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terça-feira, 15 de março de 2022

Sardinhas em Vitória!

 Um peixe de grande importância econômica, abundante e que forma grandes cardumes no mar aqui próximo a Vitória. Trata-se da Sardinha, que nas marés vazantes aqui próximo de casa, mais precisamente no píer da estatua de Iemanjá, desce a correnteza vinda do mangue em direção ao mar. Aparentemente essa espécie não corre risco de extinção, pelo menos aqui na capital do Espirito Santo. São muito capturadas por pescadores amadores, principalmente os tarrafeiros.














O local da pescaria das Sardinellas, no estuário do Rio da passagem em Vitória ES às 5,30 hs de hoje dia 15.3.2022.














Este exemplar foi capturado na pesca com isca artificial, com uso de sabiki, mediu cerca de 22 cm, ( a espécie pode crescer até 25 cm. segundo Alfredo Carvalho Filho, Peixes da costa brasileira ). É um peixe muito  interessante de se pescar, com material de pesca ultra leve, apesar de seus hábitos restringirem um pouco as oportunidades de captura.
Em alguns lugares ficou ameaçado de extinção devido à sobre pesca porquê é um peixe que sustenta uma indústria de pesca de grande porte ( enlatados de sardinha). Porém, graças à grande capacidade de reprodução e fertilidade das fêmeas, tem se recuperado vagarosamente.

Aqui em nossa cidade, somente o  observamos nas horas da maré vazante quando  os cardumes são levados pela correnteza, saindo da baia de Vitória em direção ao mar. Infelizmente é mais uma espécie que sabemos pouco, por exemplo, sua reprodução, os locais onde passa a maior parte do tempo, etc.

A sardinha verdadeira, na baia de Vitória, vive ao lado de outra sardinha, também muito capturada pelos tarrafeiros, a sardinha cascuda, Harengula clupeola, fácil de distinguir, pois essa possui olhos maiores e de tamanho um pouco menor.

Todos os peixes que capturamos em nossas pescarias amadorísticas são soltos novamente nas águas!!

Muito obrigado às pessoas que nos visitam!




sexta-feira, 4 de março de 2022

Bonefisch em Vitória!

 Recentemente em pescaria na praia, aqui em Vitória, capturamos outro exemplar de Albula vulpes, peixe esportivo muito cobiçado na pesca esportiva, principalmente para os praticantes de fly-fishing!


Esse peixe não é comum aqui em Vitória, mas esporadicamente tem aparecido. Só vi até agora exemplares pequenos e esse capturado agora em Março de 2022, foi, naturalmente devolvido à agua!














Alfredo Carvalho Filho, em sua obra magistral sobre os Peixes da costa Brasileira, cita que a Ubarana -rato ou Bonefisch, gosta de fuçar a areia com o focinho procurando alimento em águas rasas. Creio que foi isso que aconteceu pois o peixe bateu no raso com a isca de camarão natural na areia. Brigador e muito agitado, esse exemplar de apenas 30 centímetros de comprimento mostrou porque é um peixe tão procurado na pesca esportiva. Brigou muito, dificultando muito "por a mão no peixe", mas logo depois de retirada a isca rapidamente voltei-o para a água pois  notei, também, que é peixe sensível não suportando ficar muito tempo fora da água.

Ainda não vi ser capturado com iscas artificiais.

Minha matéria sobre outros pequenos Bonefisch ou Ubarana-rato já pescados aqui em Vitória:

http://www.jornaldasavesepeixes.net/2019/03/o-bonefish-em-vitoria-es-brasil.html

Obrigado às pessoas que nos visitam!



domingo, 27 de fevereiro de 2022

Nidificação do Bem-te-vi pirata!

 






O Bem-te-vi pirata, Legatus leucophaius é uma ave da família Tyrannidae, habitante de quase todo o Brasil. É considerado o "menor dos bem-te-vis rajados".


Trata-se de ave que possui um comprimento médio entre 15 a 17 cms.

Aparenta ser migratório em certos locais devido a seus hábitos de vocalização.

