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quinta-feira, 13 de abril de 2017

AVES FANTÁSTICAS DA AMAZONIA II

Prosseguindo com nossa apresentação de algumas aves amazônicas, registradas em nossa recente excursão de passarinhadas.:

 A Arara canga, Ara macao, aparaceu em várias ocasiões. Nessa aqui, estávamos no alto da torre do MUSA-Museu da Amazônia, quando sobrevoaram a mata e fomos obrigados e clica-las!
 O Bate-Para, Attila bolivianus, é ave da família Tyrannidae e tem um canto muito parecido com o Attila rufus do SE do Brasil. Ave muito bonita e de voz forte e alta.

 Vimos três espécies de papagaios, o moleiro Amazona farinosa, o papagaio curica Amazona amazônica  e esses dois aí, o papagaio Diadema Amazona autumnalis, ave muito bonita e de voo gracioso. Posteriormente vimos mais alguns indivíduos. A população da Amazônia brasileira é considerada como população disjunta uma vez que a distribuição da espécie vai do México até a Venezuela. 
O Tucano grande de  Papo branco, Ramphastos tucanus, é ave comum, sendo registrado em todas as localidades em que visitamos. Pode ser considerado uma das vozes mais ouvidas da Amazônia e sua distribuição alcança toda a região.
 Esse gracioso Pica-pau, é o Pica-pau de colar dourado, Veniliornis cassini, registrado na localidade de Ramal do Pau Rosa, próximo a Manaus.
A Pomba-Botafogo, Patagioenas subvinacea, é ave comum, tendo sido registrada em várias localidades que visitamos mas observamos que é florestal.
Vimos poucos rapinantes nessas excursões, um deles, esse Gavião-Ripina,  Harpagus bidentatus, ficou muito tempo pousado nessa árvore seca, talvez espreitando alguma presa incauta. Esse gavião de pequeno porte também já foi muito registrado nas matas do SE do Brasil.
 Ave rasteira e campestre, a cigarrinha-do-campo, Ammodramus aurifrons, mostrou-se ser comum nos pastos e regiões abertas próximas às várzeas dos rios.
O  Japu-pardo, Psarocolius angustifrons, é uma ave belíssima e grande! Bastante ligada às matas de Várzea nos grandes  rios. Na várzea do Iranduba, vimos duas colônias dessas aves, sendo que uma ainda estava  com filhotes, com as aves entrando nos ninhos para alimentar os filhotes.

 Um individuo de Psarocolius angustifrons com alimento no bico, antes de entrar em um dos ninhos para alimentar seus ninhegos!















Uma colônia pequena de Japu-pardo, Psarocolius angustifrons.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

AVES FANTÁSTICAS DA AMAZÔNIA

Tendo visitado a região de Manaus, Presidente Figueiredo e Manacapuru e adjacências entre os dias 25 de março e 01 de abril recentes, passo a apresentar a vocês, algumas fotos das aves que mais me impressionaram, quer pela beleza ou pelo comportamento.
A Amazônia mesmo é impressionante! A sensação mais marcante que tive, observando o Rio Amazonas, ou o encontro das águas dos rios Negro e Solimões, a força da correnteza e aquele  mundo de água,  é que ali a natureza bruta predomina. O Homem ainda não subjugou a Amazônia!





Mas vamos às AVES:

 O Pica-pau chocolate, Celeus elegans, é bonito demais e tem essa cor de chocolate, o que o torna mais interessante ainda.
 O Chora-chuva-de asa branca, Monasa atra é de uma beleza impar e muito vocal. Reúne-se em pequenos grupos e vocalizam animadamente movimentando bastante as asas.
 A Pipira-de-Máscara, Ramphocelus nigrogularis, é outra ave que mostra o poder de Deus para criar criaturas muito belas.
 Do alto da torre do Museu Musa- Museu da Amazônia, pudemos observar essa bela espécie de Araçari-negro, Selenidera piperivora, aparecer procurando alimento nas copas das árvores.
 A Chincoã-de-bico vermelho, Piaya melanogaster é outra ave multicolorida, da família dos Cucos Cuculidae que forrageia nos galhos em busca de insetos dos quais se alimenta.
 Hylopezus macularius, também chamado de Pinto-do-mato carijó, é ave do interior sombrio da floresta, onde prefere os valos úmidos. Constantemente se empoleira e passa um bom tempo vocalizando.
A beleza das aves amazônicas pode ser simbolizada com as arirambas. Essas aves, dotadas de bicos compridos são basicamente insetivoras. Nessa foto, vemos um casal de Ariramba-bronzeada Galbula leucogastra.









