A primeira vez que vimos uma picaparra, Heliornis fulica, foi no ´Pantanal norte de Mato Grosso, no ano de 2018, quando conseguimos a primeira foto dessa espécie. A ave, espantadiça por natureza, alçou voo logo a frente de nosso barco e com muita sorte consegui uma foto.
José Silvério Lemos Blog sobre Observação de aves. Foto: campos de altitude, com Chusquea pinifolia, Serra do Caparaó, ES/MG.
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sábado, 20 de dezembro de 2025
Conhecendo a Picaparra, Heliornis fulica.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2025
Observando aves no cerrado de MG.
Entre os dias 17 a 19 de novembro de 2025, estivemos em Pompeu- MG, acompanhados pela Aninha e o amigo José Silvestre Vieira. Apesar das pancadas de chuva que caíram durante nossa estadia no lugar, fizemos boas observações sobre as aves, conseguindo fotografar a maior parte das espécies visadas. De nossa lista de espécies não conhecidas ainda, deixamos de encontrar apenas a Águia cinzenta, Urubitinga coronata, o Fruxu- do- cerradão, Neopelma pallescens, o Macuru Nonnula rubecula, a Saracura carijó, Pardirallus maculatus, as codornas e algumas espécies ocasionais.
Infelizmente a vegetação nativa, que é o cerrado, vem sendo rapidamente substituída por extensas plantações de eucaliptos. cana e outras ,monoculturas, o que já se faz sentir com a dificuldade de se acessar os locais onde ocorrem as aves. Para encontrar a maioria dessas espécies, somente com ajuda dos guias e após deslocar muito até os pontos conhecidos onde encontram-se as aves. Passamos portanto a publicar algumas espécies de aves registradas, com comentários acerca do que observamos.
Peitica de chapéu preto,. Griseotyrannus aurantioatrocristatus, essa foto foi tirada de dentro da zona urbana de Pompeu. Mostrava a ave pousada em fio de eletricidade, após chuva e vocalizando bastante. Ficamos com a impressão de não ser ave rara e ou ameaçada, mas um tiranideo adaptável.
A belíssima, Maracanã- pequena Diopsittaca nobilis, apareceu apenas uma vez em nossa excursão: junto a uma vereda de buritis, onde pudemos ver outras aves típicas como a Maracanã do buriti e o Andorinhão do Buriti.
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Notas sobre o bacurau da telha.
O Bacurau da telha, Hydropsalis longirostris é uma ave da família Caprimulgidae, ou seja a família dos bacuraus, curiangos. Em média possui cerca de 23 cm. de comprimento. Trata-se de uma ave de coloração escura, com os machos possuindo as retrizes com acentuada cor branca, o que falta às fêmeas.
imEsse exemplar, talvez uma fêmea, fotografamos no Parque Nacional do Caparaó, portaria Pedra Menina. Há mais de 2.000 metros de altitude, na estrada de terra próxima ao acampamento da Macieira.
Como todo bacurau, logo ao crepúsculo, ele sai de seus abrigos para suas atividades, de alimentação e canto. Esse bacurau possui um canto suave e melodioso. É um insetívoro convicto, alias, como toda a família.
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Aves registradas em Gramado-RS, e a natureza do lugar.
Entre os dias 11 a 15 de outubro, pp. estivemos em Gramado, serra gaúcha, junto com a família para conhecer a cidade e passar dias agradáveis no lugar. É claro, que, para um passarinheiro, uma oportunidade de conhecer lugar diferente, significa também, possibilidade de ver e registrar AVES diferentes!
E como tal, levei na mochila binóculo e câmera para a oportunidade de fazer algum registro interessante!
Então, fui com o Swarovski 8x30 e a Canon R7, mas acompanhado da lente 300mm f/4, ao invés da RF 100-500mm., fato este que depois me decepcionou um pouco. Por melhor que seja a lente de 300mm, para o birder -fotografo, o ideal é uma maior distancia focal quando as aves estão longe, e foi o que ocorreu.
Mas, primeiro, algumas notas sobre a natureza do lugar. Gramado situa-se a cerca de 800m. de altitude e seu clima é classificado como Cfb, isto é, um clima temperado oceânico, com geadas frequentes e com eventual queda de neve no inverno. Sua vegetação é muito bonita, com um verde intenso e a mata atlântica ocupando todas as encostas. A região ainda é bastante florestada, com ocorrências de algumas aves do interior da mata atlântica. Não praticamos observação convencional, pois ficamos apenas no hotel e em alguns passeios pelo município. Mas, mesmo assim, conseguimos apreciar a beleza da natureza do município. A vegetação remanescente é dominada pela floresta com araucárias, tendo em seu sub-bosque outras espécies muito interessantes, como o Pinheirinho -bravo, Podocarpus lambertii, outra conífera nativa do Brasil e que pode ser encontrada em florestas de altitude.
Imagens do Pinheirinho, ou Pinheiro- bravo, Podocarpus lambertii, encontrado nas margens do Lago Negro em Gramado.☝☝
E as florestas com araucária, Araucaria angusifolia, remanescentes da mata original, são belíssimas, apresentando quase sempre arvores maduras e com a copa típica. 👇
Com essas pequenas considerações sobre as belíssimas florestas remanescentes com araucárias, passemos a falar sobre as aves que avistamos e também algumas que não vimos, mas registramos pelo som.