Normalmente a partir do mês de setembro, quando começa o período de nidificação, esse Bem-te-vi passa a vocalizar insistentemente.


Ao contrário de outras aves da família Tyrannidae, que são, predominantemente, insetívoras, o pirata, trata-se de ave que se alimenta principalmente de frutos. Inclusive chegando a alimentar seus filhotes, como pode ser observado na foto, com esses alimentos.


Nessas notas narramos nosso encontro com um casal dessa ave, nidificando na estrada marginal da Reserva de Duas Bocas, município de Cariacica, neste estado do Espirito Santo.



o apelido de Bem-te-vi pirata" advém do comportamento desse pássaro na época da nidificação.!

Essa ave não constrói seu próprio ninho, em vez disso, se apropria de algum outro  ninho construído por outra espécie de ave!

No nosso caso presente, o ninho ao lado, foi "alugado" pelo Bem te vi pirata! Pode ser observado que se trata de um ninho construído pelo Bico chato de orelha preta Tolmomyias sulphurescens!

Nossa observação foi agora no dia 25 de fevereiro, e notamos que os filhotes já estavam crescidos, quase saindo do ninho. O casal revezava-se na procura e alimentação dos filhotes, mantendo um deles como sentinela nas proximidades do ninho.

A desconfiança de tratar-se de ave migratória, talvez seja infundada, já que a ave nidifica em nosso território. Fica entretanto, a observação que é notado principalmente entre os meses de setembro a março, que coincide com a época de nidificação.



A ave saindo do ninho após alimentar os filhotes!

O ninho, construído pelo Bico-chato, não estava muito alto, talvez uns 5 metros de altura. Não conseguimos ver quantos filhotes tinham dentro, mas, estimamos que eram dois filhotes.







Portanto essa ave possui algumas particularidades interessantes para o observador de aves: a) sua alimentação frutívora, destoando da maioria de seus congêneres da família Tyrannidae, b) A aparência de ser migratório, pois "some" entre os meses de Abril a Agosto. Talvez o certo seria considerar que nesse intervalo essa ave chama menos a atenção por não vocalizar tanto como no verão. c) Seu hábito de se apropriar de um ninho alheio em beneficio exclusivo próprio.

O Bem-te-vi pirata habita a mata ou a borda da mata, sendo ave frequente e não está ameaçada de extinção!

Agradecemos às pessoas que nos honram com suas visitas!!!







segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

MARIA LEQUE DO SUDESTE: Uma ave rara e ameaçada!

 Onychorhynchus swainsoni, conhecida como Maria Leque do Sudeste, recebe esse nome devido ao belíssimo leque que costuma, raramente, abrir em um espetáculo de muita beleza. E também, para diferencia-la da espécie Maria Leque, Onychorhynchus coronatus, habitante da Amazônia e muito parecida com a Maria Leque do SE.

Já tivemos a oportunidade de registrar essa ave em dois locais distintos, ambos na região serrana dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Conhecemos  primeiro na localidade da Trilha dos Tucanos, município de Tapiraí, Estado de São Paulo e, recentemente em Itatiaia no Rio de Janeiro.

Em ambos os casos, localizamos a ave cuidando de seu ninho. Chamou a atenção a igualdade do habitat escolhido pela ave para pendurar seu ninho. Nos dois locais, o ninho, uma massa de arbustos, musgos e gravetos, foi colocada sob a água, há uma altura de no máximo 2 metros. Nos locais descia um córrego vindo do alto da serra. Nos lados, o córrego descia sobre rochas desnudas deixando a mostra o ambiente húmido, acidentado e verdoso.

Pusemo-nos a imaginar a possibilidade dela encontrar esses locais para nidificar dentro da mata, lembrando que trata-se de uma ave que á naturalmente pouco abundante. Concluímos não ser muitos os locais propícios em conformidade com as exigência ecológicas que essa Maria Leque possui.

Entretanto, como se tratam de locais protegidos, inferimos que a mesmo rara e ameaçada, a espécie deve encontrar condições de sobreviver nesses locais. O que é uma vitória tendo em vista a grande beleza dessa ave, principalmente ao abrir seu maravilhoso leque colorido.

