Translate

segunda-feira, 25 de março de 2019

ALGUMAS AVES DA MATA ATLÂNTICA DE LINHARES- ES- BRASIL.

Entre a quinta feira dia 21 até o sábado dia 23, estivemos passarinhando na Reserva  Natural da Vale do Rio Doce em Linhares, neste Estado. Trata-se de floresta já muito visitada por nós, e um lugar inesgotável para o birding!. Passamos agora a publicar algumas das fotos mais bonitas e ou interessantes das aves desse lugar incrível:                                                                                               

 O Surucuá-grande de barriga amarela Trogon viridis é ave de uma beleza alucinante!




 Antigamente, o Vissiá, Rhytipterna simplex, era chamado de Planadeira e classificado entre os Cotingídeos. Hoje é um Tyrannideo e é uma ave muito engraçada e de trajes discretos e espartanos. Mas seu canto é bem característico e ecoa com força pela mata! Gosta muito de ficar na penumbra debaixo das copas e é um avido consumidor de lagartas.
 Tytira inquisitor, O Anambé-branco-de-bochecha parda era conhecido como araponguinha e também considerada como uma Cotinga. Perdeu esse status! É hoje um Tyrannideo. Esse indivíduo é um macho.

Outra Araponguinha antiga, o Anambé-branco-de rabo-preto, Tytira cayana, também foi uma dessas vitimas das constantes reclassificações biológicas no reino das aves feitas por vetustos ornitólogos em seus gabinetes repletos de exemplares "empalhados" e vidros de formol.
Alheia a toda essa humana inconstância permeada por boas doses de vaidade, nossa avezinha aí da esquerda nos contemplava com admiração e doçura! Essa lindíssima e singela criaturinha é a fêmea do Cabeça-branca, o Dixiphia pipra. Piprídeos são pássaros lindos e de comportamento maravilhoso! Alimentam-se preferencialmente de frutos e estão entre as aves mais abundantes de nossas matas!





Muito obrigado visitantes!

domingo, 24 de março de 2019

BIGUATINGA EXIBIDA!

O Biguatinga, Anhinga anhinga é uma ave suliforme, comum em rios e lagoas do Brasil. Alimenta-se de peixes, anfíbios, cobras aquáticas e outros seres aquáticos, que captura em seus longos mergulhos. Devido a seu longo e fino pescoço, em algumas regiões do Brasil possui o apelido de Mergulhão serpente!. Hoje presenciamos uma fêmea de Biguatinga em uma atitude curiosa:






































Foi na Lagoa de Jardim Camburi, dentro do Parque Botânico da Vale. A ave nadou uma distância razoável com uma tilápia no bico!


Antes da pescaria! Ao longe, a fêmea de Biguatinga atenta no poleiro.



















Capturou a tilápia e, exibindo o troféu e nadando até o poleiro!


















Próxima ao poleiro.

Essa lagoa situa-se dentro da zona urbana de Vitória, capital do Estado do Espirito Santo. Tem um grande tamanho e devido a sua grande quantidade de peixes como tilápias, traíras e bagres, frequentemente é visitada por aves piscívoras  como a Águia pescadora Pandion haliaetus e possui ainda uma grande população de Jacaré-de-papo-amarelo Caiman latirostris.











Segundo a Prefeitura, os jacarés são monitorados pelos órgãos ambientais, que estimam sua população na lagoa em 200 animais, mas alguns tem escapado e ir parar nas ruas do bairro de Jardim Camburi. O fato é que sua população na lagoa é bem grande. E de vários tamanhos, desde bebês até indivíduos de 2 metros de comprimento. Esse aí tomava sol de manhã sem se preocupar com a garotada que queria se aproximar!



Obrigado aos amigos e amigas que nos visitam!


domingo, 17 de março de 2019

O BONEFISH em Vitória, ES, Brasil.

O Bonefish, Albula vulpes, é um peixe muito famoso na pesca esportiva. Muito procurado, principalmente pelos adeptos da modalidade de  fly-fishing. Nessa modalidade, é um peixe cultuado e que motiva longas excursões de aficionados aos locais onde ocorre com mais frequência. Os locais onde esse peixe é mais abundante são famosos pela ocorrência dos chamados flats, locais marinhos com águas rasas  onde o peixe procura seu alimento. E sua pesca nesses locais rasos, exige muita técnica e controle por parte dos pescadores. Daí sua fama e o prestigio de sua pescaria!





























Um Bonefish, Albula vulpes, pescado na modalidade de Surf-casting em Vitória, ES.

Nosso objetivo com essa nota é ressaltar a ocorrência desse peixe nas águas próximas a Vitória. Não é a primeira vez  que presenciamos esse peixe ser capturado em pescarias de praia. Esse exemplar acima, não chegou a pesar 500 gramas mas considero importante o registro da espécie.


Esse pescador também capturou outro exemplar de tamanho idêntico, nas proximidades do pier da estátua de Iemanjá.













