O Jardim Botânico de São Paulo é uma instituição fundada em 1928, dedicada ao estudo da botânica e divulgação da importância da natureza. Situado dentro da zona urbana da cidade de São Paulo, com diversos prédios e departamentos, o Jardim é muito visitado diariamente. Trata-se de uma venerável instituição com mais de 90 anos dedicados ao estudo da flora. Aproveitamos essa sexta-feira dia 12, para visita-lo e praticar nosso esporte, o birding já que o Jardim preserva uma área de mata atlântica dentro de seu território.
Uma das edificações dentro do Jardim.
Alameda de palmeiras imperiais.
A primeira ave que conseguimos registrar e fotografar no dia: o Gavião de cauda curta Buteo brachyurus.Trata-se de uma ave predadora que caça realizando voos altos e, ao localizar sua presa, no solo ou em galhos, despenca-se do alto sobre a vitima.
Localizamos esse belo Pica-pau-de banda branca Dryocopus lineatus, forrageando nas árvores dentro do Jardim.
Trata-se de um de nossos maiores pica-paus, atingindo o comprimento de 33 cm. Escava os troncos carcomidos à procura de larvas e insetos.
Esse pica-pau não está ameaçado, sendo registrado tanto em matas quanto em capoeiras.
Mas, em matas secundárias novas, naturalmente, as arvores são novas e como tal, não fornecedoras de arvores velhas e com cupins.
Dentro da Trilha suspensa de madeira, existente no interior da mata, pudemos ver um pequeno bando do Guaribas, Alouatta guariba.
Esse macaco, de bom tamanho, tem uma boa população no lugar. Porém, esteve ameaçado devido à febre amarela. Pelo visto, alguns exemplares não foram atingidos pela epizootia e continuam nos alegrando no lugar.
A trilha suspensa possibilita uma boa lição de educação ambiental. As pessoas ficam a poucos metros do interior da floresta, e podem visualizar como é a vida dos animais.
O interior da mata. Notar a abundancia das palmeiras, principalmente do palmito Euterpe edulis, uma das árvores dominantes na reserva.
A belíssima palmeira, Euterpe edulis, com seus cachos carregados de frutos. É uma palmeira tipica da floresta atlântica.
Seus frutos são muito procurados pelos tucanos, por psitacídeos, surucuás, e muitas outras aves.
Os coquinhos do palmito ainda não estão maduros, mas já estão caindo na trilha e algumas aves já aparecem.
No interior da mata, visto da trilha suspensa, conseguimos registrar e fotografar esse exemplar de Pichororé, Synallaxis ruficapilla.
É um furnarídeo florestal habitante das brenhas.
O interior sombrio e úmido da mata é o habitat ideal para as samambaias-açu, também chamadas de fetos arborescentes.
Na beira da mata, registramos outras aves.
A saracura do mato Aramides saracura procurava minhocas nos baixios úmidos.
O Neinei, ou Bem-te-vi de bico chato, Megarynchus pitangua, vocalizava muito na beira da mata.
O Sabiá-laranjeira, Turdus rufiventris, ave nacional do Brasil, é abundante no parque.
Terminamos nosso relato, agradecendo a todos que nos visitam!
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