São vários os casos de fotógrafos de aves que procuram essa ave e após localizar, chegam a passar horas, talvez mesmo dias, esperando o momento da ave abrir seu leque e possibilitar uma foto.

Essas ocasiões são difíceis de se presenciar mas o número de fotos da ave com o leque aberto, constantes do site Wiki Aves, é grande, sinal da persistência dos colegas em conseguir uma foto muito bonita!

A Maria Leque da Amazônia, Onychorhynchus coronatus, possui uma vasta distribuição na Amazônia e não é, pelo menos por enquanto, considerada como ameaçada. Já a do Sudeste está na categoria VU do IUCN, como espécie vulnerável `extinção.

Em nosso ultimo encontro com a Maria Leque do Sudeste, em Itatiaia no Rio de Janeiro, conseguimos, em parte, capturar o raro e belíssimo momento da ave abrir seu leque:


Foto do macho em Itatiaia, RJ.















Foto da fêmea em Itatiaia-RJ.


















Foto do Ninho em Tapiraí- SP.
















A Maria Leque do Sudeste, até o momento, possui registros fotográficos no Wiki Aves para os estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Agradecemos às pessoas que nos visitam! Muito obrigado!






















sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Registrando o Tuju, Lurocalis semitorquatus.

 Há muito tempo tinha o desejo de registrar e conhecer o Tuju, Lurocalis semitorquatus, uma ave noturna muitíssima interessante.












O primeiro contato que tive com o Tuju foi observando aves na Estrada marginal da Reserva de Duas Bocas em Cariacica, aqui próximo de casa. No ano de 1988, encontramos pela manhã um individuo agonizante na estrada, talvez atacado por algum predador. Pudemos manuseá-lo, conferir suas medidas e concluir tratar-se do Tuju, Lurocalis semitorquatus.

Posteriormente, por equivoco, atribuímos ao Tuju alguns registros que na verdade seriam do Bacurau Nyctidromus albicollis. O Tuju, sabemos hoje, não se posta no solo como faz o bacurau!

Mas somente em 3.11.2015 pude efetivamente confirmar sua ocorrência no município de Cariacica e na região das matas de Duas Bocas. Naquele que foi o primeiro registro dessa ave para a região. Apenas consegui gravar o canto da ave no crepúsculo.

Canto Tuju

Posteriormente também ouvi esse canto bem próximo, dentro da Reserva da Vale do Rio Doce em Linhares. Porém, o aparecimento da ave no crepúsculo é muito rápido e dificulta bastante conseguir-se uma foto.

Mais recentemente, em 27.11.2021, na excursão ao Itatiaia e guiado pelo Hudson Martins, também localizamos novamente o Tuju. Dessa vez,  na localidade de Queluz em São Paulo, vale do Rio Paraíba do Sul. Em uma capoeira rodeada por pés altos de eucaliptos, onde também encontramos o Bacurau ocelado, Nyctiphrynus ocellatus e também a Coruja do Mato, Strix virgata,  Estavamos nos preparando para o aparecimento do Bacurau ocelado quando na tardinha, no crepúsculo, o Tuju vocalizou!

Quase ao mesmo tempo, eu e Hudson falamos:  O  Tuju!

Imediatamente pus-me a postos para conseguir alguma foto, mesmo sabedor de que nessas condições é muito difícil capturar uma ave dessas! Tentei diversos cliques já que ele passou voando umas três vezes no alto, sobre os eucaliptos e repetindo seu canto!

Desses cliques, o mais próximo de uma "foto"  foi esse ai abaixo:


No Wiki Aves  são poucas as fotos dessa ave voando. O que é uma pena porque ela fica magnifica no voo.

Mesmo sendo uma pseudo  foto, podemos notar aqui uma das características do Tuju: sua cauda curta sobressaindo-se pouco do corpo.















Foi então que, de volta a Vix, surgiu a oportunidade de registrar finalmente o Tuju, mas durante o dia, em seu pouso diurno.
O Convite partiu do colega e Guia Roberto de Oliveira Silva, amigo da AMOAVES de Domingos Martins que soube de um pouso da ave no município de Santa Leopoldina e nos guiou até lá.


