Com os amigos MARIO CANDEIAS e EVANDRO LIMONGE, saimos hoje cedo (5,30hs) para observar aves. Percorremos a lgoa de Manguinhos até o contorno de Vitória. Todas as aves registradas já são conhecidas, mas sempre é bom reve-las. A seguir o album:
camera utilizada: CANON EOS 7D + lente Canon 100-400mm IS USM.
UM FELIZ 2013 para todos nós, com muita saúde e harmonia e paz!!
José Silvério Lemos, observador de aves. Foto: campos de altitude,com Chusquea pinifolia, Serra do Caparaó, ES/MG.
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
PESCARIA DE FLY EM CORREGOS E PEQUENOS RIOS
Uma das aventuras de pesca que mais me fascinam é ver as imagens de pescarias de Fly em córregos e pequenos rios! Que peixes buscar ali? Podem ser muitos, mas lembrando que um peixe que ocorre no ES e que estamos sempre à procura e que ainda não encontramos é o lambari-bocarra, cujo nome cientifico é Oligosarcus acutirostris. Trata-se de um predador pequeno, encontrado em nossos rios e que conforme nossos cálculos, ataca iscas artificiais. Esse peixe é conhecido (muito) do Rio de Janeiro para o Sul como Saicanga. Nesses estados, a espécie existente é o Oligosarcus hepsetus e é um pequeno peixe muito esportivo, atacando iscas artificiais e sendo muito pescado no fly-fishing. São vários os relatos maravilhosos sobre esse peixe, mas recomendamos os seguintes:
http://www.caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10266
http://www.caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10284
http://www.caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10379
Então, elegemos como prioridade encontra-lo aqui no ES. As espécies do sul chegam a alcançar 35 cm de comprimento. O nosso, o acutirostris, segundo pesquisas de museus, o exemplar de tamanho máximo, segundo o Fish-base, é de 16 cm, porém, os relatos de pescadores que já ouvimos e que capturaram esse peixe, citam tamanhos muito maiores, chegando aos 30 cm. Finalmente tem um trabalho do Projeto BIODIVERSas, pesquisado por Sarmento-Soares, L.M. & Martins-Pinheiro, R.F.,Abril de 2011, onde foi coletado um bocarra de 219,5mm ou seja, 21,95 cm, já um tamanho considerável, comparável às enchovinhas do pier de Iemanjá. Vejam a descrição do lote de coleta, com dados do lote, data e localização( Rio Benevente, Alfredo Chaves), coleta número 112:
Continuando com nossa exposição sobre o bocarra, nossa espécie foi descrita pelo trabalho de Naercio Menezes no ano de l988. Não que antes ele não fosse conhecido, é que a partir desse trabalho ele foi desmembrado da espécie O. Hepsetus, que ocorre mais ao sul. Porém, lembramos que a saicanga do Sul também ocorre no Espirito Santo, onde está seu limite norte de distribuição. Até a bacia do Rio Itabapoana e rios adjacentes como o Rio Muqui do Norte são habitados pela saicanga verdadeira, essa do Sul. Segundo a fotografia da descrição do Museu de Zoologia da USP, essa é nosso bocarra, o Oligosarcus acutirostris:
Esse Oligosarcus acutirostris é muito parecido com a espécie Oligosarcus hepsetus, conforme imagem que coletamos na internet. Figura abaixo:
Então, deduzimos e dadas as informações disponíveis, que a nossa saicanga, a Bocarra, deve ser um predador também ativo como o Hepsetus acima.
Uma das razões de nossas pescarias em córregos e rios é mesmo o bocarra, mas tem também o jacundá que ocorre no Espirito Santo e também ataca iscas artificiais. Hoje, então, fui a dois locais muito bonitos, para pescar de fly em água doce. Lógico que os lambaris são sempre nosso objetivo, uma vez que são muito esportivos. O primeiro local que fui fica na BR-101, a 40 km de jardim da penha, no Rio Timbuí, onde o histórico de ocorrências do bocarra é positivo. Fotos do local da pesca:
.O Rio Timbuí, é belíssimo, No local pude observar remanescestes muito ricos da mata atlântica com muitas aves percorrendo o local. Logico que iniciei com o conjunto #2 da varinha Emerald Matrix e usando como iscas as formigas black-ant. Mas não obtive sucesso, nenhuma ação! Estranhei pois a quantidade de águas do rio faz desconfiar da existência de peixes até maiores!
Subitamente houve uma ação na margem. Um peixe que não ví atacou alguns alevinos e apenas pude ver alguns alevinos pulando tentando escapar. Então, mudei de isca e coloquei um micro streamer feito com marabu-artificial, com olhos mas com anzol pequenino, ainda de formato "mosquito". No primeiro arremesso notei uma batidinha na isca. Arremessei de novo e desta vez houve o ataque e a fisgada! O peixe fisgou e se debateu um pouco e quando iniciei a retirada ele se desprendeu da isca e escapou. Era um peixe pequeno, talvez um lambari maior mas o fato é que depois disso não houve mais nenhuma ação. Desconfiei que, se o anzol fosse maior, ele teria ficado preso! Mas, como não houve mais ações, resolvi voltar para passar no segundo ponto que estava decidido a conhecer: o córrego da "ponte do bagaço".
