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segunda-feira, 16 de abril de 2012

AVES DO FIM DE SEMANA 14 A 16 DE ABRIL DE 2012

Neste fim de semana entre  os dias  14 A 16 de abril, fiz várias passarinhadas, em Itarana, na serra do limoeiro e por  ultimo na localidade de Chaves, região de mata atlantica de encosta ocupada  por muitos remanescentes da mata atlantica de encosta. Fiz a que algumas fotos, algumas boas e de espécies importantes e bonitas, que passo agora a vos relatar:

Esse passarinho, belissimo, é um furnarideo florestal, habitante da mata atlantica, mais de borda, comedora de insetos na folhagem; trata-se do caneleiro palido, o Cranioleuca pallida:


Outro caneleiro, esse o caneleiro castanho, Pachyramphus castaneus. Emite assobios bem tipicos e também é habitante da borda da mata. Aprecia a companhia de várias outras aves nos bandos mistos e também é insetivoro. Também é um furnarideo. 



Finalmente, o pássaro mais belo da serra do limoeiro. Estritamente florestal e frugivoro, o Tangará é uma ave de rara beleza. Esse aí permitiu ser fotografado quando estava bem no alto, embaixo da copa  onde comia as frutinhas da melastomácea conhecida como quaresmeira. Árvore da mata atlantica secundária assim chamada devido a ficar com inúmeras flores roxas na época da quaresma. Trata-se do Chiroxiphia caudata:


No sitio, fizemos corujada à noite. Ouvimos algumas corujas que se mantiveram quietas, não aventurando-se  onde pássamos. Mas, depois de algum tempo fomos procurar o mãe-da-lua:


Mas essa extraordinária ave  não fica  pousada em árvores  como é comum. Quando vasculhamos  a escuridaão em direção ao brejo, de novo pudemos vislumbrar  os dois olhinhos de fogo ao longe. Mais uma vez  uma caminhada acidentada no meio do capim e depois no capim alagado, formado pelo capim brachiaria  que se alaga totalmente e não  apresenta estar dentro dagua. Resultado: atolamos até os joelhos, de lanterna e camera fotografica na mão! Aninha segurava a lanterna e eu a máquina. Detonamos os tênis  que ficaram totalmente sujos de lama com mais essa experiência, mas chegamos a até 4 metros da ave, o mãe-da-lua, cujo nome cientifico é Nictybius  griseus:



Como se pode ver, conseguimos chegar  bem perto do urutau, de novo.
Vou ficando por aqui. Na segunda feira dia 16, também  fomos a Chaves mas o dia não estava propicio para a observação de aves, muito nublado e com as aves  muito escondidas. Vimos  outro tangará, esse agora em Chaves:


o bico chato de orelha-preta Tolmomyas sulphurescens:



O Pintadinho, Drymophila squamata:


o irrequieto Zi-de-dê, Terenura maculata:



Vimos o maior de nossos arapaçus, o arapaçu-de-garganta branca, o Xiphocolaptes albicollis, que inclusive, atendeu ao chamado do gravador com sua voz. Infelizmente a foto ficou ruim:


Como as aves estavam arredias e dificeis, tivemos tempo de prestar atenção nos bichos da mata. Foi aí que vimos em uma imbaúba, uma preguiça:


e também  um sapo-perereca  que descansava em um galho, despreocupado se haviam predadores por perto:


e assim terminamos mais  uma aventura em uma área remanescente da fantastica floresta atlantica, um abraço pessoal!!


domingo, 1 de abril de 2012

AS AVES DO BREJÃO DA ESTRADA DO CONTORNO.

A estrada do contorno da área metropolitana de Vitória é um anel rodoviário que contorna a zona urbana. Atravessa toda a área de baixada litoranea e áreas baixas dos municipios componentes da zona da capital. Trata-se de área já há muito tempo utilizada economicamente. Porém, como era formada  por grandes propriedades, nunca teve um uso intensivo do solo, resultando daí, que sua vegetação original foi, até pouco tempo atrás, pouco alterada. Tratando-se de região baixa, ao nível do mar ou até mesmo um pouco abaixo do mar, seus terrenos são inundados e ocupados  por formações vegetacionais da taboa, a Tipha dominguensis e outras plantas  que suportam terrenos encharcados. Porém, recentemente  toda essa vasta área vem sendo aterrada  por grandes empresas que estão se estabelecendo no anel rodoviário da grande vitória. A Estrada do contorno é importante malha viária que leva veiculos para fora da zona urbana, recentemente foi duplicada e com isso o perigo para  os animais  que vivem em seus brejais aumentou muito.

Fizemos já várias excursões a esse lugar e sempre nos encantamos com sua avifauna. A seguir, o relato fotografico:

O aspecto das  moitas da taboa, paineira abundante e que forma a maioria da vegetação do lugar:




pode-se ver, que quando o terreno aumenta sua altitude, a mata faz sua aparição. No caso, os primeiros contrafortes de manchas da floresta atlantica, a  atlantic rain forest: Nessa foto, em especial, pode-se ver  uma ave  muito bela e habitante do lugar, em vôo, o socó-boi-baio, o Botaurus pinnatus: 



Aqui, pode-se ver  com clareza, a beleza do contraste entre a baixada inundada e a mata atlantica ao fundo. Nesse caso, um bando de patos do mato, Cairina moschata:


outro habitante de áreas inundadas, a freirinha, Arundinicola leucocephala:

Uma das aves  mais  incriveis e interessantes desses  banhados, o tricolino: Pseudocolopteryx sclateri



Os  patos-do-mato Cairina moschata, não são raros  no lugar: 



a revoada dos patos do mato:


ao longe:

Uma ave que sempre sobrevoa  os banhados,o cará-cará, Polyborus plancus:  aqui  um jovem.

as garças brancas, sempre presentes  nos banhados:


um habitante caracteristico dos emaranhados de taboas, o curutié, apelidado de beira-dagua, por sua preferência em viver em ambientes proximos da água, o Certhiaxis cinnamomeus:


Um biguá-tinga, sempre  mergulhando em busca de peixes, Anhinga anhinga:



os marrecos-irerês, são comuns, aqui, pegamos  dois furtivamente: Dendrocygna viduata:


 e uma garça conhecida  como maria faceira, a Syrigma sibilatrix:



Na  fauna dos pássaros  que se utilizam das gramineas  para conseguir alimento, vimos  o caboclinho, Sporophila bouvreil:


e  um  cantor disputado e até pouco  tempo atrás, muito dificil de ser encontrado, pois era capturado muitas vezes  para servir de "pássaro de gaiola"  ou cage birds. Mas seu nome é mesmo Sporophila collaris, ou coleiro do brejo:


Nos  pastos proximos, uma constante é a garça do gado, a Bubulcus  ibis:


Nos campos e brejos de arbustos, outra cara conhecida, a policia-inglesa, a Sturnella superciliaris:



Nos arbustos de gramíneas, o canário-do-campo, o Emberizoides herbicola: 



as  lagoas, cheias de garças:


e o franga dagua azul, Phorphyrio martinica:




Se ficamos felizes  por ver  que muitas espécies estão reaparecendo e até aumentando de número, como os patos-do-mato, as garças, o biguá-tinga e pássaros  como  o coleiro-do-brejo, por outro lado, não podemos esquecer  que a preservação dessas áreas é necessária e não se pode aterrar  toda a baixada litoranea! As autoridades devem ficar atentas, e nós, como conservacionaistas, temos de ficar vigilantes e denunciar se houver abusos.

Um abração em  todos os amigos e visitantes.
jose silvério  1/04/2012.