A Saracura matraca Rallus longirostris é uma saracura de porte médio, alcançando 30 cm. de comprimento e sendo bastante registrada em regiões de manguezais, como, p.ex., o mangue do Campus da UFES-Universidade Federal do Esp. Santo. Recebe esse apelido de matraca devido ao vozerio escandaloso que emite quando vocaliza. E vocaliza muito e continuamente!
Ouvindo a vocalização da Matraca, no áudio de @Robson Silva e Silva:
Foto da saracura em 2013:
Mais recentemente, o colega Mario Candeias, teve oportunidade de fazer vários registros de um casal dessa saracura, no mesmo manguezal, onde essa ave tão intensa aparece com plumagem leucistica. Vejamos:
O casal atendendo ao chamado do gravador. Foto: @Mario Candeias.
Aparentemente, o leucismo evolui com o tempo. Essa foto ao lado, do macho, é de 2013 e a ave apresentava poucas penas brancas.
Indivíduo leucistico. Foto: @Mario Candeias.
Já nessa foto, de 2017, podemos verificar que a área da plumagem da ave com leucismo, aumentou bastante. Ressaltamos que de um grupo de cinco casais acompanhados, apenas em um dos casais foi notado esse leucismo. No caso, restrito ao individuo macho.
Já nessa foto, de 2017, podemos verificar que a área da plumagem da ave com leucismo, aumentou bastante. Ressaltamos que de um grupo de cinco casais acompanhados, apenas em um dos casais foi notado esse leucismo. No caso, restrito ao individuo macho.
O Leucismo, segundo o Wikiaves (www.wikiaves.com.br), é uma deficiência de fundo genético que ocasiona alterações no corpo dos indivíduos acometidos. Leucismo é caracterizado pela perda completa do pigmento melanina (dos dois tipos eumelanina e feomelanina) nas ESTRUTURAS DE COBERTURA da pele (penas, pelos ou escamas) mas sem perda de melanina cutânea (olhos, mucosas, derme), deixando-os com a coloração branca. É causada pelo bloqueio da síntese de melanina, caracterizado por alelos mutantes, discrepância na expressão de genes impedindo a pigmentação das estruturas afetadas. No leucismo, a ave afetada perde tanto a melanina quanto os pigmentos carotenoides. Já mostramos aqui nessas página, o curioso caso de leucismo com um individuo de Caracará Caracara plancus.
Agradecimentos ao colega Mario Candeias pela cessão de fotos para ilustrar esse post, e, também aos muitos amigos e amigas que nos visitam!
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Eu é que agradeço à oportunidade de participar de seu Blog, que sempre apresenta ótimos artigos em prol da ciência e da natureza.
ResponderExcluirMais uma vez obrigado Mario; não só pelas fotos mas também pelas ideias. Faremos trabalho conjunto sobre o tricolino e alguma postagem mais resumida deverá ser colocada aqui!
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