Hoje, primeiro dia do feriadão, fui até Chaves para observar e fotografar aves. Munido do Leica 8x32 e da camera Canon EOS XS, fiz boa observação apesar do dia muito nublado.
Desde 1987 ( 07-1-87!!) vou a Chaves atrás de aves. O local é admirável e sempre surpreendente. Não deveria surpreender porque a paisagem do lugar é de muita mata secundária. Vejam só: CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIAR.
Essa mata, como já disse, mata secundária, abriga muitas espécies de aves e mamiferos. Algumas árvores frondosas sobressaem-se na paisagem, como estas abaixo:
Algumas árvores, são notórias por fornecer muito alimento para as aves, como essas a seguir, a imbaúba branca e as canelas:
Os locais onde observamos as aves são as trilhas e estradas existentes no lugar, que inclusive, servem como estradas de ecoturismo patarocinado pela pousada cachoeira parque existente no lugar. Foto de uma destas trilhas:
Duas belezas do lugar, a primeira, a sempre admirada cachoeira de chaves ou também chamada de "véu-de-noiva" e também um dos pomares vizinhos dos morros, nessa época sempre coloridos pelos pés de mexerica maduras:
A observação mesmo começou prometendo apesar do dia nublado. Ví um urubu sobrevoando, meio esquisitão e desconfiei! Só isso já dá para imaginar como o céu estava nublado! Pus o Leica em ação e ví que não era urubu nenhum e sim o gavião pomba grande Pseudastur polionota, imediatamente passei para a camera e tentei tirar uma foto mas o foco automático não conseguiu achar o bicho de jeito nenhum!(??). Então coloquei no manual. Mas o gavião já tinha sumido. Ficou o registro. Chegando na encosta onde tem esses pés de mixirica, pude ouvir com grande alegria a voz da mata atlantica, a araponga Procnias nudicollis, uma de nossas mais belas e extraordinárias aves. Fiquei curioso, pois hoje é dia 23 de junho e ela já começou a "bater", prenunciando que nessa estação próxima vão ser muitos os casais se acasalando. Então, num relance furtivo, apareceu um tucano de bico preto. Ramphastos vitellinus e desta vez eu cheguei a tempo. Pena que a foto não ficou nitida mas foi devido a rapidez da cena:
Os bichos estavam apressados neste dia, seria dia de jogo? Pois logo depois ouví japús , Psarocolius decumanus cantando no meio dos pés de mixirica mas não os ví. Como estava uma algazarra na estrada, com centenas de guaxes tagarelando, pensei que os japús estavam lá também e estavam mesmo. Um deles fugiu voando acima da mata e eu pimba: capturei no reflexo de novo:
A foto não ficou boa, com a ave parecendo um pontinho preto no meio do verde, mas sugiro clicar encima para ver em tamanho maior. Ao clicar dá pra ver a "flecha" acima da mata!. Depois, as aves ficaram mais calmas e pude fotograr muitas em poses melhores. Vamos lá:
um trinca ferro, Saltator maximus:
O caneleiro castenho, Pachramphus castaneus:
O cabeçudo, Leptopogon amaurocephalus:
O assanhadinho, seu nome deve-se a sua impertinente maneira de se apresentar, sempre "qeurendo aparecer",saltitando,Myiobius atricaudus:
Uma das aves mais interessantes, por ser ave só da mata, onde percorre as copas atrás de insetos, o limpa folhas, Philydor rufum: ´não é um pássaro fácil de se fotografar.
Um pica pau bufador, Piculos flavigula, tem esse nome porque vocaliza bufando dentro da mata:
Mais aves, em lotes, primeiro o sabiá do barranco, Turdus leucomelas, depois uma femea da rendeira, Manacus manacus. Possui esse nome devido ao ruído instrumental que faz ao voar, devido ao atrito das penas da cauda e uma alma de gato, Pyaia cayana, serena e calma no escondido da mata.
Além das aves, pude ver dois mamíferos, o sauim ou mico e um esquilo caxinguelê. Fotografei o sauim, Calitrhix penicillata: pois o esquilo estava muito arisco.
Já no final, retornando para o estacionamento, pude ver um sofrê, Icterus jamacaii, ocupado em bisbilhotar um ninho de graveteiro Phacellodomus rufifrons:
Um dia que parecida que ia dar errado acabou sendo muito produtivo com as aves, mas com aves sempre temos alegrias. Um abração aos meus seguidores.
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