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domingo, 17 de dezembro de 2017

A HISTÓRIA DA MARIA LEQUE Onychorhynchus swainsoni, Pelzeln 1858.

A Maria Leque do Sudeste Onychorhynchus swainsoni é uma de nossas aves mais bonitas e tornou-se muito procurada e admirada pelos observadores de aves birdwatchings devido sua extraordinária  beleza, e principalmente, devido a seu belíssimo e singular "leque" que ave abre vez por outra, brindando o fotografo de sorte com seu premio maravilhoso!


No recente dia 14 de dezembro de 2017, estivemos, eu e o amigo Joselito Macedo, birder aqui de São Paulo, na Trilha dos Tucanos, Tapiraí, SP. Há muito tempo eu ambicionava encontrar essa ave, porém, nunca havia chegado perto. Sua ocorrência vai de Minas Gerais e Espirito Santo até Santa Catarina, sempre na floresta atlântica,em áreas até os 800 metros de altitude. Seu habitat preferido é o interior penumbroso da floresta, nas beiras de córregos florestais, onde costuma fica aos casais. Nesses locais, pendura seus ninhos acima das águas. Esse ninho é uma bola de musgos, ramos e materiais colhidos no local.


O ninho da Maria leque do Sudeste, encontrado sobre as águas de córrego na floresta. Ficamos muito tempo esperando a ave sair do ninho mas nessa ocasião não obtivemos sucesso. Seus filhotes crescem ouvindo o murmurio calmo das águas no interior penumbroso da mata.










Depois  ela saiu!
A crista da ave normalmente é deixado calmo na horizontal, mas às vezes, raramente, a ave eriça sua crista, que se transforma em um leque maravilhoso e colorido. Daí a fama de seu maravilhoso ornamento ser procurada por muitos birdwatchings.









Apesar de toda essa importância, essa ave belíssima e original, corre risco de extinção. Está categorizada como VU (vulnerável) pela IUCN devido principalmente à derrubada da mata atlântica. Creio que nunca foi ave comum, mas no passado, segundo já apurei, seus famosos leques eram retirados para servir de adornos.!!

Agora a ave está protegida, mas, o perigo continua. Talvez devido não ser ave abundante. Em nossa recente excursão, ao local conhecido como "Trilha dos Tucanos" no município de Tapiraí, estado de São Paulo, local com abundância de matas secundárias, pudemos localizar apenas dois casais no interior da floresta em um dia inteiro de caminhada pelas trilhas da mata. Trata-se de uma espécie endêmica do SE do Brasil. Considerada como substituta geográfica da Maria-Leque da Amazônia, Onychorhynchus coronatus, espécie um pouco maior e ainda não ameaçada, pois ocorre em uma vasta região que vai da Amazônia brasileira até os países vizinhos.



O ambiente preferido da Maria leque: córregos bem sombreados no interior da mata.














O interior penumbroso da mata.

riacho no interior da mata atlântica na Trilha dos Tucanos, próximo onde a Maria Leque pendurou seu ninho.



Uma vizinha da Maria leque: a choquinha de garganta pintada, Rhopias gularis
(Spix, 1825).

Apareceu muito perto do ninha da Leque. Aprecia o mesmo ambiente, apenas difere  por ficar mais próximo ao solo, percorrendo os arbustos e substrato a procura de comida.


E esperamos a ave abrir seu leque para o "clique" mas não tivemos tanta sorte!














Mesmo assim, sem a crista aberta, ficamos muitíssimos felizes  com o espetáculo da Maria Leque!















E, com essa imagem, nos despedimos agradecendo a nossos visitantes e também a Deus e a natureza por nos proporcionarem cenas tão lindas como essas que vimos com a Maria leque do sudeste!! E orando pela sua preservação permanente!

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