Agradecemos ao Roberto por esse interessantíssimo registro dessa ave misteriosa.













A magia da observação de aves não se resume na foto ou simples registro numérico de um lifer! O prazer é conhecer a ave, seus hábitos e particularidades como descrevemos nesse teto. Porém, ainda pensamos que tem muito a ser observado pelo Tuju e continuaremos atentos para as particularidades desse bacurau.
Pelo Wiki Aves, podemos ver que não estamos tratando de uma espécie rara, apenas incomum de ser observada com calma devido seus hábitos noturnos e florestais. A espécie distribui-se do México até a Argentina. É um bacurau da família Caprimulgidae, alcançando um comprimento médio de 19 a 29 cm.

Abaixo, o mapa dos registros atuais do Wiki Aves da espécie:

Então, o Tuju é espécie muito frequente, não está ameaçado!

Nossa dificuldade é encontra-lo para estuda-lo e fotografa-lo.















Fonte: www.wikiaves.com.br/tuju


Pessoal, muito obrigado pelas visitas e que tenhamos em 2022 saúde e muitas observações de aves a relatar!!



sábado, 25 de dezembro de 2021

Curiosidades sobre a Saudade, Lipaugus ater!

 A ave apelidada de Saudade também recebe o nome de Assobiador em certas regiões das serras onde ocorre. Lipaugus ater antes era denominada de Tijuca atra. Trata-se de um dos mais belíssimos de nossos cotingas, encantando o observador também por seus hábitos.


















quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

AVES VISTAS EM NOSSA VIAGEM ÀS SERRAS DE ITATIAIA E BOCAINA.

 

AVES VISTAS NA VIAGEM AO ITATIAIA  À BOCAINA

 

Nossa excursão tinha como objetivo principal o  registro das espécies de clima ameno, habitantes das serras elevadas dessas duas cordilheiras da região sudeste: a Serra da Mantiqueira e a Serra da Bocaina.

Então, listamos as espécies desejadas e comunicamos a nosso guia, o Hudson Martins, que nos garantiu que algumas não seriam difíceis, enquanto que algumas outras espécies, teríamos de contar com alguma sorte para vê-las.

Então, escolhemos a região da serra em Itamonte, como nosso primeiro lugar para tentar essas aves de montanha.

Toda a região de nossa viagem fica na tríplice divisa dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.


















A saudade, também chamada de Assobiador, Lipaugus ater,  é uma ave da familia COTINGIDAE, o que automaticamente já a credencia como uma ave "importante". Logo que foi chamada no play back pelo Hudson, vários exemplares acudiram das redondezas, inclusive duas fêmeas. Faremos uma postagem particular sobre essa ave.


O Caneleirinho de chapéu preto, Piprites pileata é essa avezinha muito graciosa, que mede cerca de 12 cm de comprimento. Considerada como Vulnerável pela IUCN devido à sua pequena área de ocorrência, especialmente nas localidades onde ocorrem as araucárias, Araucaria angustifolia.








O Peito pinhão, Castanozoster  thoracicua também é morador dessa zona de  matas baixas, campos e arbustos que formam as elevações pouco anterior aos campos de altitude.







A Saira lagarta Tangara desmaresti é uma ave encontrada na região SE do Brasil em regiões de montanhas da floresta Atlântica. Ja a encontramos na Serra da Caparaó, e, agora, também a vimos muito nas serras de Itatiaia e Bocaina.
É belíssima e seu estado de conservação é não preocupante, não estando, portanto, ameaçada de extinção.







A Tovaca de rabo vermelho, Chamaeza ruficauda é uma tovaca moradora de regiões altas. é uma ave da família Formicariidae que se alimenta preferencialmente no solo ou suas proximidades, onde captura pequenas lagartas, aranhas e outros insetos.
Não é considerada como ameaçada de extinção.

Muito boa a habilidade de Hudson Martins em chamar e trazer para perto essa ave, que é, reconhecidamente uma das espécies esquivas do interior da mata sombria.



