Uma das aventuras de pesca que mais me fascinam é ver as imagens de pescarias de Fly em córregos e pequenos rios! Que peixes buscar ali? Podem ser muitos, mas lembrando que um peixe que ocorre no ES e que estamos sempre à procura e que ainda não encontramos é o lambari-bocarra, cujo nome cientifico é Oligosarcus acutirostris. Trata-se de um predador pequeno, encontrado em nossos rios e que conforme nossos cálculos, ataca iscas artificiais. Esse peixe é conhecido (muito) do Rio de Janeiro para o Sul como Saicanga. Nesses estados, a espécie existente é o Oligosarcus hepsetus e é um pequeno peixe muito esportivo, atacando iscas artificiais e sendo muito pescado no fly-fishing. São vários os relatos maravilhosos sobre esse peixe, mas recomendamos os seguintes:
http://www.caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10266
http://www.caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10284
http://www.caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10379
Então, elegemos como prioridade encontra-lo aqui no ES. As espécies do sul chegam a alcançar 35 cm de comprimento. O nosso, o acutirostris, segundo pesquisas de museus, o exemplar de tamanho máximo, segundo o Fish-base, é de 16 cm, porém, os relatos de pescadores que já ouvimos e que capturaram esse peixe, citam tamanhos muito maiores, chegando aos 30 cm. Finalmente tem um trabalho do Projeto BIODIVERSas, pesquisado por Sarmento-Soares, L.M. & Martins-Pinheiro, R.F.,Abril de 2011, onde foi coletado um bocarra de 219,5mm ou seja, 21,95 cm, já um tamanho considerável, comparável às enchovinhas do pier de Iemanjá. Vejam a descrição do lote de coleta, com dados do lote, data e localização( Rio Benevente, Alfredo Chaves), coleta número 112:
Continuando com nossa exposição sobre o bocarra, nossa espécie foi descrita pelo trabalho de Naercio Menezes no ano de l988. Não que antes ele não fosse conhecido, é que a partir desse trabalho ele foi desmembrado da espécie O. Hepsetus, que ocorre mais ao sul. Porém, lembramos que a saicanga do Sul também ocorre no Espirito Santo, onde está seu limite norte de distribuição. Até a bacia do Rio Itabapoana e rios adjacentes como o Rio Muqui do Norte são habitados pela saicanga verdadeira, essa do Sul. Segundo a fotografia da descrição do Museu de Zoologia da USP, essa é nosso bocarra, o Oligosarcus acutirostris:
Esse Oligosarcus acutirostris é muito parecido com a espécie Oligosarcus hepsetus, conforme imagem que coletamos na internet. Figura abaixo:
Então, deduzimos e dadas as informações disponíveis, que a nossa saicanga, a Bocarra, deve ser um predador também ativo como o Hepsetus acima.
Uma das razões de nossas pescarias em córregos e rios é mesmo o bocarra, mas tem também o jacundá que ocorre no Espirito Santo e também ataca iscas artificiais. Hoje, então, fui a dois locais muito bonitos, para pescar de fly em água doce. Lógico que os lambaris são sempre nosso objetivo, uma vez que são muito esportivos. O primeiro local que fui fica na BR-101, a 40 km de jardim da penha, no Rio Timbuí, onde o histórico de ocorrências do bocarra é positivo. Fotos do local da pesca:
.O Rio Timbuí, é belíssimo, No local pude observar remanescestes muito ricos da mata atlântica com muitas aves percorrendo o local. Logico que iniciei com o conjunto #2 da varinha Emerald Matrix e usando como iscas as formigas black-ant. Mas não obtive sucesso, nenhuma ação! Estranhei pois a quantidade de águas do rio faz desconfiar da existência de peixes até maiores!
