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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

2014

Em  2014, desejo a tod@s  meus amig@s, muita paz, saúde e muitas passarinhadas!




José Silvério  Lemos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ELE ESTÁ VOLTANDO... O CURIÓ Sporophila angolensis!


Os passarinheiros digamos "mais experientes" certamente se lembram das decadas de 70 a 90 do século passado, quando era dificil demais ver um canário da terra (Sicalis flaveola) solto na natureza! Pois bem, de um certo tempo para cá, um tempo impreciso, os canários voltaram a povoar nossos campos e cidades! Morando em Vitória, em um bairro muito povoado, muitos prédios e veículos, todas manhãs eu acordo ouvindo os trinados de alguns canários afinadissimos cantando logo abaixo de minha janela! Admirado, ponho-me a ponderar: "hoje em dia passarinheiro algum vai querer capturar canários para vender pois quem precisa mais mante-los na gaiola? cantando dessa forma e dentro da capital! E em todos os lugares! Na roça, nas estradas, em cidades, no campus universitário, lá estão os canários. Dia desses me surpreendi vendo um casal de canários construindo ninho em um semáforo na Avenida Dante Michelini uma das mais movimentadas da capital! Mas continuando em meus devaneios, penso também: "Será que isso vai ocorrer somente com os canários? e os outros "pássaros de gaiola" como o Curió, o bicudo, etc.? O Curió, permitam-me chama-lo de " curióu" como ouço muito com o pessoal do interior, pronuncia que acho simpatica e amistosa, sempre foi o preferido pelos "passarinheiros-traficantes" devido a seu canto afinadissimo! Tem até uma canção antiga, na voz de Erasmo Carlos, chamada "Panorama ecológico", em que o autor diz: " Lá vem a temporada de pássaros, trazendo.....curiós desafinados e....homens imaculados"!
O que autor queria dizer é que essas temporadas criminosas, traziam coisas muito dificeis de se ver naquelo meio.. curiós desafinados e homens imaculados....


Mas deixando a canção e devaneios de lado, podemos ficar muito alegres e esperanços@s! O curióu dá sinais que pode seguir os passos do canário! Aleluia! Recentemente o pessoal do COA tem feito registros incriveis. Primeiro nosso colega Mario Candeias localizou alguns no municipio da Serra. Hoje foi a vez de vermos mais alguns no municipio de Guarapari. Assim o cantor afinadissimo pode voltar a nos alegrar na natureza. Claro que, discreto e timido, ele não vai invadir nossas ruas e praças. Mas poderemos encontra-lo nas lagoas e alagados ricos no capim navalha ou navalha de macaco. Sejam muito benvindos amados curióus!!!! foto de um deles, tirada hoje, no municipio de Guarapari, cantando feliz por estar solto na natureza:




domingo, 15 de dezembro de 2013

O MÃE-DA-LUA PARDO Nyctibius aethereus


A família Nyctibiidae, onde estão inseridos os mães-da-lua ( também chamados de Urutau, chora-lua, etc.) é uma família de aves neotropicais muito caracteristica e original. Possuem em comum seus hábitos bizarros e um comportamento bastante diferenciado e carateristico das espécies dessa família. Assim é que mães-da-lua possuem vocalizações assustadoras! Sua vocalização pode ser ouvida pela gravação depositada no site Wiki Aves: http://www.wikiaves.com.br/1047684&p=1&tm=s&t=s&s=10537. Plumagem mais ou menos parecida e em cores discretas para que possam exercer bem sua principal defesa: a mimetização! Trata-se de um mecanismo de defesa surpreendemente avançado e eficiente nas matas da América do Sul e outras mais ao norte.


Essa espécie é considerada rara e para se ter uma noção da importância de seu registro, informamos que no site Wiki Aves, constam apenas 5 localidades para a região  SE e 10  para toda a Amazônia o que mostra o quão é difícil encontrar essa ave e dá bem a medida da importância do registro.

Essa mãe da lua é ave florestal. Ao contrário da mãe da lua comum que habita áreas de campos e capoeiras, a mãe da lua parda até hoje só foi vista em matas altas.

A ave que registramos  foi vista empoleirada no toco de árvore a cerca de  10 metros de altura e essa árvore localiza-se em área de mata secundária já em adiantado estágio de regeneração. Foto da localidade:



A principio a ave estava sendo identificada como  mãe-da-lua comum, o Nyctibius griseus. Posteriormente, pelo  porte da ave, bem maior  que o griseus, a identificação foi corrigida  para Nyctibius aethereus.




