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terça-feira, 9 de agosto de 2022

EXPEDIÇÃO AMAZONAS 2022

 Retomando aos poucos nossas atividades de observadores-amantes das aves, havíamos programado desde meados de 2021 uma excursão ao Amazonas, a sermos guiados pela grande guia de Birdwatching, a amiga  Vanilce de Souza Carvalho.

Passadas  várias ondas dessa perigosa pandemia, finalmente tivemos a oportunidade de em 2022, voltarmos ao Amazonas, já que em 2017 fizemos nossa primeira viagem à Amazônia para observar aves. No dia 22 de julho embarcamos para Manaus, fazendo escalas no Rio de Janeiro (aeroporto Santos Dumont) e em Brasília (Aeroporto Juscelino Kubitscheck). Finalmente, chegamos a Manaus às 0,45 h do dia 23.



Nosso grupo "expedicionário": Vanilce, Celi Aurora, minha esposa Aninha Delboni e eu.

Iniciamos bem cedo nossas atividades, e, fomos primeiro à Torre do MUSA-Museu da Amazônia.



Motivo de muita alegria e publicação, na hora mesmo, no Instagran. ☝



Ainda nas dependências do MUSA>


O Café da manhã:

Suco de Cupuaçu com sanduiche de Tapioca e queijo!

👍






Estivemos em várias pousadas e trilhas, nos municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Iranduba e Novo Airão.


 Nas trilhas da Pousada Cirandera bela no município de Manacapuru, fizemos essas fotos típicas, com o celular.













A seguir, mostraremos algumas fotos de aves muito belíssimas! Posteriormente, faremos mais textos comentando sobre aspectos da observação e da vida natural de algumas dessas aves desse incrível "PLANETA AMAZONIA"!!

O INCRIVEL COTINGA ANAMBÉ AZUL: Cotinga cayana.




OUTRO COTINGA ESPETACULAR, O SAURÁ, Phoenicircus carnifex.





O  ARAÇARI-MIUDINHO, Pteroglossus viridis.




O BELISSIMO GALO DA SERRA, Rupicola rupicola. Uma das aves mais bonitas do mundo, comparável às Aves do Paraíso!

















O BELISSÍMO PAPAGAIO DA VARZEA, Amazona festiva.
















O INCRÍVEL  BEIJA FLOR TOPÁZIO DE FOGO, Topaza pyra.




































E, finalmente, mas não por ultimo, o INCRIVELMENTE BELO RABO DE ARAME, Pipra filicauda.

































Nos próximos dias, faremos algumas postagens relatando nossas impressões sobre as aves registradas. E não apenas dessas ai de cima, as belíssimas. Também aquelas aves muito interessantes mas que não conseguimos fotos boas e também das "aves cascudas", que talvez seja a maioria das aves da Amazônia: os pequenos pássaros das brenhas  e das margens dos rios, sempre irrequietos e muito difíceis de se fotografar.

MUITO  OBRIGADO AMIGAS, E AMIGOS QUE NOS VISITAM!! 👍👍👍💙💙

sábado, 2 de julho de 2022

Conhecendo a Saracura do Mangue, Aramides mangle!

 Saracuras e Sanãs são aves da familia Rallidae muito comuns no Brasil. Algumas espécies são muito populares como a Saracura dos Três Potes. São aves de comportamento desconfiado, que muitas vezes aparecem furtivamente á nossa frente à procura de alimento!

A Saracura do mangue, Aramides mangle é uma espécie de saracura de porte médio, recebendo esse nome popular por habitar preferencialmente os manguezais. Porém, já foi demonstrado que a espécie pode habitar, também, áreas de mata acima do manguezal como na restinga. Os exemplares que vimos, forrageando dentro do mangue, caracterizavam-se por serem muito ariscos, não se aproximando do observador, e mais que isso, fugindo rapidamente ao perceber a presença humana. 















Aramides mangle em seu habitat preferido: o interior do manguezal.


 Os registros da Saracura do Mangue, constantes no site Wiki Aves.

ttps://www.wikiaves.com.br/wiki/saracura-do-mangue

Pode ser observado que a  grande maioria dos registros são feitos na zona litorânea, coincidindo com os manguezais.

Nos estados meridionais, SC e RS, não há registros, ainda.