Nossas observações de aves foram feitas no próprio hotel onde ficamos hospedados. O Hotel possui, em sua área traseira, de uma vizinhança com uma mata de bom tamanho, Foi lá que registramos várias espécies ou observamos algumas que passavam voando sobre a região.
O Ameaçado Papagaio de peito roxo, Amazona vinacea, também "deu as caras" nas vizinhanças do hotel, enestavamos lá ´para registrar.
domingo, 5 de outubro de 2025
Conhecendo o Anumará, Anumara forbesi.
Em nossa recente viagem ao Caparaó, aproveitamos para dar uma passeada até o município de Alto Jequitibá em Minas Gerais, para tentar conhecer o Anumará, Anumara forbesi, um enigmático icterídeo, habitante de pouquíssimas localidades, em Minas e no nordeste!.
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Algumas Aves incríveis registradas em nossa recente excursão ao Caparaó.
Mencionamos em nossas postagens anteriores, que, entre os dias 18 a 22 de agosto passados, fizemos uma ótima excursão à serra do Caparaó, na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Espirito Santo. Já fizemos esse percurso em outras épocas, sempre com muitas histórias sobre esses lugares. São lugares mágicos, montanhas muito altas, com vegetação muito interessante e que possuem uma fauna também muito atrativa. Sempre fico deslumbrado ao contemplar a variação da vegetação, desde a mata alta localizada nas partes mais baixas há uns 1.000 m. ate os campos de altitude com outro tipo de vegetação. E a população de aves acompanha essas mudanças! Aves que habitam a mata alta não chegam até os campos, obviamente, e o mesmo se dá com os moradores dos campos.
A seguir, mostraremos algumas das aves registradas nessa excursão.
O Bacurau da telha, Hydopsalis longirostris: avistamos esse belo bacurau pousado na estrada de terra logo após a localidade de Macieira, Ave muito interessante, que não é muito fácil de ser registrada. Mesmo não sendo considerado como ameaçado, é uma ave que chama atenção por seus hábitos. Vive mais em regiões rupestres e locais de altitude, como vimos no Caparaó. Estava nesse local a 2.000 m. de altitude.
Saíra -lagarta, Tangara desmaresti, é uma saíra típica de lugares de altitude, geralmente acima de 1.000m. No Caparaó, vimo-la na região de matas, onde busca seu alimento sempre em bandos. Habita a região das matas de altitude, não sendo vistas nos campos de altitude.
A Garrincha chorona, Asthenes moreirae é famosa habitante dos campos de altitude das regiões altas do Brasil. Essa ai foi clicada nos campos da Macieira, há mais de 2.000m. Ave endêmica dos campos de altitude da região sudeste do Brasil. Forma pequenos grupos e movimenta-se entre os arbustos dos campos coletando sua alimentação: insetos e também pequenos frutos.
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
A Incrível Borralhara-assobiadora, Mackenziaena leachii.
Uma das aves mais ouvidas no Parque Nacional da Caparaó, nessa época do ano, agosto e setembro, é, certamente, a Borralhara assobiadora, a Mackenziaena leachii. Trata-se de ave pertencente à família Thamnophilidae, grupo de aves que antigamente eram englobadas na família Formicariidae.
Nas montanhas onde ocorre, não é rara e nessa época do ano, já começo da estação reprodutiva, podemos ouvi-la constantemente. Essa espécie, inclusive não é mencionada em nenhuma categoria de ameaça. Alimenta-se de insetos que captura nas brenhas onde se movimenta, mas também preda pequenos anfíbios e, desconfia-se que aprecia também ovos e filhotes alheios! Visita todos os locais da floresta. Apresenta-se até mesmo nos campos de bambuzinhos, Chusquea pinifolia, a mais de 2.000 metros de altitude e acima da linha das florestas, como vimos nas proximidades do local conhecido como Macieira.
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| Bambuzinho, Chusquea pinifolia. Há 2.000 m. de altitude: até aqui ouvimos a Borralhara assobiadora! |
Infelizmente não encontramos na literatura maiores detalhes sobre a alimentação e ou nidificação dessa espécie. Efetuamos pesquisa com as fotos publicadas até esta data, no site Wiki Aves, e observamos várias fotos das aves se alimentando. Foram 4 fotos com as aves predando borboletas e ou libélulas, 03 fotos com formigas no bico, e 5 fotos com lagartas e também 02 fotos com a ave se alimentando de pequenas anfíbios, pequenas rãs. Mas não vimos nenhuma foto do ninho ou da ave nidificando. No livro Pássaros do Brasil, Eurico Santos nos informa que, os pesquisadores, H. Von LHering e Berlepsch, "as acusam de pilhar ovos e filhotes em ninhos alheios, o que não será de duvidar, pois muitas espécies da família também possuem esse mal costume".
Isso demonstra que temos muitas coisas a estudar sobre nossas aves!
Muito obrigado, pessoas gentis que nos visitam!!
























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