Nessa foto acima é possível ver um dos principais sinais de identificação dessa ave, o comprimento da cauda que é superior ao comprimento das asas quando fechadas. Para terminar o relato, um fato curioso foi o aparecimento de uma  jararaca Bothrops jararaca que notando nossa presença ficou nervosa.



Terminamos o relato mandando um abraço para as pessoas que nos visitam!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

domingo, 10 de novembro de 2013

GEORGE: O FILHOTE DE MÃE DA LUA, Nyctibius griseus

Já há algum tempo sabemos da existência do mãe-da lua  Nyctibius griseus habitando o manguezal existente no campus da Ufes, inclusive já postamos aqui fotos do bicho. A novidade mais recente sobre esse mãe da lua  foi que ele criou um  filhote,o qual, apelidamos de George, e desde então temos presenciado o crescimento do bichinho.


Nessa foto, tirada em outubro passado, pudemos perceber que tinha um filhote debaixo dessa barriga de penas do urutau. Na ocasião, o George estava muito novinho e não pudemos ve-lo com clareza. Algum empo depois, eis que conseguimos ver o George sozinho e já adotando a postura tipica da espécie:



George é uma criança encantadora! Pequenininho e já com postura de adulto!. Essa foto foi tirada no final de outubro. Mais recentemente, fizemos  foto à noite, quando o filhote estava sendo alimentado pela mãe:




Finalmente, hoje George  recebeu visitas importantes. Foi entrevistado pela TV GAZETA afiliada da Rede Globo aqui em Vitória e vai aparecer ao vivo em participação com os membros do COA-ES. Mais fotos atuais do rebento:



Mais tarde, por volta das  11hs. com o sol escaldante, George  pode nos mostrar  outra de suas peculiaridades, a respiração com o bico aberto como forma de suavizar o calor:



E assim terminamos esse relato, desejando  longa vida a George e seus familiares. Um abração pessoal!

José Silvério.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

BATUIRUÇU de axila preta: encontro em Guarapari.

Na  segunda feira dia 28 de outubro, pp., fui visitar o Parque Estadual de Setiba em Guarapari. A excursão, acompanhada do colega Fabricio Costa do COA, propiciou vários lifers, alguns incríveis como  o Gavião do Banhado, Circus buffoni, que fez belos voos de caça por cima dos alagados, procurando presas.



Chegando no final do  parque, na bela Lagoa de Carais, tivemos nossa atenção desviada para as pedras que existem na praia, formando um abiente propicio para a inscrustação de algas e cracas. Pois bem nesses locais frequentemente são encontradas aves marinhas que ali ficam procurando comida. Para nossa alegria no lugar estavam 3 maçaricos brancos  Calidris alba mariscando nas pedras:



Depois de várias fotos pude perceber  outra figura nas pedras. Era bem maior que  os maçaricos:


A principio pensei tratar-se  do Batuiruçu Pluvialis dominica. Estavamos convencidos de que era essa ave. Fiz várias  fotos, com a certeza  de que era  um lifer importante:


A dúvida foi sanada quando a ave levantou voo em direção ao mar aberto. Pude ver então, um detalhe importantissimo para a diagnose dessa ave.:


Essa axila preta foi crucial para a ID da ave. Então, trata-se do Batuiruçu de axila preta, a  Pluvialis squaratola. Não foi o registro sensacional que seria o batuiruçu, ave ainda não registrada no ES mas também um registrão.

Um abraço a todos nossos amigos!

sábado, 12 de outubro de 2013

UM VISITANTE ILUSTRE: o Maçarico galego Numenius phaeopus

No sabado próximo  passado, tive a honra de conhecer e apreciar um  viajante de longo curso! Trata-se do Maçarico galego ou maçaricão,  Numenius phaeopus! Esse maçarico viaja muito, saindo do hemisfério norte e chegando até a America do Sul. Encontrado no norte da Europa, Ásia e América do Norte; inverna do sudoeste da Europa e África, passando pelo Oriente Médio. medem aproximadamente 42 cm, fica fácil de identificá-lo pelo seu tamanho e bico longo e recurvo como os dos Guarás. Não é comum aqui em nosso Estado, tendo apenas um registro no WA para Conceição da Barra. Aqui nas proximidades de Vitória foi a primeira vez que conseguimos foto dele e registra-lo.:



Esse maçarico foi encontrado nas pedras limosas da Ilha do Boi, em local habitado por muitas outras aves marinhas  como as batuíras de bando, os Piru-pirus, as vira-pedras e outras aves. Curioso ele ficou por cerca de uma semana no local e recentemente não o vimos mais. Não  era muito arisco ou espantado, e permitia a aproximação do observador até uns 7 metros de distância!



