Um peixe de grande importância econômica, abundante e que forma grandes cardumes no mar aqui próximo a Vitória. Trata-se da Sardinha, que nas marés vazantes aqui próximo de casa, mais precisamente no píer da estatua de Iemanjá, desce a correnteza vinda do mangue em direção ao mar. Aparentemente essa espécie não corre risco de extinção, pelo menos aqui na capital do Espirito Santo. São muito capturadas por pescadores amadores, principalmente os tarrafeiros.
José Silvério Lemos, observador de aves. Foto: campos de altitude,com Chusquea pinifolia, Serra do Caparaó, ES/MG.
Translate
terça-feira, 15 de março de 2022
Sardinhas em Vitória!
sexta-feira, 4 de março de 2022
Bonefisch em Vitória!
Recentemente em pescaria na praia, aqui em Vitória, capturamos outro exemplar de Albula vulpes, peixe esportivo muito cobiçado na pesca esportiva, principalmente para os praticantes de fly-fishing!
Esse peixe não é comum aqui em Vitória, mas esporadicamente tem aparecido. Só vi até agora exemplares pequenos e esse capturado agora em Março de 2022, foi, naturalmente devolvido à agua!
Alfredo Carvalho Filho, em sua obra magistral sobre os Peixes da costa Brasileira, cita que a Ubarana -rato ou Bonefisch, gosta de fuçar a areia com o focinho procurando alimento em águas rasas. Creio que foi isso que aconteceu pois o peixe bateu no raso com a isca de camarão natural na areia. Brigador e muito agitado, esse exemplar de apenas 30 centímetros de comprimento mostrou porque é um peixe tão procurado na pesca esportiva. Brigou muito, dificultando muito "por a mão no peixe", mas logo depois de retirada a isca rapidamente voltei-o para a água pois notei, também, que é peixe sensível não suportando ficar muito tempo fora da água.
Ainda não vi ser capturado com iscas artificiais.
Minha matéria sobre outros pequenos Bonefisch ou Ubarana-rato já pescados aqui em Vitória:
http://www.jornaldasavesepeixes.net/2019/03/o-bonefish-em-vitoria-es-brasil.html
Obrigado às pessoas que nos visitam!
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Nidificação do Bem-te-vi pirata!
O Bem-te-vi pirata, Legatus leucophaius é uma ave da família Tyrannidae, habitante de quase todo o Brasil. É considerado o "menor dos bem-te-vis rajados".
Aparenta ser migratório em certos locais devido a seus hábitos de vocalização.
Normalmente a partir do mês de setembro, quando começa o período de nidificação, esse Bem-te-vi passa a vocalizar insistentemente.
Ao contrário de outras aves da família Tyrannidae, que são, predominantemente, insetívoras, o pirata, trata-se de ave que se alimenta principalmente de frutos. Inclusive chegando a alimentar seus filhotes, como pode ser observado na foto, com esses alimentos.
Nessas notas narramos nosso encontro com um casal dessa ave, nidificando na estrada marginal da Reserva de Duas Bocas, município de Cariacica, neste estado do Espirito Santo.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
MARIA LEQUE DO SUDESTE: Uma ave rara e ameaçada!
A Onychorhynchus swainsoni, conhecida como Maria Leque do Sudeste, recebe esse nome devido ao belíssimo leque que costuma, raramente, abrir em um espetáculo de muita beleza. E também, para diferencia-la da espécie Maria Leque, Onychorhynchus coronatus, habitante da Amazônia e muito parecida com a Maria Leque do SE.
Já tivemos a oportunidade de registrar essa ave em dois locais distintos, ambos na região serrana dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Conhecemos primeiro na localidade da Trilha dos Tucanos, município de Tapiraí, Estado de São Paulo e, recentemente em Itatiaia no Rio de Janeiro.
Em ambos os casos, localizamos a ave cuidando de seu ninho. Chamou a atenção a igualdade do habitat escolhido pela ave para pendurar seu ninho. Nos dois locais, o ninho, uma massa de arbustos, musgos e gravetos, foi colocada sob a água, há uma altura de no máximo 2 metros. Nos locais descia um córrego vindo do alto da serra. Nos lados, o córrego descia sobre rochas desnudas deixando a mostra o ambiente húmido, acidentado e verdoso.
Pusemo-nos a imaginar a possibilidade dela encontrar esses locais para nidificar dentro da mata, lembrando que trata-se de uma ave que á naturalmente pouco abundante. Concluímos não ser muitos os locais propícios em conformidade com as exigência ecológicas que essa Maria Leque possui.
Entretanto, como se tratam de locais protegidos, inferimos que a mesmo rara e ameaçada, a espécie deve encontrar condições de sobreviver nesses locais. O que é uma vitória tendo em vista a grande beleza dessa ave, principalmente ao abrir seu maravilhoso leque colorido.
