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sábado, 29 de julho de 2017

GAIVOTAS

O Gaivotão Larus dominicanus é a única gaivota de porte que pode ser encontrada em nossa cidade, Vitória, capital do Estado do Espirito Santo!

Hoje de manhã, fomos, eu e o amigo fotografo Evandro Limonge, até a Ilha do Boi, nesta capital, para fotografar aves e o que mais fosse possível. Evandro queria fotografar a ponte para participar de concurso no site Photo & Olhares. Foi aberto um concurso somente para fotografias de pontes.

Comigo, o interesse é sempre as aves e como o tempo deu uma guinada para baixo, de ontem sexta feira para hoje sábado, com a entrada de uma frente fria que nos deixou com um frio siberiano. Pasmem, a temperatura baixou para até 15 graus!!!!!!
























Estavam planando com tanta graça que me lembrei do livro Fernão Capelo Gaivota:

O tempo mudou muito, chovendo bastante e com um vento vindo do sul muito forte e isso fazia com que as gaivotas tivessem até um pouco de dificuldade de vencer a força do vento.


imagens da ressaca do mar.

















A ressaca e a terceira ponte, que Evandro queria fotografar para o concurso das pontes.













Então, finalmente pude fazer um verdadeiro álbum de Larus, aproveitando que a ave ficou muito tempo planando e lidando com o vento, perto de nós.:






















 Apareceu esse imaturo, que também nos proporcionou momentos de pura magia ao fotografa-lo!


Encontrando alimento!!























Finalmente um pouco de comida!



















Muito obrigado pessoas que nos visitam!

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Nova Colônia de Trinta réis dentro da cidade!


A natureza está sempre nos surpreendendo! Tenho ouvido e lido comentários sobre a instalação recente de uma nova colônia de Trinta réis na Praia de Camburi aqui em Vix.!

Então, resolvi esta manhã de sexta-feira 28 de julho de 2017, ir até o local para fazer umas fotos das aves!

Primeiro iniciei o dia pelo Pier pequeno do final da praia, onde por duas vezes pude observar um individuo, apenas um, do Talha Mar Rynchops niger aqui em nossa cidade! Como se trata de uma ave que, apesar de comum em outros locais, aqui é raríssima, eu sempre volto ao local com esperanças de poder reencontra-la e fazer uma foto melhor!

Meu registro original: http://www.wikiaves.com.br/1637068&p=1&t=u&u=2183&s=10383

Ressalto que até hoje existe somente essa foto da espécie em Vitória!!

Comecei o birding numa manhã brilhante e com temperatura amena! 19-20 graus! o dia muito bonito até nos deixa mais felizes:

 Navios ancorados próximos ao porto esperando o momento de atracarem!.
















E a cidade, vista do pier no final da praia de Camburi:


Sem zoom = Iphone.







Com a Canon 70-300mm.


E os Trinta réis, cortando os ares animadamente, mas nem sinal do Talha Mar!!

















Nosso velho conhecido, o Trinta-réis de bico vermelho.Sterna hirundinacea.

















O Trinta réis mais comum de Vitória, Thalasseus acuflavidus, conhecido como o Trinta-réis de bando.
















E o  Sterna continua aparecendo!

















Algumas tartarugas marinhas também "deram as caras" nessa manhã!












Então, fui para a Ilha do Socó  onde está a nova colonia de Trinta réis! Minha curiosidade era: quais espécies estariam colonizando essa ilha? Sempre que falamos em Trinta réis aqui em Vix., os mais frequentes e comuns mesmo são duas espécies: o trinta réis de bando Thalasseus acuflavidus ou o Trinta réis de bico vermelho Sterna hirundinacea.



A figura ao lado dá ideia da distância da ilha do Socó até a praia. Em linha reta são 314 metros de distância.

Fonte: https://sitiocasarao.blogspot.com.br/2013/04/natacao-na-praia-de-camburi-contornando.html?m=0









Chegamos e fizemos fotos utilizando o conjunto da Câmera Canon EOS 70D e a lente Canon 100-400mm IS II.


A placa da Ilha do Socó está  meio "prejudicada".


















A Ilha e as centenas de Trinta réis.

Mas, quais espécies?













Talvez sejam milhares, mais quem são?