A alimentação desse maçarico, pelo que observamos no seu forrageio na ilha do  boi, foram os pequeninos caranguejos e sururus que vivem grudados nas rochas, frequentemente submersas pelas ondas e pela maré.




Frequentemente vistoriava as pedras e algas atrás de algum alimento. Seu tamanho permite ser reconhecido quase que de imediato e sua coloração também é muito bonita! O detalhe do bico é um caso à parte, possuindo um charme especial o fato de ter a ponta meio encurvada. Pudemos observar o quanto esse detalhe anatomico é útil para o bicho.:



Com  ele, o Numenius pode explorar buracos e cavidades quase inacessíveis para outras aves, dotadas de bico menos especializado. é sabido que muitos animalejos que vivem na vaza da maré e nas pedras se escondem nesses buracos como os caranguejinhos e aí o maçaricão se aproveita. Vários colegas do COA, avisados por este observador, estiveram na ilha fazendo fotos do Numenius.



Nesse  último dia em que o vi, depois de muito trabalho, o maçarico  fez  uma pausa para descanso. Contou-me sobre suas aventuras, que não são poucas, visto sair do Canadá e ir até a Argentina em voo próprio não é para qualquer  um! Ainda mais viajando solitário! 

Um abração em todos nossos amigos visitantes!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Macuquinho Eleoscytalopus indigoticus

aA aveA ave mais interessante dessas últimas passarinhadas foi o Macuquinho Eleoscytalopus indigoticus! Já havia um certo tempo que eu perseguia esse registro e quis a sorte  que sua foto  coincidiu com o número 400 de registros feitos por mim para o site Wiki Aves. No sábado dia  7.9.2013, quase que consegui fotografa-lo depois de um bom tempo tocando o play back para atraí-lo. Consegui visualiza-lo, percorrendo o chão da mata, passando pelas folhas secas, muito parecido com um ratinho se esgueirendo por cima da serrapilheira da mata,  mas, depois de certo tempo ele se escondeu e parou de vocalizar. Antes disso, creio qie me viu e emitiu uma voz de alarte aspera e sumiu dentro da mata. Já no domingo dia 8, dei mais sorte e consegui algumas fotos.


A visualização, no meio da serrapilheira, troncos e folhas secas no chão da mata. O macuquinho é uma ave que se esconde e rasteja no chão escuro da mata, procurando insetos entre as folhas secas e no solo.


Essa foto mostra ele escalando um tronco, procurando sair à frente.

Finalmente o bichinho dá um pouco de chance! Ele se mostrou todo, por cima das folhas secas, mas nesse momento, justo, faltou luz e a foto ficou meio granulada.


A foto mais nitida mostra o macuquinho tentando se alimentar entre folhas secas e vegetação rasteira.

Ressalto que essa ave não é fácil de ser registrada. Pude ver que ele parece não ser raro naquelas matas mas conseguir ve-lo é muito dificil devido seu comportamento arredio e os lugares em que frequenta: o chão escuro e penumbroso da mata. Por essa razão, fotografa-lo foi um exercício de paciência e disposição, tendo inclusive me deitado no chão da mata para não espantar essa ave tão caracteristica.

Agradeço aos amigos que nos visitam, apreciando fotos e fatos sobre nossas aves, tão belas quanto interessantes!

REGISTRO Dos Piolhinhos Phyllomyias na Mata Fria em Afonso Claudio-ES.

Nos dois últimos fins de semana, dias  31 de agosto e 09 de setembro pp. estivemos de novo na Mata fria, municipio de Afonso Claudio, estado do ES a fim de se observar aves. De novo tivemos a sensação de ótimo lugar para se passarinhar, com registros e fotos muito interessantes. Desta feita, o que me chamou muito a atenção foi o registro das espécies de piolhinhos do genero Phyllomyias.


Esse aí encima pode ser considerado como o mais comum ou encontradiço. Trata-se do Piolhinho comum, Phyllomyias fasciatus, é uma avezinha muito encantadora que possui uma vasta área de distribuição. Antes já o tinha registrado nas matas de Domingos Martins, na pousada Hospahaus. Também gravei seu canto gracioso que está no Wiki Aves. Ouçam  o áudio:

O  piolhinho chiador, Phyllomyias burmeisteri, já tinha sido registrada nas matas do parque da Cantareira em São Paulo(somente o canto!). Agora pude fotografa-lo:



Também consegui gravar seu canto:

O  piolhinho verdoso, Phyllomyias virescens é outro passarinho muito gracioso e interessante. Esse, infelizmente, não consegui gravar seu canto.



