Outro  campestre, o sabiá  ou Galo do campo Mimus saturninus, delicadamente observando a cena!



Nas pastagens do gado bovino, a maria faceira  Syrigma sibilatrix  sempre presente e desconfiada!



A noivinha Xolmis velatus, uma das aves mais graciosas  dos campos.

O pica pau branco Melanerpes candidus, ave bonita e barulhenta:


Um bando de periquitão maracanã, Psittacara leucophthalmus  cortando os céus com muita alegria e sempre falantes e barulhentos:



De novo, flagrei o Falcão quiri-quiri, Falco sparverius se alimentando de um gafanhoto recem capturado:





E finalizando, a tesoura do brejo, ave de canto bonito e imponente. Gosta de brejos nos campos:





Valeu  amigos que nos visitam. O material utilizado nessas fotos foi a Canon EOS  6D + lente Canon EOS 300mm f/2.8 USM  IS II.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

AVES URBANAS ; Quiri-quiri Falco sparverius

A arte de passarinhar precisa de ambiente propício, lugar  onde ocorrem muitas aves, isso por que os bichos vão onde podem encontrar alimentos. Assim, nos ambientes propícios, encontramos muitas aves  como nas matas e campos com arvores e arbustos.

Mas nas cidades também é possível observar muitas aves! Hoje estava na varanda procurando fotografar rolinhas e asas brancas (Columba picazzuro) quando um quiri-quiri passou voando na minha frente! audácia!, e ele voltou e então , não teve  perdão:


Trata-se de um macho, pelo colorido da plumagem e relembrando tratar-se de um pequeno predador mas muito eficiente, principalmente ao abater pequenas aves.