Esse local fica ao lado da BR-101 e dista de jardim da penha apenas 30 km. Logo que cheguei pude ver que é local frequentado por famílias em busca de lazer, com as crianças dentro d'água fazendo algazarra e barulho. Lógico que peixe ali seria difícil. Mas o lugar é belíssimo e propicia uma pesca sensacional com equipo leve de Fly. Foi o que fiz! Executei muitos e belos arremessos, puxando o pick-up, roll-cast e false casts. Mas não vi nenhum peixe, nenhum lambari!
Fotos do lugar:
Portanto, o lugar é muito bonito e propicio ao Fly. Conversando com uma das pessoas que se divertiam no lugar, fui informado que mais à frente, em local mais sossegado aprecem muitos peixes, até piaus segundo o rapaz. Então, teremos muitos locais para pescar e procurar pelos lambaris e pelo bocarra.
Um abração e Feliz natal e ano novo para todos nossos blogueiros!
Silvério.
Uma das razões de nossas pescarias em córregos e rios é mesmo o bocarra, mas tem também o jacundá que ocorre no Espirito Santo e também ataca iscas artificiais. Hoje, então, fui a dois locais muito bonitos, para pescar de fly em água doce. Lógico que os lambaris são sempre nosso objetivo, uma vez que são muito esportivos. O primeiro local que fui fica na BR-101, a 40 km de jardim da penha, no Rio Timbuí, onde o histórico de ocorrências do bocarra é positivo. Fotos do local da pesca:
.O Rio Timbuí, é belíssimo, No local pude observar remanescestes muito ricos da mata atlântica com muitas aves percorrendo o local. Logico que iniciei com o conjunto #2 da varinha Emerald Matrix e usando como iscas as formigas black-ant. Mas não obtive sucesso, nenhuma ação! Estranhei pois a quantidade de águas do rio faz desconfiar da existência de peixes até maiores!
Subitamente houve uma ação na margem. Um peixe que não ví atacou alguns alevinos e apenas pude ver alguns alevinos pulando tentando escapar. Então, mudei de isca e coloquei um micro streamer feito com marabu-artificial, com olhos mas com anzol pequenino, ainda de formato "mosquito". No primeiro arremesso notei uma batidinha na isca. Arremessei de novo e desta vez houve o ataque e a fisgada! O peixe fisgou e se debateu um pouco e quando iniciei a retirada ele se desprendeu da isca e escapou. Era um peixe pequeno, talvez um lambari maior mas o fato é que depois disso não houve mais nenhuma ação. Desconfiei que, se o anzol fosse maior, ele teria ficado preso! Mas, como não houve mais ações, resolvi voltar para passar no segundo ponto que estava decidido a conhecer: o córrego da "ponte do bagaço".
Esse local fica ao lado da BR-101 e dista de jardim da penha apenas 30 km. Logo que cheguei pude ver que é local frequentado por famílias em busca de lazer, com as crianças dentro d'água fazendo algazarra e barulho. Lógico que peixe ali seria difícil. Mas o lugar é belíssimo e propicia uma pesca sensacional com equipo leve de Fly. Foi o que fiz! Executei muitos e belos arremessos, puxando o pick-up, roll-cast e false casts. Mas não vi nenhum peixe, nenhum lambari!
Fotos do lugar:
Portanto, o lugar é muito bonito e propicio ao Fly. Conversando com uma das pessoas que se divertiam no lugar, fui informado que mais à frente, em local mais sossegado aprecem muitos peixes, até piaus segundo o rapaz. Então, teremos muitos locais para pescar e procurar pelos lambaris e pelo bocarra.
Um abração e Feliz natal e ano novo para todos nossos blogueiros!
Silvério.
PESCARIA NO DIA DO FIM DO MUNDO.
No dia do fim do mundo,21 de dezembro, eu e meu amigo Klaydson França, fomos atéo pier no final da praia de camburi animados para uma pescaria de fly. O que poderia aparecer? Espadinhas, enchovinhas, xixiarrinhos e xareletes eram aguardados. Mas o dia não estava muito para peixes.,
Quando chegamos, vimos alguns colegas da modalidade de Surf-casting, já pescando. Infelizmente esses só tinham capturado uma corvininha de um palmo! Logo depois, um deles pegou uma moréia e outro uma estrela do mar!
imagens da chegada:
O dia estava muito bonito, com paisagens lindissimas:
Já iamos embora, pois Klaydson começa o serviço às 7hs e eu às 8,30 hs e já eram quase 7, então, a surpresa. Bateu um peixe que tomou linha, foi ao fundo e brigou muito! Pensei até ser um peixe grande e Klaydson temeu ser uma tartaruga, tão comum em nossas águas! Depois de uma briga, o peixe cansou e veio. Então, cadê o peixe grande? Olha só quem bateu:
Foi um xarelete, às vezes conhecido aqui como carapau, seu nome cientifico é Caranx latus e é espécie predadora e voraz. Muito esportivo e brigador. Exemplares menores dão a impressão de serem maiores pois brigam. Com o conjunto n. 5WT. a briga foi esportiva e muito especial. A última pose antes do retorno ao mar:
Klaydson ficou satisfeito pois a isca, um camarãozinho de epoxi funciona mesmo.