E finalmente, o piolhinho serrano, Phyllomyias griseocapilla , também fotografado nas proximidades da mata fria:


Pode ser observado que aves graciosas, em torno de 11-12 cms de comprimento, comportamento mais ou menos parecido e muito encantandores!
Um abraço amigos!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NYCTIBIUS GRANDIS : O Mãe-da-Lua gigante.

Recentemente, precisamente na noite do dia 02 de agosto, em Sobreiro, municipio de Laranja da Terra, tive a alegria de ver e ouvir o Mãe-da-lua gigante. Essa ave, prá-lá de misteriosa e muito bizarra, está durante há algum tempo, habitando um remanescente de capoeirão com cerca de 25 hectares de mata. Foi descoberta graças ao Thiago Delbone que me relatou sobre um grito assustador que estava ouvindo de madrugada na mata. Após reproduzir o canto do gravador Thiago confirmou o canto. Tentamos então, algumas vezes, atraí-la mas sem sucesso. Porém, nesse dia, depois de insistir muito, o bicho apareceu fazendo outra vocalização e pousou várias vezes nos eucaliptos defronte à casa. Pude fotografa-la, mas a distância e apouca luz nçao ajudaram as fotos:



Fica então o registro dessa ave tão diferente e estranha  no lugar. Voltamos uma semana depois mas não conseguimos mais fotos.

Gravamos o som da ave nesse dia, que consistiu de alguns grunhidos. Mas seu canto é mesmo assustador, ouçam a gravação constante do site Wiki aves:

http://www.wikiaves.com.br/43027&p=1&tm=s&t=s&s=10536

em gravação de Rafael Bessa nas reservas de Linhares.

Então, estaremos procurando fotos melhores dessa ave tão enigmática quanto interessante! Um abraço a nossos amigos visitantes,

jsl



terça-feira, 23 de julho de 2013

O ENCONTRO COM O PAVÓ - PYRODERUS SCUTATUS


Pessoal, finalmente depois de muito procurar, fui encontrar  o  Pyroderus em Sao Paulo. Foi no Parque Estadual da Cantareira, no núcleo do Cabuçu, guiado pelo Demis Bucci, muito solicito e genial guia observador de aves. Desde o inicio eu tinha falado para o Demis quye encontrar o Pavó seria um sonho tao distante  que eu nem o consideraria  como prioritário. Seria algo como ganhar na loteria ornitológica! E o fato é que a sorte sorriu para esse observador e ganhei na loteria. No sábado dia 20 de julho de 2013 o tempo estava bom em Sao Paulo, depois de uns dias muito nublados e frios, tendo, inclusive, chovido. Pois no sábado tudo renasceu!
A naatureza amanheceu em flor e o sol voltou e com ele as miriades de seres vivos, pássaros e borboletas dando o ar de sua graça logo no inicio. Estavamos distraidos com um bando misto em que apareceram muitas aves interessantes. Entre elas o pica-pau anao de coleira:



Nesse bando apareceu também a saíra viuva:


Depois de algum tempo distraídos com esses belos exemplares, no alto das árvores, principalmente de um aglomerado de imbaúbas, Cecropia hololeuca, pude vislumbrar o vermelho vivo entre a folhagem densa. Imediatamente o coraçao bateu mais forte ante a possibilidade, ainda que remota, da grande ave aparecer! E, depois quando voou para mais perto, nao tive dúvidas:  É  o Pavó!!ficou

E era ele  mesmo:











A ave extraordinária pousou mostrando sua belissima plumagem, no alto da imbaúba, com toda imponencia e beleza. É incrivelmente discreta e sua beleza nao condiz com essa discriçao. Dificil de descrever é seu voo no alto das copas. Silencioso e suave que nem uma pluma. Nesse ponto, a elegancia e suavidade de seu voo me fez lembrar o voo do gaviao pega-macaco Spizaetus tyrannus. É um voo suave, macio e estremamente preciso! Nao tem desperdicios de movimento ou arranques bruscos. A ave ficou um certo tempo parada observando, talvez certificando-se da falta de perigo e depois pousava em outra imbaúba. Era um aglomerado de várias imbaúbas altas, uns 25 metros de altura cada uma.


