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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

o PEIXE ESPADA Trichiurus lepturus

Segundo Alexandre Carvalho Filho em sua magnifica obra  "Peixes da costa brasileira", o espada, é um peixe costeiro, que vivem desde as águas de beira mar até os 50 metros de profundidade, da superficie ao fundo, de águas abertas a baías, mangues e estuários. São muito comuns, formam cardumes e são extremamente vorazes, comendo peixes, moluscos, crustáceos, etc. Possuem máxilas formidáveis e seus grandes cardumes atacam tudo o que vêem, chegando a saltar fora dágua na perseguição a suas presas. Na primavera e verão os cardumes são ainda maiores, chegando a penetrar estuários e mangues para a reprodução.

Espadas maiores chegam a 2 metros de comprimento pesando 4 kg; Ainda não vimos peixes desse tamanho mas já capturamos com equipamento de bait peixes com mais de um metro de comprimento pesando 1 kg. O aspecto alongado do espada faz com que mesmo exemplares menores proporcionem boa briga pois sua longa cauda faz um trabalho de ancora dificultando tira-lo dágua!

Para o pescador com equipamento de fly, mesmo os menores exemplares são capazes de vergar as canas números 5 ou 7! O Espada é um peixe que não nega sua natureza predadora quando está no lugar. Ao contrário de peixes considerados nobres como o robalo, que são cheios de sutilezas para atacar as iscas, o espada se está no lugar, ataca vorazmente as moscas e chega a destruí-las logo na primeira "batida".

Neste mês de fevereiro, de muito calor, os espadas continuaram nas águas da baía de Vitória. O pescador de água salgada sabe que o mar, periodicamente, proporciona abundância de algumas espécies que depois somem temporariamente da costa. Em nossas pescarias já presenciamos grandes cardumes de enchovinhas, de galos e agora temos esse grande cardume de espadas rondando nossos pieres. Nessas ocasiões, quem se utiliza da pesca com iscas artificiais tem a oportunidade de fazer muitas capturas. Mas, lembramos que esses ciclos de abundância, que os pescadores confundem com um "boom" desses peixes na verdade são apenas o resultado da procriação em grande escala desses peixes nas águas rasas, nas praias e estuários! prova disso é que os exemplares são todos de pequeno tamanho, próprios da fase juvenil. Deveria haver consciência quanto a esse fato, com a liberação dos exemplares menores!



A abundãncia do espada em Vitória: um biguá captura um exemplar!

A maioria dos exemplares que capturamos com fly, nesses dias, foram filhotes entre 50 a 80 cms. de comprimento. Abaixo um dos maiores, capturados com o equipamento #5:



E a menor espadinha do verão, chegando a medir apenas 2 palmos, cerca de 45 a 48 cms:



Lembramos que toda essa esportividade teria de ser e foi premiada com a soltura de todos os peixes! Apesar de ser um peixe brigador e que mesmo fora dágua continua a "morder" feito uma máquina, todos foram soltos e conseguiram sobreviver devido à rapidez de sua soltura em razão dos anzóis das moscas estarem com as farpas amassadas.

Para a pesca desse peixe  com o fly, exemplares maiores precisam ser capturados com equipamentos mais pesados, do número 7 para cima, mas esses pequenos exemplares podem ser pescados com equipos leves tipo # 5 ou #6. Linhas WF flutuantes com lider de monofilamento de nylon, de 2,7 mts. O ideal é deixar o lider afundar e só depois iniciar o recolhimento dando pequenos toques  simulando um peixe em fuga!  Um estreamer de cor branca com bastante brilho simulando uma manjubinha pode ser fatal!

Uma mosca que fêz sucesso, atada com penas de marabou cor verde e muito brilho prateado:




Um dos locais da pescaria, pier de pedras a uma distãncia de cerca de 200 metros da praia:



A espada não resistiu ao estreamer, sendo içada para depois retornar às águas:


Muito obrigado a tod@s que nos visitam e até a próxima postagem!  ( que deverá ser de aves, rs, já já retornamos!)