Utilizando a lente no máximo e com um crop no computador, conseguimos, afinal, ver quem é quem. E parece que infelizmente, trata-se apenas de uma espécie, o Trinta réis de bando Thalasseus acuflavidus.


































Confirmado: é uma colônia dos Trinta réis de bando Thalasseus acuflavidus.

Esperávamos que outras espécies estivessem juntas, como o de bico vermelho ou os mais raros e que já foram registrados aqui em Vix, como o Trinta réis ártico, o boreal, om das Rocas, ou então, o comum Trinta réis Real que é frequente aqui em Vitória.

















Finalizamos o relato, confirmando ser essa nova colônia de Trinta réis, situada praticamente dentro da zona urbana de Vitória, e consiste do Trinta réis de bando Thalasseus acuflavidus.

Agradecemos de coração às pessoas que nos prestigiam com suas visitas.!







quinta-feira, 27 de julho de 2017

Novos Registros nos Alagados de Vila Velha, ES, Brasil.

Sábado dia 22.7.2017, acompanhado dos colegas Alexandre Carvalho, Eduardo Neves e guiados pelo incansável Izanildo Sabino, visitamos a Zona de interesse ambiental do Vale Encantado em Vila Velha neste Estado do Espirito Santo, Brasil.

Trata-se de região onde está sendo pleiteada a demarcação de uma nova reserva ambiental ou transformação em uma APA- Área de proteção ambiental.

Vimos algumas aves comuns e já muito registradas, mas, também registramos espécies novas para este birder. Esses novos registros são espécies bastante "trabalhadas" e procuradas, pois já com mais de 740 registros diferentes de aves, não é nada fácil acrescentar novas espécies à lista.!!


Essa coruja buraqueira Athene cunicularia é ave muitíssimo comum e ficou nos olhando muito curiosa!













Tem chovido bastante no litoral e isso tem ajudado na recuperação da região, que ficou quase quatro anos atravessando um período de poucas chuvas e secas. Tivemos de atravessar lugares encharcados para conseguir ir a todos os lugares que pensávamos encontrar algumas espécies. Em um desses lugares alagados pudemos ver e registrar de novo  o tricolino!!


O tricolino, Pseudocolopteryx  sclateri é uma avezinha muito graciosa, que eriça o topete quando nervoso.
Habita os brejos e pântanos com vetação de taboas Tipha dominguenssis. Não é comum e encontra-lo exige uma certa disposição do observador.











As espécies que sonhávamos registrar eram: a Viuvinha-de-óculos, o Golinho, a Sanã-do-capim, e a rolinha de asa canela.

Pelo menos dois lifers conseguimos fazer, que foram, o Golinho  e a fêmea da Viuvinha de óculos conforme nosso relato a seguir:




Este é um exemplar jovem do Golinho Sporophila albogularis. Pode ser observado que a ave já tem a garganta clara (albogularis !) e os lados da cabeça ainda são de cor marrom e que ficarão negros com o tempo e também o bico ainda de cor negra mas que com a idade da ave completando um ano a plumagem se tornará adulta com o bico claro e a cabeça de cor negra, com ressalto para a garganta branca. Essa ave cantava muito no momento dessa foto.



Essa foto, ruim, apenas serve como registro. Mas resolvi publicar dada a dificuldade de se registrar essa ave aqui na região sudeste do Brasil. Trata-se, ao que suponho, da fêmea da Viuvinha de óculos, Hymenops perspicillatus.

Somente agora em maio de 2017 essa ave foi registrada para o Estado do Esp. Santo e só identificamos ao observar o contorno amarelado de seu olho, onde fica patente os "óculos" da espécie. Como seu registro aqui foi devido à migração, pensamos que já poderia ter ido embora e fomos surpreendidos com sua continuidade em local próximo onde foi registrada anteriormente.

Finalmente, localizamos também a Rolinha de asa canela, Columbina minuta, mas recuamos do registro por ainda não termos certeza. Trata-se de uma ave que habita longe das habitações humanas, parecendo não ser tolerante à proximidade!.