Entao, a ave magnifica pousou próximo ao cacho das infrutescencias da imbaúba para se alimentar e pudemos registrar essa cena especial:





Depois de algum tempo e muitas fotos, a ave majestosa descansou um pouco.



Foi  um registrao inesquecível ver esse pavó  tao a vontade nessas matas. Depois de algum tempo a ave foi embora com seu voo suave e majestoso, deixando-nos maravilhados com sua visao.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

EXCITANTE DESCOBERTA: O PAPINHO AMARELO Piprites chloris

No domingo dia  23 de junho, passárinhando em mata secundária (capoeirão) no municipio de Itarana, fui surpreendido com a visão de um pequeno pássaro no sub-bosque, acompanhando bando misto de várias espécies. A principio pensei tratar-se de um tiranideo, tal o desenho de suas asas, mas depois pude perceber que não era. Quando coloquei o play-back do barbudinho, a ave chegava mais perto e eu pensei que fosse alguma variação ou alguma espécie com vocalização parecida. Somente ao chegar em casa e consultar os guias de campo e as fotos no WA é que a ficha caiu. Era o papinho amarelo! o Piprites chloris!!



Seu comportamento foi bem curioso. Acompanhava o bando misto, mas não vocalizou e manteve-se até fleumático mesmo com a visão de uma pessoa por perto. Essa avezinha, habita a Amazônia e Mata Atlantica, segundo SICK, principalmente nas copas da mata alta. Mas, o fato é que o vi no sub-bosque do capoeirão acompanhando bando misto e a mata nem era tão alta assim.



O porque do apelido de papinho amarelo:



Essa avezinha, apesar de ter distribuição vasta, não é comum ou fácil de se ver. Inclusive sua classificação, em qual familia a ser enquadrada, até hoje suscita duvidas, razão pela qual o CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, colocou-a  na categoria de Incertae sedis, indicando com isso, que sua classificação em    meio às aves continua incerta. Antes já foi considerada como um Piprideo, mas os ornitólogos não tiveram um consenso e por causa disso as dúvidas continuaram, levando SICK (1997) a inclui-la na familia Cotingidae. Agora, pelo visto as dúvidas permanecem, mas enquanto isso, vamos continuar apreciando sua beleza e sua singularidade de comportamento.


domingo, 23 de junho de 2013

ESPETACULAR REGISTRO DA ÁGUIA CHILENA EM ITARANA

A  Águia chilena Geranoaetus melanoleucus é um espetacular accipitrideo de grande porte, 70 cms de comprimento, envergadura de asas de cerca de 2 metros.No estado do Espirito Santo, temos registros fotograficos para as pedras dos Três Pontões em Afonso Cláudio e nos cinco pontões em Laranja da Terra. Então, Itarana passou a ser o terceiro municipio do Estado a ter registro dessa ave.


Nosso objetivo é relatar registro feito ontem dia 22 de junho, em  uma área de apenas 150 metros de altitude, ocupada por campos sujos e pastagens. Bem verdade que nos morros próximos podemos encontrar pedras que poderiam ser usadas pela águia, mas o fato é que foram vistas sobrevoando regiões campestres.



Vimos  dois individuos, talvez em casal. As aves estavam voando a média altura, mas começaram a voar em circulos e ganhando altura até quase desaparecer no céu, de tão alto.

o

O local que as águias sobrevoavam, são esses carrascais na foto acima e na foto abaixo:



Talvez Geranoaetus esteja expandido sua área de dispersão aqui no ES!. Somente o tempo confirmará ou não essa premissa, porém, é certo que essas aves se reproduzem na serra dos Três Pontões, quando tem criado sempre dois filhotes por ano. Como são aves grandes, a pergunta que comumente se faz é para onde vão  os filhotes quando adultos? Isso por que  os pais, a certa altura, expulsam os filhos dos arredores. No território da pedra, então, deduz-se  que somente se admite a existência de um casal adulto. Resta então, reponder  onde  os  filhotões vão morar. Com uma mehor observação e acompanhamento de nossas aves será possível responder a essas questões e outras ligadas ao "modus-vivendi" dessa ave tão espetacular! Porém, é digno de registro que a área onde foi vista agora, está a apenas 25 kms. das duas pedras citadas como habitat da águia. Poderia indicar então, uma extenção do território de caça. Mas como disse, somente o tempo e mais observações nos darão mais certeza nas respostas.