Agradeço aos visitantes e informo que a partir de hoje estaremos postando imagens de nossa viagem ao Amazonas.
um abraço,
José Silvério Lemos.

terça-feira, 21 de março de 2017

NOVAS FOTOS DE AVES

Fotografia de aves é uma atividade muito estimulante e sempre renovada. Mesmo que já tenhamos bastante fotos de alguma espécie, as aves sempre nos surpreendem, ora com novas poses, ou revelando comportamentos diferentes e até cantos que não conhecíamos.

É com esse espirito que sempre procuramos as aves em seus habitats, procurando uma pose nova, e não nos decepcionamos! Sempre nos gratificam com novas atitudes!


Esse gavião bombachinha, Harpagus diodon, avistamos em uma mata no município de Domingos Martins, ES, próximo ao restaurante Vista Linda. É um predador versátil, pequeno e ágil que caça suas presas na parte intermediaria da mata. Esse aí ficou longo tempo nos observando, não ficando incomodado!


Essa pose apaixonada, de namoro mesmo, conseguimos na Ilha do Boi em Vitória, ES. O casal de beija-flor Tesoura Eupetomena macroura ficou um bom tempo se divertindo.


O Mãe-da-Lua, Nyctibius griseus, é ave já bastante referida aqui neste blog! Por várias vezes foi citado em nossos  posts! Esse aí. foi fotografado no campus da UFES, local onde existe uma boa população da espécie. O curioso é que trata-se de um jovem nascido muito provavelmente no último verão. Observem bem o tamanho e a cor de sua plumagem! Permaneceu nessa pose por um bom tempo., permitindo-nos uma boa coleção de fotos!


Essa Noivinha branca Xolmis velatus estava tranquilamente pousada no fio quando teve sua atenção atraída por um inseto voador, que tentou capturar. Fotografia feita em Sobreiro, município de Laranja da Terra, ES.


Essa Jaçanã, Jacana jacana provavelmente possuía um ninho nesse brejo, em sobreiro, município de Laranja da Terra, ES, pois sempre ficava muito desconfiada que nossa proximidade.

quarta-feira, 1 de março de 2017

AVES DE SOBREIRO, ES.

Temos feito várias visitas à localidade de Sobreiro, município de Laranja da Terra-ES. Passamos a seguir, várias fotos de, aves registradas e fotografadas  no lugar.



A pomba da asa branca, ou Pombão, Patagioenas picazuro, é ave muito comum e que se tornou abundante na região. Quando da plantação dos pés de sorgo para alimentação do gado, seu número aumentou mais ainda!











O número muito grande dessas pombas foi devido à grande quantidade de alimentos, no caso, as sementes de sorgo.














Outra ave muito bonita e que estava desaparecida e que fez se retorno foi o Irerê, Dendrocygna viduata.














Tesouras do brejo, Gubernetes yetapa realizando belíssimos duetos acrobáticos.
















Ao longe, pousados em estacas de cerca, um casal de falcões de coleira, Falco femoralis descansava calmamente!








Finalmente, também pousado nos cachos de sementes do sorgo, o Cardeal do nordeste, Paroaria dominicana  mostrava toda sua beleza!
















Agradecemos a todas pessoas que nos visitam.
Jsl

domingo, 11 de dezembro de 2016

Maçaricos migrantes em Vitória,ES.


MAÇARICOS MIGRANTES EM VITÓRIA,ES, BRASIL.

A cidade de Vitória, capital do Estado do Espirito Santo, Brasil, está situada no paralelo de 20 graus de latitude Sul e  no trajeto de aves migratórios que saem do Polo Norte, na tundra canadense com destino ao Polo Sul, para depois retornarem ao lugar de onde partiram, para nidificar.


Vitória encontra-se a cerca de 4.500 Km. em linha reta da cidade de Ushuaia na Patagônia Argentina, considerada uma das cidades mais austrais do mundo. E distante há uns bons 12.000 km. do polo norte, também em linha reta!
Então, é com admiração que contemplamos esses viajantes que passam por nossa cidade, fazem uma pousada, em sua longa viagem em direção a um dos polos. Invariavelmente  pensamos: como conseguem não se perder? como aguentam essa viagem tão longa? Atravessando lugares e climas os mais diversos, de que se alimentam?