Fotos que pensamos ser da C.minuta:




















Uma foto da verdadeira rolinha de asa canela:

Fonte dessa foto:
 https://br.pinterest.com/pin/552183604290683632/

Pode ser observada a semelhança, mas são diferentes e essa Rolinha é uma de nossas próximas metas na observação de aves.
Em nossas próximas saídas ao mato, faremos relatos sobre a procura dessa ave e seu possível encontro, bem como seus hábitos e comportamentos.






Muito obrigado às pessoas que nos visitam!

JSL.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Um curioso CARACARÁ COM FLAVISMO!

Leucismo, segundo a Wikipédia é uma falta de pigmentação em partes do corpo de algum animal. No caso do Flavismo, temos uma deficiência parcial de melanina e a ave apresenta uma tonalidade caor canela. Em nossa atividade de birding já tivemos oportunidade de observar várias aves com leucismo. Por exemplo, já vimos o Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris, o Guaxe Cacicus haemorrhous. Mas, fora uma foto do urubu comum Coragyps atratus, nunca tinha presenciado uma ave grande, como o Caracará Caracara plancus,  com essa caracteristica.

Foi no ultimo sabado, dia 22 de julho, na região dos alagados do Vale encantado que fizemos esse registro, um Caracará com leucismo, branco, parecendo mesmo um albino:


















































Foto de um individuo, de plumagem normal, e predando um pinto de galinha:






























Obrigado pessoas  que nos visitam!  Um abração!!!





sábado, 15 de julho de 2017

EXCURSÃO: Parque Estadual PC Vinha, Guarapari, ES.

O Parque Estadual Paulo César Vinha é uma área de 1.500 hectares,situada no município de Guarapari, Estado do Esp. Santo, Brasil. Seu formato é retangular, fazendo limite a leste com o oceano Atlântico  e a oeste a Rodovia do Sol, rodovia asfaltada que liga o balneário de Guarapari a Vitória capital do Estado.


Imagem: http://blog.jamalup.com.br/destination/guarapari-es/
O Parque situa-se na baixada litorânea, com vegetação de restinga. Em pequenos trechos essa vegetação alcança maior altura, com as árvores chegando a 15 m. Nessa foto, pode-se ver ao fundo as primeiras elevações da cadeia montanhosa que se estende paralela ao mar, do Rio Grande do Sul até a Bahia. Nessas encostas, a vegetação predominante passa a ser a floresta conhecida  como  Mata Atlântica.

Olhando para a Rodovia do Sol, o tempo estava bastante encoberto, tendo chovido bastante na região. Atenção para as primeiras montanhas do planalto.











Juntamente com os colegas Ademir Carletti, Evandro Limonge e Alexandre Carvalho, nos dirigimos cedo para o PEPCV para realizar mais uma passarinhada de observação de aves. O Parque é muito bonito e é habitado por aves igualmente lindíssimas como o Tiê-sangue Ramphocelus bresilius, mais conhecido pelo nome em inglês Brazilian tanager! Outras aves incríveis que habitam ou passeiam pelo parque: a Araponga Procnias nudicollis, a Saíra sapucaia Tangara peruviana. Algumas, inclusive, constantes da lista oficial de espécies ameaçadas como o Apuim de costas pretas Touit melanonotus.

Algumas paisagens do parque:


Flores silvestres comuns no parque. Observamos o pequeno beija-flor Rabo branco rubro, Phaetornis ruber  adejando essas flores mas não conseguimos fotografa-lo.















Os frutinhos da aroeira vermelha Shinus terebinthifolius foram muito procurados por várias aves. Essa árvore é muito comum no parque.










A saira sapucaia, aqui o macho, Tangara peruviana, mostrou ser comum no parque. Mas somente nessa época. A ave é pequena migratória e não sabemos para onde se dirige após abandonar a região e voltar no ano seguinte.













A fêmea de Tangara peruviana alimentando-se das frutinhas da aroeira, Shinus.














A saira cambada de Chaves, Tangara brasiliensis é comum no parque, onde observamos também a Saira amarela, Tangara cayana, que, entretanto, não conseguimos fotografar.










O parque tem muitas áreas úmidas e como tem chovido bastante, essas áreas estão bastante alagadas, afastando a seca que durou pelo menos quatro anos na região.


















Pantano tomado pela vegetação conhecida como a Taboa, Tipha dominguensis típica de áreas alagadas ou inundadas.

