A Saíra viúva, Pipraeidea melanonota é uma ave da família Thraupidae habitante das ,matas e que se alimenta de frutos e insetos. Não está ameaçada de extinção, porém, pelo menos aqui no ES não é muito comum.












O  Tuque, Elaenia mesoleuca é uma ave da família Tyrannidae, migratória em alguns locais. Alimenta-se de pequenos frutos e insetos e não se encontra ameaçada de extinção. E preciso atenção a sua vocalização para conseguir identificar essa espécie com tranquilidade, pois as espécies desse gênero, Elaenia, são muito parecidos entre si.












A Fêmea da Saudade Lipaugus ater. Não conseguimos uma foto melhor porque a ave postou-se a favor do sol, mas mesmo assim, fica o registro dessa ave. A Fêmea não deve nada ao macho em se tratando de beleza!













Ao final do dia e no anoitecer, tivemos a alegria de registrar uma coruja, no caso, a Coruja listrada, Strix hylophila, que também não é uma ave muito facil de ser encontrada, apesar de não ameaçada:





















No dia seguinte, dia 25 de novembro, dirigimo-nos à localidade de São José do Barreiro, onde também fizemos ótimos registros.

As paisagens a seguir mostradas, fazem parte do maciço da Serra da Bocaina, nas imediações do Parque Nacional da Serra da Bocaina.


No horizonte ao fundo, podemos ver os contrafortes da Serra da mantiqueira. Essa região é muito privilegiada pela beleza de sua natureza e suas montanhas.













Esse pássaro lindo é o Fruxu, Neopelma chrysolophum, ave da família Pipridae e que neste caso, habita as matas da região entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo endêmica da Floresta atlântica do Brasil. É uma espécie incomum mas não está ameaçada.










O João botina da mata, Phacellodomus erythrophthalmus é um belíssimo pássaro da família Furnariidae, uma das mais presentes no Brasil, tanto nas matas quanto nos campos!

Além de ser uma ave muito bonita e interessante, o João botina, fazendo jus a seu apelido, constrói ninhos muitos característicos. Não está ameaçado de extinção e é uma ave insetívora






O Curioso ninho do Phacellodomus erythrophthalmus construido com gravetos.













O Piolhinho chiador, Tyranniscus  burmeisteri é uma pequena e graciosa ave da família Tyrannidae, insetívoro e com distribuição ampla no sul e sudeste do Brasil.
Apesar de sua aparência delicada, seu nome cientifico significa "pequeno tirano" !











Essa ave é o Cabecinha-castanha, Thlypopsis pyrrohocoma, é considerada como uma ave rara, apesar de ainda não oficialmente considerada ameaçada.
É frugivora, mas já foi observada comendo sementes.















O Pinto do mato, Cryptopezus nattereri é uma das aves que marcamos como interessantes nessa nossa excursão. Após memorizarmos sua vocalização notamos que não deve ser raro nessas serras pois o ouvimos tanto na Mantiqueira como no Bocaina. É uma ave terrícola e quase endêmica do Brasil. Habita o sub bosque de matas altas preservadas, é uma ave insetívora. É uma ave dificil de ser observada devido seu tamanho pequeno, 12 cm, e caminhante discreto no solo da mata.Graças ao Hudson Martins pudemos fotografa-lo!



A belíssima Tesoura cinzenta, Muscipipra vetula é uma ave de altitude nas florestas do sudeste do Brasil. Pertence à família Tyrannidae, insetívora como tal, e não se encontra ameaçada de extinção.












Já voltando de São José do Barreiro, passamos em localidade para verificar a ocorrência do Bacurau ocelado, Nyctiphrynus ocellatus e da Coruja do mato Strix virgata. Porém, o bacurau depois de cantar próximo não se aproximou, enquanto a coruja chegou perto e permitiu ser fotografada.


Corujas são aves misteriosas! Faz parte da cultura imagina-las como seres estranhos e moradoras de um mundo meio fantasmagórico! Strix virgata é espécie florestal que possui um chamado assustador para quem não a conhece.

Também a ocorrência da espécie mostrou-se menos rara do que se supunha a tempos atrás.

