Turdus leucomelas, o Sabiá barranco, originalmente considerado uma ave florestal, ou como diz o Wiki Aves, uma ave semiflorestal, adaptou-se muito bem no ambiente urbano arborizado como o bairro Jardim da Penha em Vitória.
Como o bairro é bastante arborizado e ainda limita-se com áreas verdes próximas como o mangue do campus da UFES, presumimos que essa adaptação processou-se de forma muito calma e natural.
Recentemente fui surpreendido com a ave nidificando no prédio onde moro. A ave escolheu para colocar seu ninho em uma bifurcação de encanamentos na área comum do prédio.
É o único turdídeo aqui no nosso bairro. No campus da universidade, aqui próximo, ele tem a companhia do sabiá poca, Turdus amaurochalinus, e, até o momento, são os únicos sabiás que já registrei aqui nessa parte da cidade. Até mesmo o Sabiá laranjeira, Turdus rufiventris, tão citado para muitos locais, ainda não o vimos por aqui.
Em seu livro Passaros do Brasil, Eurico Santos, cita esse sabiá, e diz que "É cantor de boa escola e, quando a vidinha lhe corre bem, com um olho muito esperto para os frutos e o outro namorando a jovem companheira, encarapita-se numa grimpa e, embocando a sua flauta, atira para o anfiteatro amplo da mata ou da campina a sua canção límpida. É um elogio rimado ás delicias da vida, ao amor e aos frutos capitosos, mas com uma pontinha de romantismo, sentimentalismo de poeta. Canto esse, que os caboclos, ás vezes interpretam com motivos tristes e saudosos, como sendo um "Eu plantei e não nasceu, apodreceu, frio, frio".
Então, são essas as nossas impressões desse vizinho simpatico e que, algumas vezes, nos surpreende também com um sinal de alerta arranhado e rascante, assustado, como se quisesse nos prevenir de algum perigo!
Muito obrigado pessoas que nos visitam!!
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