Um exemplar menor de Bonefish, capturado também em Vix.

Esse peixe habita os mares tropicais do mundo inteiro, e no continente americano é encontrado desde a costa dos EUA até o sudeste do Brasil. Pode atingir 1 metro de comprimento e pesar 9 kilos, porém, os exemplares médios são menores.







Uma das praias de Vitória onde tem sido pescados os pequenos bonefish.

Na pesca esportiva aqui em Vitória, é um peixe raro de ser pescado. Não sabemos a situação do peixe quanto à sua abundancia e conservação. Em termos gerais, é considerado como NT, quase ameaçado.

Na pesca de surf casting o peixe tem sido capturado com isca de camarão descascado.

Ainda não vimos exemplares maiores aqui em Vitória, mas, tendo em vista a ocorrência de pequenos, não deve ser impossível pesca-los aqui também.

Muito obrigado amigas e amigos que nos visitam!!

domingo, 10 de março de 2019

Thalasseus acuflavidus, o Trinta-réis de bando!


Um  "piloto aéreo": foto da ave mergulhando em um de seus voos acrobáticos!































Thalasseus acuflavidus, fotografado na Praia de Camburi em Vitória, ES, Brasil.



O Trinta-réis de bando é uma espécie de ave Charadriiforme da família Sternidae. Tem uma envergadura de asas de 84-90 cm.  e comumente, mede cerca de 34 a 45 centímetros. É uma ave marinha que nidifica na costa do Espirito Santo até Santa Catarina. Aqui em Vitória, é o Trinta-réis mais fácil de ser avistado!



É uma espécie muito bonita e que realiza verdadeiros voos acrobáticos na captura de pequenos peixes na superfície do mar. São muito ativos na caça aos peixes.
Passam voando e inspecionando a superficie do mar abaixo. Quando localizam o cardume, param no ar, e iniciam o movimento da descida. Nesse momento, escolhem a presa e caem em um voo vertical abrupto sobre o peixe, em uma cena muito bonita e rápida!








Localizando a presa.

















o mergulho visando o cardume de sardinhotas ou manjubinhas. Geralmente, os peixes visados são alevinos ou individuos pequenos.  

Essa espécie habita as costas do Oceano Atlântico ocidental, da América do Norte até o sul da Argentina.

A época de reprodução desse Trinta réis, ocorre entre os meses de maio a setembro. Nessa época, tornam-se escassos nos voos "de cruzeiro" que normalmente as espécies de Trinta-réis fazem sobre a cidade de Vitória, ES, sempre nas proximidades do mar.











Mapa dos registros de Thalasseus acuflavidus segundo fotos enviadas ao Wiki-Aves: https://www.wikiaves.com.br/mapaRegistros_trinta-reis-de-bando.

Podemos observar que trata-se de espécie comum e muito registrada no litoral brasileiro, de norte a sul.












Muito obrigado, amigas e amigos que nos visitam!






















sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

ANDORINHA AZUL: MIGRANTE DE VERÃO!

 Um macho imaturo de Progne subis, fotografado em um bando de tamanho médio, na localidade de Meaipe, município de Guarapari, neste estado do Espirito Santo.


Progne  subis, a andorinha-azul é uma andorinha migratória, que vem ao Brasil na primavera e verão oriunda da América do Norte, onde nidifica, em áreas abertas do leste e também em algumas regiões do oeste.

Recentemente observamos um bando numero dessa andorinha em Guarapari. No mesmo dia, visitando a localidade de Meaipe, também lá pudemos registrar outro bando dessa andorinha. Apenas  o bando era menor. 

Trata-se de uma andorinha de tamanho grande, cerca de 20 cm. de comprimento. Possui a cauda levemente furcada. Os machos possuem a plumagem de cor azul com muitos reflexos metálicos. As fêmeas ( vide foto ao lado) são mais pardas.
Alimentam-se de insetos que capturam no voo, sendo grandes consumidoras de insetos alados.





Na primavera e verão, muitas vezes podemos encontrar bandos numerosos dessa andorinha de passagem pelo Brasil.

Obrigado, amigas e amigos que nos visitam!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

UBARANA: o Predador prateado!

Seja caçando em águas rasas na maré baixa, dando saltos espetaculares para se soltar do anzol, ou perseguindo presas na superfície da água, a Ubarana é magnifica!


















Exemplar de Ubarana, Elops saurus, jovem, capturado na praia de Camburi em Vitória,ES,Brasil.

