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quinta-feira, 24 de abril de 2025

CENSO SOBRE O Papagaio de peito roxo, Amazona vinacea.

 


Amazona vinacea, o Papagaio de peito roxo é considerado como uma ave ameaçada de extinção, na categoria EN, o que significa que se os esforços de conservação não forem suficientes, em um curto período de tempo, essa ave magnifica poderá estar extinta na natureza.

Registramos esse papagaio recentemente, em Campos do Jordão- SP, nas datas de 4.10.2024. Mas, já antes havíamos registrado em 2017, 2016,2015 e 2013. Os registros sonoros chegaram a 9, a maioria na região oeste do ES, municípios de Laranja da Terra, Itarana e Afonso Claudio.

A Foto feita em Campos do Jordão, do Vinacea pousado no cimo de uma araucária.

Nessas ocasiões, percebíamos que o Vinacea era mais raro que o Chauá, Amazona rodocorytha. Pela manhã, não era muito difícil ouvir sua voz rouca nos altos dos morros e depois, passavam voando, às vezes dois ou então alguns poucos indivíduos vocalizando e cruzando os céus.

Agora, com esse censo, esperamos que alguma luz seja jogada sobre o futuro desse papagaio e que essa luz seja de esperança.

OBRIGADO amigas e amigos que nos visitam!!!



quarta-feira, 23 de abril de 2025

O Maçarico de asa branca, Tringa semipalmata, ainda está aqui!

 Tringa semipalmata, o maçarico de asa branca, continua aqui em Vitória! Trata-se de espécie migratória, que vem do norte da América do Norte: USA e Canadá. Temos visto aqui apenas um individuo (?), que tem nos despertado curiosidade. Observando as fotos postadas no Wiki Aves, percebemos que são poucos os registros a partir do dia 20 de abril aqui no Brasil.


Foto do Tringa semipalmata, feita hoje dia 23.4.25 na Ilha do Boi.

Após o dia 25 de abril, temos registros (fotos) no próprio dia 25, em 8 de julho e 20 de julho, e vários registros posteriores, mas fora do Brasil.



Tringa semipalmata no mesmo local, em foto de 25-3-2025:  Seriam indivíduos diferentes?

É sabido que chegada a época de reprodução essas aves migratórias voltam a seus países de origem. Tanto assim que notamos esse individuo com plumagem supostamente já de reprodução, que fotografamos no dia 25-3-2025  na ilha do Boi.

Nessa nossa excursão de hoje, parece tratar-se até mesmo de outro individuo (?) da mesma espécie, pois, já com plumagem nupcial.

De qualquer forma continuamos vigiando nosso Tringa,  curiosos a respeito de sua estadia aqui na capital do ES.

OBRIGADO, pessoas que nos visitam!!!



domingo, 13 de abril de 2025

Nova pousada para os Colhereiros: o Campus da UFES.

 O Colhereiro, Platalea ajaja é uma ave de grande beleza, principalmente devido a seu bico em forma de colher e sua belíssima plumagem cor de rosa. Essa plumagem cor de rosa torna-se mais intensa na época reprodutiva e, advêm em grande parte, da alimentação da ave, rica em substancias chamadas de carotenoides.

Com seu bico em forma de colher, a ave peneira a agua à procura de alimento, peixinhos, pequenos caranguejos, camarões, insetos, etc. É uma ave de tamanho grande, geralmente medindo entre 68,5 cm a 86,5 cm e pesando e entre 1.150 e 1.400 gramas.(Wiki Aves). Tem vasta distribuição geográfica, abrangendo desde o sul dos EUA até a Argentina.


Presumimos que sua população tem se recuperado. Aqui na região da grande Vitória, o primeiro registro que fizemos dentro da capital foi em 09.6.2013, quando registramos esse pequeno bando mariscando no mangue localizado ao lado do campus da UFES:


O primeiro registro para o município de Vitória: 09.6.2013.


Desde então, temo-lo registrado em algumas ocasiões na maré baixa. E agora, pelo que percebemos, essa linda ave está diariamente habitando a lagoa dentro do Campos da Universidade, atrás da biblioteca central.


Já chegamos a ver dois indivíduos nessa lagoa.

Se confirmadas nossas premissas, de que a ave estaria voltando e aumentando sua população na área urbana da capital, é um motivo de comemoração para os amantes e observadores das aves.


Muito obrigado às pessoas que nos visitam!

terça-feira, 8 de abril de 2025

Setophaga striata: uma nova espécie para o ES.

 A Mariquita de perna clara, Setophaga striata, é uma ave pequena, medindo de 12 a 15 cms., da familia Parulidae. Recentemente, tivemos a sorte de encontra-la, dentro do campus da UFES, Universidade Federal do Espirito Santo. Observamos nesse encontro, que essa mariquita aprecia perambular pela vegetação acompanhada de aves parecidas. Essa perambulação são atividades de forrageio, onde a ave procura e se alimenta de frutinhos e, talvez, insetos. Aqui conosco, vimo-la junto a pequenos bandos de Figuinha do mangue, Conitrostrum bicolor, apesar de ser mais próxima à mariquita comum, Setophaga pitiayumi.

Foi o primeiro registro dessa avezinha migratória no Espirito Santo e um dos colegas, o Fabricio Reis Costa,  membro do COA-ES, foi quem teve a primazia de registra-la pela primeira vez, alertando os demais colegas sobre sua raridade e a excepcionalidade do registro.


Esse individuo é uma femea, não conseguimos ver o macho. Supomos que apenas esse individuo chegou até nossa cidade. Segundo o Wiki Aves:

"É a visitante mais comum do gênero, ocorrendo em bordas e clareiras de florestas e em áreas abertas e esparsas e, às vezes, em parques urbanos arborizados.

A mariquita-de-perna-clara realiza a mais longa migração dentre as espécies deste gênero, com alguns indivíduos viajando mais de 8.000 km do Alasca até o Brasil (Williams et al., 1977, Nisbet et al., 1995).

Parte da rota migratória se dá sobre o Oceano Atlântico a partir do nordeste dos Estados Unidos para Porto Rico, Antilhas, ou o norte da América do Sul. Estas aves mantêm médias de 2.500 km sobre o mar, necessitando de um voo potencialmente sem escalas por até 88 horas. Para alcançar este voo, a mariquita-de-perna-clara praticamente dobra sua massa corporal e tira proveito de uma mudança na direção do vento predominante para encaminhá-la ao seu destino no hemisfério sul."

 Por todas essas particularidades, o encontro dessa Mariquita em nossa cidade causou alvoroço entre a comunidade de observadores. O primeiro registro, feito pelo Fabricio, foi em 26 de março e, até hoje, 08 de abril, temos noticia de novos registros da ave no local em que tem aparecido.

Esse registro, bem como o registro do Piui verdadeiro do leste, Contopus virens, feito em fevereiro p.p., vem ressaltar ainda mais a importância da atividade de Observador de aves. Plataformas como o Wiki Aves são cada vez mais consultadas e adquirem uma grande importância para se saber a flutuação e a situação de campo para muitas espécies de aves. É uma ave rara, está ameaçada ou é abundante? Somente esse trabalho em rede, de verdadeiras "formiguinhas" que são os observadores, podem responder com dados e fotos sobre essas perguntas.

Sigamos, portanto, com nosso trabalho, e, porque não dizer? também nosso lazer de observar aves que, mesmo ainda não reconhecido por alguns, demonstra cada vez mais sua importância no conhecimento e na ajuda para proteger nossas aves!

Obrigado pessoas! Agradecemos às pessoas que nos visitam!!