Subitamente houve uma ação na margem. Um peixe que não ví atacou alguns alevinos e apenas pude ver alguns alevinos pulando tentando escapar. Então, mudei de isca e coloquei um micro streamer feito com marabu-artificial, com olhos mas com anzol pequenino, ainda de formato "mosquito". No primeiro arremesso notei uma batidinha na isca. Arremessei de novo e desta vez houve o ataque e a fisgada! O peixe fisgou e se debateu um pouco e quando iniciei a retirada ele se desprendeu da isca e escapou. Era um peixe pequeno, talvez um lambari maior mas o fato é que depois disso não houve mais nenhuma ação. Desconfiei que, se o anzol fosse maior, ele teria ficado preso! Mas, como não houve mais ações, resolvi voltar para passar no segundo ponto que estava decidido a conhecer: o córrego da "ponte do bagaço".
Esse local fica ao lado da BR-101 e dista de jardim da penha apenas 30 km. Logo que cheguei pude ver que é local frequentado por famílias em busca de lazer, com as crianças dentro d'água fazendo algazarra e barulho. Lógico que peixe ali seria difícil. Mas o lugar é belíssimo e propicia uma pesca sensacional com equipo leve de Fly. Foi o que fiz! Executei muitos e belos arremessos, puxando o pick-up, roll-cast e false casts. Mas não vi nenhum peixe, nenhum lambari!
Fotos do lugar:
Portanto, o lugar é muito bonito e propicio ao Fly. Conversando com uma das pessoas que se divertiam no lugar, fui informado que mais à frente, em local mais sossegado aprecem muitos peixes, até piaus segundo o rapaz. Então, teremos muitos locais para pescar e procurar pelos lambaris e pelo bocarra.
Um abração e Feliz natal e ano novo para todos nossos blogueiros!
Silvério.
Uma das razões de nossas pescarias em córregos e rios é mesmo o bocarra, mas tem também o jacundá que ocorre no Espirito Santo e também ataca iscas artificiais. Hoje, então, fui a dois locais muito bonitos, para pescar de fly em água doce. Lógico que os lambaris são sempre nosso objetivo, uma vez que são muito esportivos. O primeiro local que fui fica na BR-101, a 40 km de jardim da penha, no Rio Timbuí, onde o histórico de ocorrências do bocarra é positivo. Fotos do local da pesca:
.O Rio Timbuí, é belíssimo, No local pude observar remanescestes muito ricos da mata atlântica com muitas aves percorrendo o local. Logico que iniciei com o conjunto #2 da varinha Emerald Matrix e usando como iscas as formigas black-ant. Mas não obtive sucesso, nenhuma ação! Estranhei pois a quantidade de águas do rio faz desconfiar da existência de peixes até maiores!
Subitamente houve uma ação na margem. Um peixe que não ví atacou alguns alevinos e apenas pude ver alguns alevinos pulando tentando escapar. Então, mudei de isca e coloquei um micro streamer feito com marabu-artificial, com olhos mas com anzol pequenino, ainda de formato "mosquito". No primeiro arremesso notei uma batidinha na isca. Arremessei de novo e desta vez houve o ataque e a fisgada! O peixe fisgou e se debateu um pouco e quando iniciei a retirada ele se desprendeu da isca e escapou. Era um peixe pequeno, talvez um lambari maior mas o fato é que depois disso não houve mais nenhuma ação. Desconfiei que, se o anzol fosse maior, ele teria ficado preso! Mas, como não houve mais ações, resolvi voltar para passar no segundo ponto que estava decidido a conhecer: o córrego da "ponte do bagaço".
Esse local fica ao lado da BR-101 e dista de jardim da penha apenas 30 km. Logo que cheguei pude ver que é local frequentado por famílias em busca de lazer, com as crianças dentro d'água fazendo algazarra e barulho. Lógico que peixe ali seria difícil. Mas o lugar é belíssimo e propicia uma pesca sensacional com equipo leve de Fly. Foi o que fiz! Executei muitos e belos arremessos, puxando o pick-up, roll-cast e false casts. Mas não vi nenhum peixe, nenhum lambari!
Fotos do lugar:
Portanto, o lugar é muito bonito e propicio ao Fly. Conversando com uma das pessoas que se divertiam no lugar, fui informado que mais à frente, em local mais sossegado aprecem muitos peixes, até piaus segundo o rapaz. Então, teremos muitos locais para pescar e procurar pelos lambaris e pelo bocarra.
Um abração e Feliz natal e ano novo para todos nossos blogueiros!
Silvério.
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