A Ubarana é um peixe da família Elopidae a mesma família do Bonefish e do Tarpon,que também ocorrem no Brasil, mas são mais raros que a nossa Ubarana, pelo menos aqui no Sudeste. É um peixe habitante do Oceano Atlântico tropical e sub tropical, ocorrendo desde os EUA( Golfo do México) até o SE do Brasil.
Possui o corpo alongado, com um maravilhoso colorido prateado e com tons azulados no dorso. Os grandes adultos chegam a pesar 8 kg. e a medir 1 metro de comprimento. O Tamanho padrão, entretanto, é menor., cerca de 60 cm. e 6 kg. Um detalhe muito importante do corpo da Ubarana é sua cauda, fortemente furcada, que possibilita ao peixe uma grande velocidade de cruzeiro. Quando fisgada, a Ubarana luta muito e "toma"  muita linha do pescador. É comum, mesmo exemplares pequenos, na corrida para se soltarem do anzol, avançarem 30, 50 metros nos primeiros instantes da fisgada.
A Pesca da Ubarana é mais realizada por pescadores esportivos. São peixes comuns, que gostam de águas rasas de estuários, praias, mangues. O Peixe é um dos mais esportivos da costa brasileira. Ataca com ferocidade iscas artificiais e quando em cardume, vários disputam as iscas. Sua carne, não é apreciada devido a grande quantidade de espinhos finos. Aqui no Estado do Espirito Santo, muitas pessoas costumam aproveitar a carne da Ubarana na culinária preparando bolinhos da mesma forma como são feitos  os "bolinhos de bacalhau". Para ser aproveitada dessa forma, a carne desse peixe deve ser separada dos espinhos com uma colher, posteriormente sendo adicionados os temperos para se fazer o preparo dos bolinhos.


A Elops saurus alimenta-se de peixes menores, crustáceos e quando jovens, também de insetos.
É um peixe comum na baía de Vitória, ES.





















Mesmo exemplares  pequenos brigam muito quando são fisgados! Sua pesca  é muito emocionante mas o risco de se perder o peixe é razoável, pois além da enorme agilidade para tentar se soltar ( o que efetivamente acontece muitas vezes!), a Ubarana costuma ficar muito machucada nessa briga, o que dificulta o "pesque-e-solte".







Agradecemos às pessoas que nos visitam: MUITO OBRIGADO!



domingo, 10 de fevereiro de 2019

BIRDING NA PRAIA!

10 de Fevereiro, domingo  de um verão escaldante! Eu e meu amigo Evandro Limonge, dirigimos-nos à praia de camburi aqui nesta cidade de Vitória, capital do Espirito Santo, para uma excursão de birding. O tempo quente não foi empecilho e vimos muitas aves marinhas, algumas, inclusive muito próximas, pescando na praia, quase na arrebentação!































O  Atobá-Pardo, Sula leucogaster aproximou-se bastante da praia, e deu um verdadeiro show de acrobacias na captura de peixes. Observem bem   a envergadura de suas asas!

O dia estava muito claro, nem uma nuvem no céu e  então, pudemos registrar o espetáculo dessa ave magnifica. Sula leucogaster é uma ave de grande porte, alcançando alguns exemplares cerca de 85 cm. de comprimento, e tendo uma envergadura de asas de até 155 cm.! Segundo o Wiki Aves, é um pescador admirável, que despenca de grandes alturas quando vislumbra sua presa lá embaixo!
O Atobá é um habitante dos mares tropicais e subtropicais do mundo inteiro, e hoje, pelo menos uns oito indivíduos pairavam sobre a praia de Camburi no setor norte.



Entretanto, mesmo com toda sua habilidade, algumas vezes o Atobá não tem sucesso em sua pescaria! Vimos ele se precipitar na água e não capturar o peixe! Ficando com esse olhar desolado que pudemos ver de longe!










E para nossa alegria, quem apareceu? Nada mais, nada menos esse figurão aí do lado, o Trinta-réis boreal, Sterna hirundo. É um visitante que vem do hemisfério norte. Esse é o quinto registro que fazemos desse Trinta-réis aqui em Vitória. Parece que ele gosta dessa rota que passa pelo Espirito Santo. É mais uma ave marinha que se alimenta de peixes e pequenos animais  marinhos. Sua identificação nem sempre é tranquila, pois outros Trinta-réis, em diversas fases da vida, são parecidos.








Mas figurão fácil mesmo, em nosso verão, vindo todos os anos, é a Águia pescadora, Pandion haliaetus, que também pescava nas proximidades da praia e dos pieres ao longo da praia.  As que chegam até o Brasil são migrantes da América do Norte. Trata-se de uma ave de grande porte, que alcança 58 cm. de comprimento, com uma envergadura de asas de 1,75 metros. No verão chega a ser comum aqui em nossa região, habitando todas as coleções d'água. Seja no mar, seja em lagoas nas proximidades.





Pandion é uma águia conhecida pelos pescadores do pier do final da praia. E, pelo visto, os pescadores queixosos de que os peixes não querem comer suas iscas, podem continuar a reclamar, pois as aves marinhas não voltaram para casa sem peixes. Todas mergulhavam no mar à procura de suas presas, e ao longe pudemos ver a Pandion se afastar com um peixe nas garras.











Alguns outros Trinta réis estavam presentes, sobrevoando a praia e a região do porto de Tubarão, mas não conseguimos boas fotos para postar.

Agradecemos às pessoas que no honram com suas visitas!