Fezes de capivaras Hidrochoerus hydrochaeris, o maior roedor do mundo e que é comum, até abundante no parque devido à grande quantidade de áreas alagadas.








Estamos muito preocupados com nossos macacos!

Com o grande surto de Febre amarela que tivemos no ultimo verão, grande parte dos macacos morreram atingidos por essa epizootia. ´Principalmente os bugios Alouatta  guariba.

Mas, infelizmente outras espécies como esse sauim ao lado, conhecido como sagui ou sauim de cara branca, o Callithrix geoffroyi também foram atingidos pela FA.

Esse aí foi o único que conseguimos ver e fotografar e notamos uma certa melancolia na cara do bichinho!





 Sabiá-da-praia Mimus gilvus é comum no parque. Exímio cantor, gosta de se empoleirar alto e entoar seu canto melodioso.

O  Pia-cobra Geothlypis aequinoctialis gosta de baixadas alagadas onde se abriga nos capinzais.













A Pomba-galega, Patagioenas cayennensis gosta de baixadas quentes. No parque tem uma boa população dessas pombas que é um dos maiores columbídeos do Brasil.

















Fomos surpreendidos por esse grande Pato do mato Cairina moschata que levantou voo de uma das pequenas lagoas próximas a trilha principal. Destaque que esse pato foi muito visado por caçadores mas conseguiu escapar da extinção pois é bastante prolifico.

Lembrando que esse pato foi a unica ave, rigorosamente falando, a ser domesticada pelos indios em nosso país.






Outra ave linda e muito comum no parque, o Saí-andorinha, Tersina viridis, aqui uma fêmea se alimentando em uma das muitas fruteiras nativas.














O Gavião caracoleiro, não é uma ave rara, mas também não se pode dizer que seja comum. Esse gavião se alimenta de caracóis silvestres.


















uma fêmea do Saí-azul Dacnis cayana. Ave comum e que se alimenta de frutos e néctar de flores como os beija flores.

















A Guaracava-de-barriga-amarela, Elaenia flavogaster é ave bastante comum e que encanta a todos com sua vocalização bem característica, que alguns interpretam como: "Maria é dia... é dia...é dia"




















O Sanhaçu do coqueiro, Tangara palmarum é ave muito comum e frequente em nossos pomares onde se alimenta de frutas.

Tem o curioso hábito de ficar boa parte de seu tempo empoleirado em palmeiras onde canta bastante e dai veio o seu nome popular.









O Gavião acauâ, Herpethotheres cachinnans  foi visto em comportamento de caça, espreitando presas em local alagado.

A crença popular diz que é uma ave de mal-agouro! Sua voz é prenuncio de que uma morte deverá acontecer onde ele canta!








O Canário-do-campo, Emberizoides herbicola é uma ave rabilonga que habita capinzais e descampados, onde costuma entoar um canto melodioso e suave.













Próximo ao Canario do Campo, encontramos esse Caboclinho, Sporophila bouvreuil. 


Trata-se de pequena ave granivora que se alimenta das gramíneas silvestres nativas e é considerado um bom cantor, e por essa razão, muitas vezes acaba aprisionado em gaiolas. Hábito que percebemos estar diminuindo, felizmente.











A Juruviara Vireo chivi é um vireonídeo, ave que se alimenta principalmente de insetos, apreciando muito lagartas que apanha nas folhas de árvores não muito altas de capoeiras e qualquer outros tipos de mata e beira de mata.











Ao final da excursão, as chuvas deram uma trégua e o sol apareceu!!

Com a temperatura aumentando, alguns gaviões saíram de seus poleiros e começaram a circular no ar!

Um deles foi o Gavião caracoleiro, que já tínhamos fotografado pousada ( 18ª foto desse post). Nessa foto ao lado, esse mesmo individuo começou a circular graciosamente.




Foi nesse momento que registramos o espetacular Gavião Pega-macaco Spizaetus tyrannus. Primeiro registro para o Parque Estadual Paulo Vinhas, área de mata de restinga e alagados, que comentamos na nossa postagem anterior deste blog.

Foi um registro espetacular e surpreendente que traduz  bem a MAGIA DA OBSERVAÇÃO DE AVES!!!

Muito  obrigado pessoal!