No manguezal existente no Campus da UFES, Universidade Federal do Espirito Santo, não é a saracura mais comum, porém, pode ser vista em algumas ocasiões. Recentemente temos observado o aparecimento de um jovem que tem se mostrado mais confiante que os adultos que normalmente visitam esse lugar.

Curioso é que já foi relatado por colegas do COA/ES, que essa saracura passa o dia forrageando no mangue, mas ao cair da tarde, procura as áreas mais altas de vegetação arbustiva onde passaria a noite. Tal fato corrobora noticias já divulgadas por observadores a respeito do habitat preferido por  Aramides mangle.


O Jovem, transitando na sombra das arvores do mangue.

Notar o pescoço de cor cinzenta forte,.







A ave aprecia muito os animalejos do mangue. Os caranguejinhos são verdadeiros petiscos e aqui, nosso herói se deliciando com um desses pequenos caranguejos.






As lamas do manguezal são uma fonte inesgotável de alimentação. Além de pequenos camarões e outros bichos, o mangue é muito rico em pequenos( e grandes!)  caranguejos que se constituem em um ótimo alimento dessa saracura. Outra saracura que vimos bastante nessas proximidades é a Saracura dos três potes Aramides cajaneus. É muito semelhante à saracura do mangue, porém, não entra dentro do mangue( pelo menos ainda não vimos esse comportamento por parte das três potes!). É relatado na página da espécie no Wiki Aves, que a espécie pode sobreviver até se a maior parte do manguezal foi retirado, contentando-se com áreas diminutas como 100 metros de extensão e com pouca vegetação!

Outra espécie de saracura muito frequente no lugar e que também se aventura dentro do manguezal é a Saracura matraca, Rallus longirostris. Muito loquaz, a Saracura matraca, responde agressivamente ao play back. Ao contrario de nossa heroína Aramides mangle, cuja voz é bem mais difícil de ser ouvida.

Apesar do nome popular de A. mangle como Saracura do mangue, em Inglês, a espécie que tem essa denominação é a nossa Saracura matraca, cujo nome inglês é Mangrove rail. Isso porque, a Saracura matraca habita o mesmo ambiente e talvez seja ainda mais fiel ao mangue que Aramides, ocorrendo exclusivamente na costa marítima.


A Saracura matraca, Rallus longirostris, dentro do manguezal (também!) e com um caranguejo no bico. Foto tirada no mesmo Manguezal da UFES.





Agradecemos às pessoas que nos honram com suas visitas!!





quinta-feira, 16 de junho de 2022

Retorno ao Parque da Fonte Grande com mais espécies de aves!

 Localizado bem no meio da cidade de Vitória e com remanescentes se prolongando pelo espigão central da Ilha de Vitória, o Parque Estadual da Fonte Grande tem atraído a atenção dos passarinheiros e passarinheiras do COA, Clube de  Observadores de Ave do Esp. Santo.















Vista de parte da cidade de Vitória, de um dos mirantes do parque.

Temos participado de algumas dessas excursões, e relatamos a ocorrência das aves a seguir, que foram fiotografadas;


Foi com alegria que constatamos o Japu, Psarocolius decumanus com uma pequena e estável população dentro do parque. Nesse dia, 3 de junho pp. vimos cerca de oito indivíduos perambulando no local conhecido como Mirante Recanto da Floresta.

Um dos Japús, calmamente numa arvore exótica de eucalipto.










No mirante, onde pode-se ficar mais próximo da mata, possibilitando maior chance de se registrar espécies florestais,








Caneleiro preto, Pachyramphus polychopterus.











Saí-andorinha, Tersina viridis.










Saíra ferrugem, Hemithraupis ruficapilla.









Mariquita, Setophaga pitiayumi.









Tiê -preto, Tachyphonus coronatus.









Gavião urubu, Buteo albonotatus.










 

Gavião de rabo branco Geranoaetus albicaudatus.









Gavião de cauda curta, Buteo brachyurus.









Gavião urubu, Buteo albonotatus.











 

Saíra ferrugem, fêmea, Hemitharaupis ruficapilla.












Saí-azul, Dacnis cayana.










Beija flor Rabo branco mirim, Phaetornis idaliae.









Encerramos assim essa apresentação de aves do Parque Estadual da FONTE Grande em Vitória-ES, Brasil.

