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terça-feira, 14 de novembro de 2017

EXPEDIÇÃO Á LAGOA DE JUARA

Quando era jovem, adorava ler artigos ou mesmo livros sobre expedições! Eram os livros dos naturalistas viajantes europeus que percorreram o Brasil nos séculos XVIII e XIX, como Saint Hilaire, Deuscourtilz e outros. Um dos artigos mais interessantes, lembro-me do título até hoje: "A Expedição Langsdorff ao Brasil". Relato de incrível expedição comandada pelo sábio russo Georg Von Langsdorff ao Brasil, penetrando pelo interior do país e percorrendo 16.000 km! Incríveis as histórias e as descobertas de então em um território ainda selvagem, nos idos de 1824 até 1829 . O encontro com índios no interior do Brasil, os perigos representados pelas feras como a onça pintada Phantera onca ou o Puma Puma concolor e sem falar nas serpentes perigosas como a cascavel Crotalus durissus ou a surucucu-pico-de-jaca Lachesis muta. As aves então, eram um capitulo à parte!

Por essa razão, quando vou conhecer uma área nova para mim, mesmo que já tenha estado lá próximo, lembro dos relatos dos antigos naturalistas viajantes, e me imagino em uma expedição, anotando tudo para, também, tentar efetuar relatos interessantes! Procurando passar aos leitores e leitoras, toda a emoção e curiosidades existentes nessas excursões!




A Lagoa de Juara situa-se no município de Serra, Estado do Espirito Santo, Brasil.


A lagoa e suas margens, foram com o passar do tempo, convertidas em uma ilha natural dentro da zona urbanizada. Mede cerca de 6 km. de comprimento com larguras variáveis que podem chegar a quase 1 km.

Fonte: http://wikimapia.org/7197222/pt/Lagoa-do-Juara












aspectos da lagoa.






























As margens da lagoa são ocupadas por matas secundárias em variados estágios de recuperação.































Os "expedicionários", primeiro plano Mario Candeias e ao fundo, eu José Silvério, Evandro Limonge e o Piloteiro Antônio.















As aves  que vimos durante a excursão:


 Frango d'água azul  Porphyrio martinicus.

Biguá Nannopterum brasilianus.

Sanã-parda Laterallus melanophaius.
 Savacu Nycticorax nycticorax.imaturo.
Andorinha do rio Tachycineta albiventer.


Anu-coroca Crotophaga major.

Garça-moura Ardea cocoi.

Pernilongo de costas brancas Himantopus melanurus.

Urubu de cabeça amarela Cathartes burrovianus.

Socó-boi Tigrisoma lineatum.

Guaxe Cacicus haemorrhous.




















Colônia de ninhos de Guaxe Cacicus haemorrhous, localizada no interior da  lagoa.





Pomba galega Patagioenas cayennensis.

Gavião-de-cabeça-cinza Leptodon cayanensis. 

Espécie florestal que deve habitar as matas secundárias do lugar.
Savacu Nycticorax nycticorax.

Carretão Agelasticus cyanopus. femêa.

Socozinho Butorides striata.

Garça branca grande Ardea alba.






















Marreca toicinho Anas bahamensis.














Além dessas aves, o colega Mario Candeias conseguiu fotografar um mamífero importante, e considerado como NT, " nova ameaçada". Trata-se da Lontra, mamífero que habita regiões alagadas e lagoas margeadas por vegetação alta.


Lontra longicaudis.

Toda a região da Lagoa precisa ser preservada pois se constitui em um importante reservatório de vida para a fauna. São preocupantes as noticias sobre mortandade de peixes decorrentes de poluição e também pela entrada anormal de água do mar na lagoa em virtude de abertura do canal entre os dois corpos d'água.

Os resultados da expedição foram satisfatórios, mas não completamente. Tinhamos esperança de registrar o Socoí amarelo Ixobrychus involucris, bem como algumas sanâs mais raras como a Sanã-do-capim Laterallus exilis. O que não ocorreu, ficando para próximas excursões.

Agradecemos muito as  visitas de nossos leitores!!



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