Família tipica da região neotropical, esses passeriformes são constantemente confundidos com os pica-paus. Isso devido sua capacidade de escalar os troncos das árvores em busca de insetos de que se alimentam. A diferença dos pica-paus e que entre outras coisas, possuem o bico mole, que não serve para perfurar a madeira e, também, as penas das retrizes são duras para segurar o apoio nos troncos quando das escaladas. Geralmente são aves que habitam o interior da mata. Porém existem espécies campestres como o arapaçu do cerrado, que ainda não foi registrado aqui no ES. Mesmo sendo ave campestre, esse arapaçu de cerrado já foi registrado até mesmo no litoral do RJ, na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de família muito interessante. Aqui no ES, nossos arapaçus são todos do interior da mata. Recentemente tivemos a sorte e alegria de registrar os maiores, no lugar de mata denominada Serra do Limoeiro em Itarana.
O Arapaçu-de-bico-torto Campylorhamphus falcularius é ave extra ordinária e de bom tamanho. Comumente mede 24-25 cms. de comprimento. Como os demais é insetívoro e apresenta essa particularidade do bico curvo o que lhe dá certas vantagens ao buscar alimento em buracos das árvores.
Esse aí de cima é o nosso maior arapaçu. Mede cerca de 30 cms.Trata-se de Xiphocolaptes albicollis,o arapaçu de garganta branca; Não é ave rara, pode ser vista comumente em locais de matas bem preservadas e de maiores extensões. Obsevem na foto acima, as raques das retrizes, duras, que servem para o apoio no tronco.
O Arapaçu grande, Dendrocolaptes platyrostris também é ave de bom tamanho.Cerca de 26-27 cms. É mais discreto que o anterior, fazendo menos confusão e algazarra quanto procura alimento nas árvores. Habita os mesmos locais que os anteriores, locais de mata razoavelmente bem preservada.
Esses três arapaçus, os maiores da família aqui no ES, foram fotografados na mesma mata situada na serra do Limoeiro em Itarana o que demonstra que a floresta em questão é boa para essas aves.Nesse sentido podemos atentar para as exigências ecológicas dos mesmos. Trata-se de mata remanescente com muitas árvores originais da mata primária. Isto é fundamental para atender suas exigências: a existência de árvores velhas, carcomidas e cheias de cupins, formigas e outros insetos. Essas iguarias são procuradas pelos arapaçus que aí encontram comida em abundancia e de boa qualidade. Além disso, essas matas, contendo árvores velhas e muitas de grande altura, propiciam abrigos e esconderijos para colocar seus ninhos. Essas condições, juntas são muito importantes para a existência desses arapaçus. Mesmo que a mata em questão não seja muito grande.
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