Agradecemos as pessoas que nos honram com suas visitas e permanentemente estaremos postando aqui mais dados e fotos sobre a fauna desse parque,



















quinta-feira, 26 de maio de 2022

BIG DAY no Parque Estadual da Fonte Grande.

 No dia 14 de maio p. p., estivemos junto com o pessoal do COA- Clube de Observadores de Aves do Espirito Santo, no P.E. da Fonte Grande, área preservada situada dentro do município de Vitória e nas montanhas circundantes à cidade.

O Parque da Fonte Grande, com a cidade ao fundo.

O Parque Estadual da Fonte Grande, situa-se dentro dos limites do município de Vitória, e possui uma área de pouco mais de 217 hectares e faz parte do corredor do maciço central da ilha de Vitória. Sua altitude é variada mas a parte mais visitada, inclusive com belos mirantes, possui uma altitude superior aos 300 metros.
É um parque bem administrado pela Prefeitura de Vitória, mas, infelizmente, existem problemas para sua utilização de forma plena pela população. Bem vigiado e fiscalizado, porém, fica próximo a rotas de trafico de drogas e em alguns pontos, por vezes podem ser observados bovinos dentro dos limites do parque. O Parque carece de ser melhor divulgado pela municipalidade, inclusive com a disponibilização de transporte, já que as distâncias dentro do parque são grandes.
Possui uma boa amostra de mata atlântica secundária, apesar de pequena, pode ser representativa de nossa fauna, contribuindo para a proteção e refugio de algumas espécies.

Parte da turma de passarinheiros presentes ao local.













Apesar de pequeno, o parque apresenta boas manchas de matas mais altas, em estagio mais avançado de sucessão vegetal.










Toda a vegetação do parque é formada por matas secundárias. Algumas áreas mostram árvores maiores, que poderiam propiciar maiores espaços para aves mais exigentes!
















Essa belissima árvore é conhecida como "Abre-Có-de-macaco", Couroupita guianensis é nativa da Amazônia e foi levada para outras regiões do Brasil onde se adaptou muito bem.














O  Parque fica dentro da zona urbana do município de Vitória, em área de encostas com altitudes que chegam a superar 300m. A importância de áreas florestais dentro da zona urbana é ressaltada por muitos estudiosos. Quanto à preservação, tais áreas podem ajudar muitas espécies, porém, as espécies mais exigentes, com certeza não encontram abrigo nesses enclaves, devido seu tamanho pequeno, ou então, devido ao barulho e desassossego da cidade. Tanto que nossas excursões de birding nesse parque, mostram a pouca quantidade de espécies registradas! Em trabalho realizado em 2007, o renomado professor e ornitólogo, José E. Simon e sua equipe, constataram 120 espécies de aves nesse parque. Posteriormente, mais algumas espécies foram registradas aumentando esse número. Porém, várias espécies citadas no trabalho de SIMON, ainda não foram fotografadas e ou registradas por observadores de aves.

NOSSA  LISTA DO  BIG  DAY:

Cathares aura                       Urubu de cabeça vermelha.
Coragyps atratus                  Urubu de cabeça preta.
Rupornis magnirostris          Gavião carijó
Buteo albicaudatus               Gavião de rabo branco.
Buteo albonotatus                 Gavião urubu
Caracara plancus                  Carcará
Milvago chimachima             Carrapateiro
Falco rufigularis                    Cauré
Columbina talpacoti               Rolinha
Columba livia                          Pombo doméstico
Pionus maximiliani                 Maitaca verde
Chlorostilbon aureoventris      Besourinho de bico vermelho
Picumnus cirratus                   Picapauzinho
Myrmotherula axillaris           Choquinha de flancos brancos
Todirostrum cinereum              Relógio
Elaenia flavogaster                 Guaracava de barriga amarela.
Tolmomyas flaviventris            Bico chato amarelo
Myiozetetes similis                   Bemtevizinho de crista vermelha
Pitangus sulphuratus               Bem te vi
Tyrannus melancholicus          Siriri
Troglodytes musculus              Corruira
Turdus leucomelas                   Sabiá barranco
Coereba flaveola                      Cambacica
Thraupis palmarum                  Sanhaçu do coqueiro
Dacnis cayana                           Saí azul
Sicalis flaveola                          Canário da terra
Parula pitiayumi                        Mariquita
Psarocolius decumanus              Japu
Euphonia violacea                     Gaturamo
Euphonia chlorotica                   Fim Fim
Estrilda astrild                           Bico de lacre

Então, apenas 30 das 120 espécies foram anotadas pelos observadores nesse dia de BIG DAY. Porém, houve o registro de um lifer para a região e para o município de Vitória. Trata-se do Beija flor  Balança rabo de bico torto, Glaucis hirsutus.