Sabe-se que habita varias tipologias florestais e até em área de campo, plantações e mesmo dentro de cidades. Não está ameaçada.



No dia 26 de novembro, visitamos primeiro, a parte baixa do P.N. Itatiaia e bosques próximos à cidade de Itatiaia, a localidade de Penedo, onde observamos aves pela parte da manhã.



O Guaxe, Cacicus haemorrhous foi visto cuidando da nidificação com colônias em Penedo, RJ.














A ave mais emblemática que vimos em Penedo, inclusive nidificando, foi a Maria Leque do Sudeste, Onychorhynchus swainsoni. Ave considerada como Ameaçada de extinção na categoria de VU, vulnerável.

A ameaça a essa ave é muito fácil de se perceber.
Habita o interior da mata alta, local sombreado, sempre ao lado de córregos encachoeirados onde coloca seu ninho. Um amontoado de liquens que ficam pendentes sobre a água.


Trata-se de ave insetívora, muito procurada pelos fotógrafos devido a seu belíssimo penacho colorido que a ave abre apenas em poucas e especiais ocasiões.

Então, sua escassez é visível. Suas exigências ecológicas são bastantes acentuadas e sabemos que não é toda mata que oferece essas condições.









A Fêmea da Maria leque do sudeste também é muito bonita e também abre seu penacho.


















Voltamos a Itatiaia, em direção ao Parque Nacional, onde fizemos mais fotos do local.

A mata é muito bonita e rica.

















Saíra-ferrugem, Hemithraupis ruficapilla, traupídeo não ameaçado mas que não é muito comum.
Saíra douradinha, Tangara cyanoventris outro Thraupidae também frequente na floresta atlântica.















 Vimos esses dois tucanuçus Ramphastos toco que são aves consideradas como campestres, mas, que habitam muito próximo às matas do parque nacional.















Na trilha dentro da mata alta, conseguimos, graças mais uma vez à habilidade e ouvido do Hudson Martins, conseguir registrar pela primeira vez essa ave, o Papo branco, Biatas nigropectus.
Ave da familia Thamnophilidae, é considerada Rara e ameaçada de extinção.
Está na categoria de VU, vulnerável à extinção.

Habita a mata alta, rica em taquaras e taquarussus, ficando muito escondida nas brenhas o que dificulta ser fotografada.

Finalmente, após voltarmos a São José do Barreiro e não conseguirmos localizar o negrinho do mato, Amaurospiza moesta, na volta já ao entardecer, passamos de novo em Queluz, na capoeira com eucaliptos onde já tinha visto e registrado a Coruja do Mato, Strix virgata e tínhamos ouvido o Bacurau-ocelado próximo mas sem conseguir vê-lo.

Dessa  vez, quem ouvimos e chegamos a ver foi o Tuju, Lurocalis semitorquatus. Fotografei, no susto, e a foto ficou péssima! não dá para aproveitar:

Essa foto foi tirada sem focalizar pelo visor, apenas apontando na direção da ave voando e acionando.

Fica para a próxima vez!














Mas estávamos com sorte! Logo depois o Bacurau ocelado, o Nyctiphrinus ocellatus cantou próximo e pousou bem na nossa cara:



Não é uma ave ameaçada! Mas já tínhamos tentado várias vezes fotografar essa ave e somente dessa vez obtivemos sucesso!

É uma espécie florestal, que não pousa no chão como alguns bacuraus. Pousa sempre em poleiros no interior da mata onde fica à espreita de toda espécie de insetos noturnos.








Assim encerramos nossa maravilhosa excursão às serras da divisa dos três estados!

Agradecemos muito ao Hudson Martins que com seu talento, possibilitou-nos conhecer essas aves tão espetaculares.

Esse bacurau tem uma vocalização muito característica e quando conhecemos sua voz, percebemos que não é tão raro. Não chega a ser comum como o bacurau comum, Nyctidromus albicollis, mas acreditamos que suas populações pelo menos por ora, estão livres da ameaça de extinção.






OBRIGADO, às pessoas que nos visitam !!





















































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