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terça-feira, 11 de junho de 2013

Aventura no manguezal de Vitória à procura de Platalea ajaja, o Colhereiro.

Nesse último domingo, p.p., dia  9 de junho de 2013, fui até o campus da UFES observar aves. Lá de cima, ao lado do observatório astronomico, tem estruturas de granito que permitem uma belissima visão de todo o horizonte, notadamente do manguezal e das áreas urbanas vizinhas, principalmente os bairros ao redor, po bairro de Andorinhas e outros.,
Pois bem, nesse dia, de lua nova e maré baixa, pude visualizar ao longe algumas aves na vaza da maré e observando bem pude notar os vultos cor-de-rosa tipicos do colhereiro, o Platalea ajaja. Empolgado, pude perceber que era  ele  mesmo, apesar da distância, tirei  uma foto para garantir:


Dá  para perceber  a distância, muito grande em que se encontravam as aves. Fotografar e tentar  o "crop" no computador fatalmente levaria a uma perda grande de qualidade. Optei então, em chegar mais perto para se conseguir uma boa foto.


Essa foto acima  foi tirada da pedra existente proximo ao deposito de residuos da UFES e ainda assim a distância era grande. Então, tentei chegar de carro até o  outro lado do canal, o bairro de Andorinhas. Talvez, de lá eu conseguisse uma foto melhor. Mas qual, ao chegar no local fui dissuadido por um jovem morador que alegou ser proibido alguem tirar fotos no  local (!) (?) Preocupado com minha segurança, resolvi voltar ao campus e lá, conversando com os guardas,  obtive a informação de uma via de acesso por dentro do mangue que permitia chegar até à maré vazante. Foi o que fiz.



No caminho por dentro do manguezal para chegar até o mar, pude visualizar um belo individuo do savacu-de-coroa, o Nyctanassa violacea. Aproveitei a indecisão do bicho e consegui uma boa foto acima. Continuei para chegar ao mar e lá chegando, estava com a maré baixa, fiquei decepcionado com o lixo que havia acumulado no mangue.


Sacos plásticos, camisas, sapatos, tudo vai parar no mangue! Nessas horas, ponho-me a refletir nos enormes desafios ambientais desse seculo: o problema do lixo, a poluição das águas, a pouca educação das pessoas, que apesar de todas as campanhas de conscientização, continuam jogando lixo na natureza. Mas, não vamos nos desviar do caminho. Na maré, percebí  logo um biguá Phalacrocorax brasilianus fazendo o papel de vigia da região, montando guarda:



Mas, cadê os colhereiros? Estavam ainda longe, do lado lateral da vazante e não podia ve-los. Para chegar lá, deveria aventurar-me no mangue, atolar na lama. De tênis isso não seria possível. Foi quando vi no lixo, uma sandalia de borracha ainda em condições de uso. Ela me salvou:


Calcei a sandalia e lá vamos até  os colhereiros!


O sacrificio tinha de valer a pena e  valeu, finalmente pude ve-los de perto:


Valeu mesmo a pena, trata-se de ave que não é comum e tem se tornado arredia ao contato do homem, quer seja pela perseguição quer seja pela poluição das águas.




E na volta, feliz com o registro e com minhas fotos, ainda houve tempo para clicar  um sauim, um Callithrix talvez  o jaccus


Muito obrigado às pessoas que vem até esse blog  para conhecer nossas histórias!

2 comentários:

Muito obrigado pela visita e comentário!