O Beija flor, Glaucis hirsutus, fotografado pelo membro do COA, Fabricio Reis Costa. Pela primeira vez fotografado no município de Vitória.










O Gavião urubu, Buteo albonotatus.

Já várias vezes registrado nesse local.










O Urubu de cabeça vermelha, Cathares aura.














Gaturamo verdadeiro, Euphonia  violacea.

















Duas maritacas, Pionus maximiliani, empoleiradas no topo das árvores.

















Sauins ou Saguis de cara branca, Callithrix geoffroyi são comuns no parque.














Belíssimas borboletas de cores azuis movimentam-se dentro da mata.















COMENTÁRIOS SOBRE PASSARINHADAS NO P.E. FONTE GRANDE:

A área do Parque da Fonte Grande não comporta um grande número de espécies, visto ser de apenas 217 hectares. Porém, a área total florestal é maior, ocupando todo o espigão central da Ilha de Vitória, alcançando mais de 1.000 hectares. Trata-se de uma floresta secundária, com trechos em vários estágios de vegetação. Uma das partes mais altas dessa mata fica próxima ao mirante da mata. 

A Lista de aves registradas nessa região, foi elaborada pelo Prof. José Simon e, dela constam algumas aves importantes se considerarmos que estamos dentro de uma cidade de 400.000 habitantes e zona metropolitana de mais de 1 milhão! Entre as aves registradas pelo professor por ocasião de seu trabalho publicado em 2007. com o título: "Comunidade de aves no Parque Estadual da Fonte Grande, Vitória, ES, Brasil" e disponível na Internet, são listadas 120 espécies, algumas até raras e consideradas como ameaçadas, como  o Gavião pombo pequeno, Amadonastur lacernulatus. Espécie essa, que nós mesmos também já vimos lá no parque. Outra ave florestal citada e com alguns indivíduos vivendo ou aparecendo no parque é o Japu, Psacolius decumanus. Dos psitacídeos, o estudo cita a Maracanã, Primolius maracana e  o periquito rico Brotogeris tirica. Ainda não registramos esses dois psitacídeas na área do parque, porém, confirmamos que já os vimos em outros lugares do município, como o campus da UFES para a Maracanã e as proximidades de Fradinhos, onde o periquito rico é visitante frequente. O Beija flor Glaucis hirsutus foi citado no trabalho de Simon, portanto, já citado para o município. Entre os tiranídeos, o trabalho cita o registro de  Ornithion inerme, o Poiaeiro de sobrancelhas e outras aves ainda não registradas por fotografias e que podem tratar-se de registros transitórios ou migrantes como a Guaracava de crista branca Elaenia albiceps, também citada no trabalho de Simon.

O Parque  atrai a atenção de observadores pelos registros ainda não confirmados visualmente, mas já ouvidos no lugar, como a Araponga Procnias nudicollis e o Gavião pega macaco Spizaetus tyrannus. 

Nesse Big Day, ouvimos ao longe a vocalização do Gavião pega macaco, mas, tendo em vista a importância desse registro, a confirmação visual se faz necessária. E Quanto à Araponga, há relatos por parte da guarda do local já ter avistado duas. Também, o registro que temos são duas vocalizações gravadas pelo colega Pedro da Ross em outubro de 2019. Mas, nesse mesmo dia do Big Day, o colega Fabricio Reis Costa também conseguiu uma vocalização dessa ave.

Se em termos gerais a avifauna do parque não é muito representativa, comparada a outras reservas, lembramos que o abrigo a algumas dessas aves, como a Araponga, o Japu, o Gavião Pombo pequeno e a Maracanã, já garantem uma importância grande a essa unidade de conservação situada no coração da capital do Espirito Santo. Inclusive, inspirando dentro do COA/ES motivação para se fotografar essas aves em novas excursões.

Agradecemos às pessoas que nos visitam!
muito obrigado!
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