São vários os casos de fotógrafos de aves que procuram essa ave e após localizar, chegam a passar horas, talvez mesmo dias, esperando o momento da ave abrir seu leque e possibilitar uma foto.
Essas ocasiões são difíceis de se presenciar mas o número de fotos da ave com o leque aberto, constantes do site Wiki Aves, é grande, sinal da persistência dos colegas em conseguir uma foto muito bonita!
A Maria Leque da Amazônia, Onychorhynchus coronatus, possui uma vasta distribuição na Amazônia e não é, pelo menos por enquanto, considerada como ameaçada. Já a do Sudeste está na categoria VU do IUCN, como espécie vulnerável `extinção.
Em nosso ultimo encontro com a Maria Leque do Sudeste, em Itatiaia no Rio de Janeiro, conseguimos, em parte, capturar o raro e belíssimo momento da ave abrir seu leque:
Foto do macho em Itatiaia, RJ.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
Registrando o Tuju, Lurocalis semitorquatus.
Há muito tempo tinha o desejo de registrar e conhecer o Tuju, Lurocalis semitorquatus, uma ave noturna muitíssima interessante.
O primeiro contato que tive com o Tuju foi observando aves na Estrada marginal da Reserva de Duas Bocas em Cariacica, aqui próximo de casa. No ano de 1988, encontramos pela manhã um individuo agonizante na estrada, talvez atacado por algum predador. Pudemos manuseá-lo, conferir suas medidas e concluir tratar-se do Tuju, Lurocalis semitorquatus.
Posteriormente, por equivoco, atribuímos ao Tuju alguns registros que na verdade seriam do Bacurau Nyctidromus albicollis. O Tuju, sabemos hoje, não se posta no solo como faz o bacurau!
Mas somente em 3.11.2015 pude efetivamente confirmar sua ocorrência no município de Cariacica e na região das matas de Duas Bocas. Naquele que foi o primeiro registro dessa ave para a região. Apenas consegui gravar o canto da ave no crepúsculo.
Posteriormente também ouvi esse canto bem próximo, dentro da Reserva da Vale do Rio Doce em Linhares. Porém, o aparecimento da ave no crepúsculo é muito rápido e dificulta bastante conseguir-se uma foto.
Mais recentemente, em 27.11.2021, na excursão ao Itatiaia e guiado pelo Hudson Martins, também localizamos novamente o Tuju. Dessa vez, na localidade de Queluz em São Paulo, vale do Rio Paraíba do Sul. Em uma capoeira rodeada por pés altos de eucaliptos, onde também encontramos o Bacurau ocelado, Nyctiphrynus ocellatus e também a Coruja do Mato, Strix virgata, Estavamos nos preparando para o aparecimento do Bacurau ocelado quando na tardinha, no crepúsculo, o Tuju vocalizou!
Quase ao mesmo tempo, eu e Hudson falamos: O Tuju!
Imediatamente pus-me a postos para conseguir alguma foto, mesmo sabedor de que nessas condições é muito difícil capturar uma ave dessas! Tentei diversos cliques já que ele passou voando umas três vezes no alto, sobre os eucaliptos e repetindo seu canto!
Desses cliques, o mais próximo de uma "foto" foi esse ai abaixo:
sábado, 25 de dezembro de 2021
Curiosidades sobre a Saudade, Lipaugus ater!
A ave apelidada de Saudade também recebe o nome de Assobiador em certas regiões das serras onde ocorre. Lipaugus ater antes era denominada de Tijuca atra. Trata-se de um dos mais belíssimos de nossos cotingas, encantando o observador também por seus hábitos.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
AVES VISTAS EM NOSSA VIAGEM ÀS SERRAS DE ITATIAIA E BOCAINA.
AVES VISTAS NA VIAGEM AO ITATIAIA À BOCAINA
Nossa excursão tinha como
objetivo principal o registro das
espécies de clima ameno, habitantes das serras elevadas dessas duas
cordilheiras da região sudeste: a Serra da Mantiqueira e a Serra da Bocaina.
Então, listamos as espécies
desejadas e comunicamos a nosso guia, o Hudson Martins, que nos garantiu que
algumas não seriam difíceis, enquanto que algumas outras espécies, teríamos de
contar com alguma sorte para vê-las.
Então, escolhemos a região da
serra em Itamonte, como nosso primeiro lugar para tentar essas aves de
montanha.
A saudade, também chamada de Assobiador, Lipaugus ater, é uma ave da familia COTINGIDAE, o que automaticamente já a credencia como uma ave "importante". Logo que foi chamada no play back pelo Hudson, vários exemplares acudiram das redondezas, inclusive duas fêmeas. Faremos uma postagem particular sobre essa ave.
Essa ave é o Cabecinha-castanha, Thlypopsis pyrrohocoma, é considerada como uma ave rara, apesar de ainda não oficialmente considerada ameaçada.
.