EXCURSÃO ÀS SERRAS ALTAS DO SUDESTE: ITATIAIA E BOCAINA.
Entre os dias 24 e 27 de novembro, p.p., estivemos na divisa
dos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, em uma excursão de observação
de aves. Essa excursão foi planejada há tempos, e constou deste observador,
José Silvério, minha esposa, Aninha Delboni, a colega do COA/ES, Celi Aurora e
o guia de birding, Hudson Martins
Soares, da BirdRio, profundo conhecedor da região e seus bichos.
Foram vários os motivos de nossa excursão, o primeiro deles,
foi conhecer um pouco sobre algumas aves muito interessantes do alto dessas serras,
como a Saudade, Lipaugus ater, O
bacurau-tesourão, Hydropsalis forcipata
e o Gavião de sobre branco, Parabuteo
leucorrous. E tantas outras aves habitantes dessas regiões, de altas
altitudes, e até hoje, florestadas por uma mata extensão e alta, remanescentes
primários da mata atlântica.
Várias outras espécies são habitantes desses lugares, e,
também, apreciar as belíssimas paisagens e sua vegetação singular. Nessas
regiões, as altitudes chegam a mais de 2.700 metros como no Parque Nacional de
Itatiaia ou a 2.000 m. na serra da Bocaina.
Nossa viagem iniciou-se na localidade de Itatiaia, na parte
baixa, dai seguindo em direção ao Parque Nacional de Itatiaia, situado nos
contrafortes da belíssima Serra da Mantiqueira, A serra, em toda sua imponência
pode ser vista ao fundo nesta foto feita na Rodovia Pres. Dutra.
A belíssima paisagem da Serra da Mantiqueira ao fundo,
lembra as palavras de Charles Darwin, quando viu a mata atlântica: “ao fundo,
as matas ficam cobertas por um suave toque azul”.
O interior penumbroso da floresta. Lugar da Maria Leque do
Sudeste, Onychorhynchus coronatus.
Já nas altitudes acima de 2.000, a mata apresenta-se mais
baixa, com grande quantidade de bambus e taquaras. Lugar da Borralhara Mackenziaena severa, do Matracão, Batara cinerea e da Borralhara assobiadora Mackenziaena leachii.
Matas de altitude, próximas aos campos de altitude. Essas
matas possuem árvores mais baixas que na mata da encosta. As árvores alcançam
uns 12 m. de altura. É o lugar preferido da Saudade, Lipaugus ater, belíssimo cotingideo. Também é um local habitado
pelo Bacurau-tesourão, Hydropsalis
forcipata. Porém, não vimos essa ave em nossa viagem.
No alto da serra, a 2.500 m. de altitude, na zona de contato
mata-campo, surgem as formações de coníferas nativas, as araucárias, a Araucária angustifólia, o belíssimo
pinheiro brasileiro que é típico da região sul do país. No Itatiaia, em latitudes mais baixas, devido á altitude, ocorre nas matas nativas e com regeneração natural. É um dos pontos marcantes do limite norte dessa espécie magnifica de árvore no Brasil.
Ao fundo e antes do sopé da serra, pode-se ver uma floresta
jovem de araucárias, nativas da região.
Nas proximidades de uma pousada, a araucária imponente.
Na subida da Serra da Bocaina, as encostas tomadas pela
Floresta Atlantica!.
O belíssimo horizonte visto da Serra da Bocaina. Ao fundo,
pode ser vista a Serra da Mantiqueira. O espaço entre as duas cadeias de
montanhas é ocupado pelo eixo metropolitano Rio-São Paulo, as duas maiores metrópoles
do país.
Na próxima postagem, mostraremos as fotos das aves que
registramos nessa incrível excursão. Por enquanto, estamos tratando as imagens.
Muito obrigado pelas pessoas que nos honram com suas
visitas!!
Texto muito bem escrito, relata exatamente como é o lugar, com suas belezas e fascínio. Parabéns, Silvério, você descreveu com muita clareza o que presenciamos na viagem.
ResponderExcluirObrigado Celi, depois farei uma publicação sobre as aves reistradas em nossa excursão.
ExcluirBom, o lugar é realmente sensacional, eu moro aqui e conheço bem. O que foi relatado pelo Sílvério, eu assino embaixo.
ResponderExcluirObrigado por tudo Hudson. Todo o sucesso dessa expedição se deve a seu incrível talento em descobrir e atrair as aves para perto!
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