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domingo, 13 de outubro de 2024

CONHECENDO O BACURAU TESOURÃO.

O BACURAU TESOURÃO.

 

Ele já era meu conhecido há tempos. Mas, tem muitos anos que não o encontrava! Por minha culpa, por não ir procura-lo onde mora. Mas, dessa vez, visitando a belíssima Campos do Jordão em São Paulo, tivemos a oportunidade de encontra-lo. Já o tinha visto em 1988 no Parque Estadual de Pedra Azul no Espirito Santo e, também no Parque Nacional do Caparaó, divisa de MG/ES, sempre em altitudes em torno de 1.500 metros. Campos é a cidade mais alta do Brasil, situada a 1.628 m. de altitude e seu clima e vegetação são do tipo temperado, predominando as belíssimas matas com araucárias. 


O Bacurau

Hydropsalis forcipata é uma ave da família  dos bacuraus e curiangos, os Caprimulgidae. São aves beneficiadas pela abundancia de insetos noturnos existentes em nossos campos e matas. O Bacurau tesoura já foi chamado de Bacurau Tesoura gigante. Isso devido seu tamanho e o comprimento de sua cauda. O macho mede cerca de 76 cm. Sendo que somente a cauda, mede 55 cm. desse comprimento. Um espetáculo proporcionado por esse bacurau é quando conseguimos vê-lo pousado com as retrizes alongadas pendentes! Também quando voa, produz outro espetáculo admirável, com as retrizes alongadas chamam muito a atenção devido seu tamanho!


Individuo macho do Bacurau Tesoura, que vimos ao entardecer, por volta das 18 hs. em estrada de terra, próxima aos campos de altitude no município de Campos do Jordão. Notar o comprimento das retrizes.

 

O Bacurau tesourão ainda não é enquadrado em categorias de ameaça pela IUCN, porém, como habita uma área restrita, de áreas montanhosas no sul e sudeste do Brasil, o desmatamento dessas áreas, principalmente os campos de altitude e as matas próximas, pode vir a ficar realmente ameaçado.


Esse bacurau, pelo que observamos, também aprecia pousar nas estradas no crepúsculo, a exemplo de outros bacuraus. É ave noturna, mas, principalmente crepuscular quando pode ser visto. É exclusivamente insetívoro, e a fêmea deposita dois ovos por ocasião da nidificação. A espécie não constrói ninho. Os ovos são depositados em local bem camuflado, sobre a terra, mas acolchoado com palhas de arbustos secos. O casal se reveza na tarefa de chocar os ovos.

Ao voar na estrada, a ave produz certo sussurro sonoro talvez devido suas longas retrizes. Costuma sempre voltar depois desses voos. E sua voz é um "cricri"  semelhante à vocalização de grilos. A fêmea é menor e não possui as retrizes alongadas.

Essa é uma ave muito interessante para o observador de aves, fotografar e estudar seus movimentos. 


Muito obrigado, pessoas amigas que nos visitam!

 


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