Além de observar aves, nossa recente viagem ao pantanal serviu também para apreciarmos a riquíssima fauna de pelo pantaneira! Assim fizemos algumas fotos, que a partir de agora, publicamos e inserimos alguns comentários sobre esses bichos! Segundo algumas pesquisas, o Brasil possui 652 espécies de mamíferos nativos, mas, segundo a Wikipédia, baseada em levantamentos mais recentes, desta década, seriam 710 espécies. Confirmado esse número, nosso país teria o destaque de ter a maior fauna de mamíferos do planeta!
Algumas dessas espécies, conseguimos avistar durante o dia em nossa excursão, e, para nossa alegria, conseguimos registrar algumas dessas espécies mais de uma vez! Como foi o caso do espetacular Cervo do Pantanal.
Acima, a Irara Eira barbara, é um animal onívoro da família dos mustelídeos. Esse bicho é comum, já o registramos várias vezes no Espirito Santo. Destaque que trata-se de um predador bravio, que chega mesmo a ficar irritado com a proximidade de pessoas. Esse individuo da foto, um macho, atravessou a estrada na Fazenda Baia das Pedras do SESC. Estávamos bem próximos, mas parece que o bicho não sentiu nosso cheiro e ficou bem calmo.
Calmo não estava o casal de ariranhas Pteronura brasiliensis, que vimos nadando no Rio Cuiabá. Estávamos no mirante existente dentro da mata ciliar, observando aves, quando vimos as ariranhas lá em baixo, no rio. E elas também nos viram e ficaram agitadas. Tivemos tempo até mesmo de gravar um vídeo:
Trata-se de um animal muito bravo, aliás, o nome ariranha vem da língua tupi e significa "onça d'água" tal a braveza desse bicho. E ele está listado como espécie ameaçada na categoria de EN ou "em perigo" na classificação da IUCN. Apesar disso, é a segunda vez que vemos a ariranha perto, no pantanal. Em outra ocasião, creio que em 2016, vimos várias nadando no curso d'água da Fazenda do SESC. É a maior lontra do mundo, chegando a medir quase 2 metros de comprimento! e pesar até 34 kilos.
Esse veado, que atravessou a estrada asfaltada de Porto Cercado, é uma fêmea do veado campeiro Ozotocerus bezoarticus. Pode se ver a cauda de cor branca, característica desse cervídeo. Infelizmente é um animal ameaçado de extinção, sendo que no Pantanal encontra-se uma de suas maiores populações. Calcula-se que no Pantanal a população desse cervídeo oscila entre 20.000 a 40.000 animais! Se for verdade, ainda resta esperanças para a preservação desse bicho tão bonito. Mas, infelizmente, a mortandade continua, seja por caça, seja por atropelamentos ou outros fatores. No último dia de nossa excursão, vimos um individuo morto próximo à estrada Transpantaneira, talvez predado por algum animal maior. Destacamos que também vimos um exemplar o Veado catingueiro, Mazama gouazoubira, a única espécie de veado brasileira que não está categorizada em alguma forma de ameaça. Porém, não conseguimos fotografa-lo: rápido demais!
Esse bichinho simpático é uma Cutia Dasyprocta leporina, um roedor comum no Brasil. É um animal muito prolifico e que felizmente não está ameaçado. Inclusive, existem criadouros particulares da espécie devidamente licenciados pelo IBAMA, para aproveitamento da carne do animal. Esse individuo foi visto na Fazenda do SESC.
Um dos bichos mais comuns, não só no Pantanal mas no Brasil todo. A capivara, Hydrochoerus hydrochaeris, á facilmente vista. Até dentro das alojações do hotel vimos capivaras tentando entrar e suas fezes são ,encontradas em todos os lugares. Trata-se do maior roedor do mundo e talvez devido a essa característica, a espécie seja tão abundante. Chega a pesar 90 kilos e ter ate 1,2 metros de comprimento.
Foto do Cervo: cortesia de @Evandro e Elzeni Limonge.
O animal mais espetacular que vimos na excursão, foi esse aí. O Cervo do Pantanal Blastocerus dichotomus é um animal belissimo e que infelizmente encontra-se ameaçado de extinção. Algumas populações encontram-se protegidas, o que aumenta a chance esse bicho maravilhoso escapar da extinção. Esse exemplar ao lado é uma fêmea, que se alimentava nessa área alagada, muito próximo onde passamos. Está na categoria VU, ou vulnerável da IUCN mas muitos estudos tem sido produzidos para proteger a espécie. Trata-se de um habitante de áreas pantanosas e alagadas, que encontra um habitat muito bom no pantanal. No pantanal, estima-se que sua população deva alcançar cerca de 40.000 indivíduos. A espécie pode ser salva a extinção se não for caçada e houver preservação de seus habitats: as várzeas dos rios, onde gosta de ficar e se alimentar.
Foto ao lado, cortesia de @Elzeni e Evandro Limonge.
Essa femêa da foto foi vista próxima a Porto Cercado. Observar o habitat da espécie, pântanos alagados ou semi-alagados com predominância de gramíneas nativas.
Outra fêmea do Cervo, vista a longa distância, próxima à estrada Transpantaneira.
Foto ao lado: @aninhadelboni.
Tamanduá mirim, Tamandua tetradactyla. Visto predando cupinzeiros dentro da mata da Fazenda do SESC. Esse tamanduá é espécie comum e não está ameaçado de extinção.
Outros mamíferos foram registrados, mas as fotos não ficaram boas.
Registramos ainda:
MACACO PREGO
SAUIM
BUGIO DO PANTANAL
CATICOCO
AGRADECEMOS ÀS PESSOAS QUE NOS VISITAM!