O camarão:
outra foto, mais de perto:
Apesar de ser o dia do fim do mundo, alguns habitantes não estavam preocupados! Por exemplo, essa batuíra:
Um abraço a todos meus amigos e lembrando do FELIZ NATAL com muita festa, fratrnidade, solidariedade,amizades, amor e paz. MAS NÓS VOLTAMOS ANTES DO NATAL. Vamos resgatar nossa divida recente com os PEIXES!
domingo, 9 de dezembro de 2012
ALGUMAS AVES INTERESSANTES REGISTRADAS RECENTEMENTE.
Recentemente em algumas passarinhadas tive a felicidade de registrar algumas aves bem interessantes e que ainda não tinha fotografado. São os lifers.
Um gavião, que já conhecia, mas que ainda não tinha conseguido foto é o gavião caramujeiro. O Rostrhamus sociabilis:
É um gavião especializado, alimenta-se preferencialmente de caramujos que captura em lugares alagados e pantanosos. Possui o bico adunco e adaptado para retirar o caramujo de sua concha. Em nossas passarinhadas já registramos esse belo gavião em vários locais aqui no ES. Sempre em beira de rios, brejos e ou lagoas. Uma localidade em que o vimos bastante comum foi no Rio Mariricu, em Guriri, município de São Mateus. Também em Linhares e no município da Serra também já o registramos.
O grupo de aves paludícolas como os maçaricos e batuíras sempre estão procurando alimentos em lugares úmidos. Nessa ocasião, em visita a Aracruz, no bairro de Coqueiral, estivemos na Estação local de tratamento de esgotos e lá fotografamos a batuíra de esporão:
Seu nome cientifico: Vanellus cayanus, o que indica ser parente próximo do quero-quero. Não é uma comum de se ver aqui no ES e é vista muitas vezes na presença de maçaricos. Foi o que aconteceu nesse dia, em que a encontramos em companhia do maçarico de perna amarela:
Essa ave, muito bonita, alimenta-se de detritos, vermes e pequenos animais que captura nos pântanos e lugares úmidos. Tringa flavipes, não pode ser considerada como rara, posto que já foi registrada várias vezes aqui no ES.
Mais maçaricos foram vistos, e um deles, o maçarico-solitário Tringa solitaria, apresenta semelhanças com o maçarico de perna amarela, mas pode ser distinguido por alguns caracteres. Entre eles, possui pernas não amarelas e também é um pouco menor:
Outra ave que não é rara, mas que ainda não havíamos registrado aqui no ES, é o pernilongo de costas brancas, Himantopus melanurus. Conseguimos registra-lo na lagoa de água já purificada existente na estação de tratamento de esgotos, um bando de tamanho razoável e que ao voar, formava composições muito bonitas de se ver:
Outra ave muito interessante que vimos no lugar, a marreca-toucinho, Anas bahamensis:
Outro anatídeo presente, a marreca asa-branca Dendrocygna autumnalis:
Tivemos sorte em ,localizar dois falconiformes muito interessantes e importantes. O primeiro deles, além do gavião-caramujeiro, foi o gavião-de-cauda curta Buteo brachyrus.
Trata-se de um gavião, que apesar de não ser grande, é muito valente e predador. Apanha principalmente pássaros para sua alimentação, o que comprova tratar-se de gavião bastante ativo e que não se intimida com a dificuldade de capturar suas presas. Alguns autores, relatando a caçada desse gavião, informam que tem o hábito de descer a pique sobre a copa das árvores a fim de surpreender suas presas. Não pode ser considerado comum mas também não é muito raro. Existem duas fases de plumagem. Essa que fotografamos é conhecida como a fase morfo negro.
O terceiro falconiforme é raro e "aristocrático". Trata-se do famoso falcão-peregrino, migrante que passa o verão em nosso estado ou então, passa ES no verão. De fato, é mais comum vê-lo entre outubro a março, ocasião em que a maioria dos registros são feitos. Falco peregrinus é uma ave nobre e é considerado como o paradigma da família dos falcões:
Exímio caçador, apanha aves e mamíferos. A femea, bem maior que o macho, captura presas maiores. Seu vôo aerodinamico fazem dele um caçador temido.
Um abraço a todos nossos amigos que nos visitam!
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