Concentramos nossas observações na localidade da cidade conhecida como "Ilha do Boi", local ocupado por residências e apartamentos de classe média alta da capital. O local é rochoso, e o encontro do oceano com o continente se dá nas pedras e costões do lugar:






 Como pode ser observado nas fotos, os costões rochosos onde o mar avança na maré alta, são povoados por cavidades e algas marinhas. Muitos pequeninos caranguejos e outros seres marinhos de pequeno tamanho vivem nesses lugares, onde inclusive, alevinos de peixes maiores ficam parte do tempo aguardando crescimento.São esses seres, habitantes dessa zona de algas e cavidades, que atraem aves marinhas que ali buscam alimento. Inclusive aves maiores que não ficam muito tempo nesses lugares, como o Gaivotão, Larus dominicanus, já foram registradas várias vezes se alimentando nessa zona.




Geralmente, as aves mais frequentes nesses locais  são os Piru-pirus, Haematopus palliatus, Batuiras de bando, Charadrius semipalmatus e as Vira-pedras, Arenaria interpres.


Nos últimos três anos, temos observado que esse local, devido aos alimentos existentes, e em virtude ser ser local plano, tem recebido periodicamente a visita dos maçaricos da familia Scolopacidae!  Esse fato chamou-nos a atenção mais recentemente quando verificamos que nada menos de seis espécies visitaram a Ilha do Boi nas épocas apropriadas, isto é, no outono e inverno do hemisfério norte. Precisamente quando essas aves estão em viagem para as proximidades da Antártida, na Terra do Fogo.

Em decorrência dessas observações, apresentamos agora, fotografias de alguns desses indivíduos migrantes, que nos honraram com sua visita. Alguns por poucos dias e outros, mais calmos, ficaram mais tempo. Mas, indiscutivelmente, o mais comum, isto é, o mais encontradiço, o que é o "primeiro a chegar e o último a ir embora", é o lindíssimo e gracioso Maçarico-Pintado, Actitis macularius:





O mais "sensacional", mais espetaculoso desses maçaricos, foi o maçarico de bico torto, Numenius hudsonicus!! Apenas um individuo esteve em nossa cidade em outubro de 2013, ficando por aqui muito tempo, cerca de 10 dias!. Nas nossas primaveras de 2014, 2015 e 2016 ele não apareceu por aqui!😢😢




Outro maçarico muito interessante, que viajou solitário e apareceu em Vitória, foi o maçarico de sobre branco, Calidris fuscicollis! Esse maçarico foi registrado em outubro de 2013 e agora, outubro de 2016, três anos depois, tivemos a alegria de revê-lo!! 😎😊



Além do maçarico de sobre branco, acima, que retornou a nossa cidade, tivemos nessa primavera chuvosa de 2016, o aparecimento de três "novas" espécies que ainda não tínhamos registrado em Vitória!.
Comecemos com o primeiro deles, causador de furor entre os "birders" do Espirito Santo, o Maçarico de asas brancas, Tringa semipalmata.!! O destaque desse belíssimo maçarico, é que não veio de tão longe quanto a tundra canadense. Contenta-se em viajar do sul dos Estados Unidos e golfo do  México até o Brasil. Fotos do maçarico:



Esse maçarico é realmente belíssimo! e seu comportamento chamou a atenção de todos: extremamente  "guloso"capturava grande quantidade de caranguejinhos com avidez!

O maçarico branco, Calidris alba, já havia sido registrado no Estado do Espirito Santo,  nos locais pedregosos da praia do Parque de Setiba em Guarapari, em ambiente muito parecido com o existente na Ilha do Boi! Foto do white:



Finalmente, deixei por ultimo para ressaltar um dos registros mais incríveis que fizemos na Ilha do Boi! Foi nada menos que apenas o segundo registro dessa ave para o Estado do Espirito Santo e a primeira vez em  Vitória! Trata-se do maçarico-rasteirinho, Calidris pusilla, ave muito graciosa e um dos menores maçaricos! Pode ser até mesmo confundido com o maçarico-pintado, mas é menor e não produz o movimento tipico do Actitis, de vai-vem! Parece uma versão menor do maçarico branco, C. alba!
Esse pequeno maçarico, infelizmente foi o que ficou menos tempo em nossa cidade, poucos dias, não dando oportunidade a que outros observadores "birders" o registrasse! 😳


Foram apenas dois indivíduos, talvez um casalzinho viajando após a lua de mel! 😍


Ele mostrou ser o mais arisco e desconfiado de todos, voando para ilha próxima e desaparecendo de Vitória. Temos noticia de registros dele em Tavares, RS. bem mais ao sul, Serão eles?

Muito obrigado a todas as pessoas que nos honram com sua visita!
José Silvério Lemos, Vitória, ES, Brasil.